Na Nigéria, cristãos sofrem com ataques e medo de tomada de poder terrorista
A perseguição aos cristãos na Nigéria aumenta. Ataques em Bokkos deixaram centenas de mortos e milhares de deslocados. Entenda
Uma onda de ataques coordenados em Bokkos, no estado de Plateau, na Nigéria, deixou centenas de mortos, vilas inteiras abandonadas e terras agrícolas destruídas. A escalada da violência aumentou o medo de que militantes tomem grandes porções de território.
De acordo com o Fórum de Desenvolvimento Cultural Bokkos (BCDF), mais de 100 cristãos foram mortos nos últimos quatro meses. Um dos piores incidentes ocorreu em abril, quando 50 moradores foram assassinados em um único dia na aldeia de Hurti. Desde então, a violência segue sem trégua.
Por que importa:
A perseguição aos cristãos na Nigéria está crescendo em ritmo alarmante. Além de vidas perdidas, comunidades foram destruídas sistematicamente e famílias inteiras são deslocadas.
Esse padrão de ataques não é apenas um conflito agrário, mas sim uma estratégia organizada de expulsão de comunidades cristãs para a ocupação de terras férteis.
O contexto:
- Nos últimos dias, pelo menos duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas em novos ataques no distrito de Mushere.
- Grupos armados fortemente equipados operam a partir de acampamentos improvisados em áreas florestais, próximos à fronteira entre Plateau e Nasarawa.
- Mais de 10 aldeias já foram abandonadas após a destruição de casas, igrejas e plantações.
Além disso, moradores relatam que os militantes usam uma tática de exaustão pela violência constante: ataques sucessivos forçam sobreviventes a fugir, abrindo caminho para a ocupação das terras.
O que dizem os líderes locais:
Representantes da BCDF alertaram que Bokkos, por estar em um cruzamento estratégico entre Plateau e Nasarawa, pode se tornar corredor para a expansão de grupos armados.
Eles pedem medidas urgentes:
- Desmantelar acampamentos de militantes na região;
- Criar uma força-tarefa civil conjunta de defesa comunitária;
- Usar doações recentes, incluindo as da primeira-dama Oluremi Tinubu, para ajudar deslocados com abrigo e alimentação.
O cenário mais amplo:
A violência em Bokkos segue o mesmo padrão visto em outras partes do Cinturão Médio da Nigéria. Nos últimos anos, comunidades cristãs enfrentam ataques constantes de militantes fulani, com milhares de mortos e deslocados.
Embora o governo nigeriano classifique muitos desses episódios como “conflitos entre agricultores e pastores”, líderes locais afirmam que o nível de organização mostra uma campanha mais ampla de perseguição religiosa.
As consequências humanitárias:
Com o avanço da estação chuvosa, famílias deslocadas estão se abrigando em escolas, igrejas e casas de parentes. Contudo, a situação humanitária é crítica:
- Há escassez urgente de alimentos e medicamentos;
- Crianças abandonaram a escola por causa da insegurança;
- Famílias vivem separadas após fugirem às pressas dos ataques.
O que está em jogo:
Se Bokkos cair sob controle dos militantes, líderes locais alertam que os agressores poderão se movimentar livremente entre diferentes regiões, estabelecendo refúgios seguros no coração do Plateau. Isso colocaria em risco não apenas Bokkos, mas toda a estabilidade da região central da Nigéria.
Em resumo:
A perseguição aos cristãos na Nigéria atinge níveis alarmantes. O massacre em Bokkos é um retrato cruel de como comunidades inteiras estão sendo destruídas, deslocadas e ameaçadas de extinção.
Portanto, o estado é de urgência, sem ação decisiva das autoridades, a região pode enfrentar um deslocamento em massa irreversível e a perda de territórios estratégicos para grupos armados.
Veja também:
Perseguição aos cristãos na Nigéria: 85 mortos em ataques coordenados no estado de Benue
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