Antes de mais nada quero deixar bem claro: sou veemente defensor da liberdade das pessoas de adorar e prestar culto a quem ou ao que quiserem. Quer adorar pedra? Vá em frente. Sua religião é a ciência? Fique à vontade. Seu deus é o diabo? Boa sorte. Você é livre. Assim Deus (o que eu creio, o da Bíblia) o criou.

Agora deixe-me lhe mostrar com o que eu me deparei há umas semanas quando viajava pela Via Dutra:

Aí é que eu já fico incomodado. Esta placa, quer dizer, este imenso outdoor, pago com dinheiro público, alerta os motoristas para tomarem cuidado com os romeiros que trafegam a pé na beira da pista. Os motoristas têm que tomar cuidado, não os romeiros. Olhando as próximas fotos, você vai entender o por quê:

Para mim, essas fotos ilustram bem a irracionalidade da religião. Sujeitar seus fiéis a tal atividade tão arriscada é no mínimo irresponsável. Estamos falando de uma estrada de alta velocidade. O limite é 110km/h (para quem respeita) e o tráfego de caminhões é constante. É de surpreender que romeiros e motoristas morrem todos os anos em acidentes decorrentes desta aberração?

Uma coisa é certa: não é fé que falta a essas pessoas, mas sim o uso da inteligência. Se a fé caminha sem a inteligência, ela se torna fanatismo. Se a inteligência caminha sem a fé, ela se torna ateísmo. Deus nos deu as duas coisas não para se contradizerem, mas para que haja o equilíbrio.

Se a fé que você tem não passa o teste da inteligência divina, essa fé não provêm de Deus. É apenas religião (que provavelmente está tirando vantagem de você, seja ela católica, evangélica, ou qualquer que seja.) De fato, o meu povo está louco, já não me conhece; são filhos tolos e não inteligentes; são espertos para o mal mas não sabem fazer o bem. Jeremias 4.22