Entrelinhas abordou o tema: "A dor por trás do ódio"

Acompanhe o programa que foi ao ar no domingo, 17 de agosto, e saiba mais

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“A dor por trás do ódio” foi o tema abordado no Entrelinhas, em 17 de agosto. Com apresentação do Bispo Adilson Silva, acompanhado do Major Capelão Roni Negreiros, pastor e responsável pela Universal nas Forças Policiais (UFP), o programa também recebeu um casal de convidados para contar o seu testemunho acerca do assunto.

Comumente, temos presenciado cada vez mais, no nosso dia a dia e pelos noticiários, casos de indivíduos que perderam o controle e mostraram comportamento agressivo — até mesmo colocando a vida de outras pessoas em risco — em situações corriqueiras. A exemplo do empresário suspeito de atirar com arma de fogo e matar um gari enquanto este trabalhava, nas ruas de Belo Horizonte (MG), após um desentendimento de trânsito.

Especialistas apontam que o que ocorre é uma explosão onde o indivíduo não consegue se conter e, então, “vai para cima” do outro. Ademais, os dados acerca dessas crises de estresse que estão afetando a população em geral são alarmantes:

  • De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% dos brasileiros relatam altos níveis de estresse diário, 30% apresentam sintomas de ansiedade e 20% foram diagnosticados com transtornos relacionados ao estresse.
  • Por sua vez, a Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que uma em cada cinco pessoas no mundo sofre de estresse crônico.

Estresse e pressão nas forças de segurança

Por outro lado, poucos profissionais enfrentam maiores níveis de estresse e pressão do que os das forças de segurança.

A saber, desde 2018, o suicídio segue sendo a principal causa de mortes não naturais entre policiais. Esse número superou até os homicídios, o que acende um alerta grave: a guerra que mais mata acontece por dentro.

E o mais preocupante é que, muitas vezes, a raiva pode mascarar uma fragilidade. Pois, é muito mais fácil sentir ódio do que lidar com a dor.

  • “Hoje em dia toda a sociedade anda muito tensa, muito estressada. Embora existam determinadas profissões que estejam mais inclinadas a isso, nos dias atuais, mesmo aquelas pessoas que têm uma profissão considerada, entre aspas, mais tranquila, também encontram-se estressadas. Principalmente para aqueles que vivem nas grandes cidades, que enfrentam trânsito, a violência crescente (…) E é óbvio que quando a gente fala de pessoas que trabalham com a segurança pública, que tem por função trazer segurança pra sociedade, essas pessoas acabam vendo e lidando com mais violência, porque elas têm que ir onde a violência está explodindo”, comentou o Bispo Adilson.
  • “Todo problema social, desde os pequenos problemas aos grandes conflitos sociais, se canalizam num único lugar, nos braços dos policiais. E aí seria impossível, por mais treinamento técnico que tenham, capacidade e domínio próprio. Aliás, é a única profissão, que não sabe se volta para casa vivo. E a família também sabe disso. Naturalmente, vai causar um desgaste, porque são pessoas, são seres humanos não são robôs. É um pai, é uma mãe, e vai absorver sim essa carga. Por isso que vira e mexe a gente se depara com alguns conflitos também dentro de casa de policiais, problemas em casamentos e assim sucessivamente”, pontuou o Pastor Roni.

Uma decisão mudou a vida deles

Ainda durante o programa, o policial militar Altair Faria e a empresária Débora Faria contaram seu testemunho.

Ele sofreu traumas na infância e desenvolveu complexos e inseguranças que o acompanharam na vida adulta. Altair trabalhava ajudando outras pessoas, mas não conseguia vencer seus próprios conflitos.

Débora contou que o acesso ao marido era difícil, ao ponto de em momentos de discussão ou mesmo de conversa, ele internalizar tudo. Altair não era explosivo. Era quieto. Portanto muito difícil de entender o que se passava com ele. O que a deixava também insegura.

O vazio e os problemas internos do casal faziam com que a convivência fosse caótica. Na busca por paz, eles chegaram a pensar que as conquistas poderiam preencher a falta interior. Contudo, o casamento estava à beira do fim.

Mas uma decisão mudou tudo e restaurou a vida do casal.

Clique na imagem abaixo e confira esta história na íntegra

“Condecoração dos Heróis”

Reconhecendo a necessidade espiritual e o valor dos profissionais integrantes das Forças Armadas, Forças de Segurança Pública e instituições de Justiça — e seus familiares –, a Universal, por meio da Capelania UFP, realizará uma condecoração aos heróis da vida real.

Participe, no próximo domingo, 24 de agosto, da “Condecoração dos Heróis”, às 9h30, no Templo de Salomão.

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Colaborador

Redação / Fotos: iStock e Reprodução