Por que aquilo que você sabe que tem que fazer você não faz? E por que aquilo que você sabe que não deve fazer você faz? Todos somos assim: muitas vezes o que nos falta não é conhecimento, mas saber o que devemos fazer e ainda não fazemos. Você sabe que tem que dormir em um certo horário, pois se dormir mais tarde vai acordar atrasado no dia seguinte. Você sabe que não deve comer um certo alimento, porque o médico já lhe disse isso, mas você o come. Você sabe que deveria ler a Bíblia, mas não lê, ou sabe que não deveria mentir, mas mente. Por que o ser humano é assim?

A resposta está nos rios. Você já viu algum rio que segue em linha reta? Ele não existe. Todo rio é torto porque a água segue o caminho mais fácil, o caminho de menor resistência. Da mesma forma acontece com o ser humano: todo tempo ele está buscando o caminho de menor esforço, o conforto, o que seu apetite está pedindo e antecipando o gosto da sobremesa.

Se você come o que não deveria comer, veja o seu corpo, por exemplo: ele também deve estar torto. Há uma parte dele que está sobrando e a calça não fecha, pois você não resistiu àquilo que deveria ter resistido.

É preciso entender que você não será feliz fazendo o que é agradável o tempo todo. Você é feliz quando faz primeiramente o que é desagradável, para depois colher o agradável. É como na academia, você não quer ir, mas vai, porque você está seguindo o caminho do desconforto. E, depois que vai à academia, você fica feliz.

Portanto você tem que parar de se enganar. Se você quer mudança, mude primeiro, faça o que você sabe que tem que fazer e não dê prioridade ao conforto. Enfrente o desconforto e a dificuldade.

Se você quer vencer o problema, encare-o e vá para cima dele. Resolva-o agora, porque mais tarde você não vai resolvê-lo. Se você evitar o desconforto não adiantará nada. Você quer endireitar sua vida? Rache, então, essa rocha ao meio.