Isolamento social gera R$ 20 bilhões de prejuízo por semana

Ministério da Economia afirma que impactos podem chegar até 2021

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O Ministério da Economia divulgou nesta quarta-feira (13) uma nota técnica explicando o prejuízo que está gerando ao país a quarentena em combate à pandemia de COVID-19. De acordo com a avaliação, o país perde cerca de R$ 20 bilhões por semana.

A “Nota Informativa – Impactos Econômicos da Covid-19” ressalta que esse valor é de prejuízo direto, como a perda de arrecadação. Além desse valor, há ainda prejuízos indiretos, como a perda de empregos.

De acordo com a nota, caso o país adote uma retomada gradual das atividades a partir de 31 de maio, esse prejuízo pode chegar, semanalmente, a R$ 5 bilhões no segundo semestre e R$ 7,5 bilhões em 2021.

“Os custos da crise e das paralisações são de tal magnitude que mesmo com uma recuperação rápida em ‘V’, e sem nenhum custo de longo prazo, não seria capaz de impedir um crescimento negativo em 2020. Pior que isso será o provável deslocamento da trajetória de longo prazo, configurando um custo permanente em termos de produto, emprego e bem-estar social”, afirma a nota.

“Recuperação em V” é a recuperação econômica em que a produção perdida é rapidamente restaurada. Essa seria a melhor opção para o país, mas há grandes chances de que ela não ocorra.

A nota foi produzida pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia e ainda afirma:

“Tal projeção foi feita assumindo-se que as políticas de distanciamento social durem até o final de maio. Caso se prolonguem, o efeito econômico direto e o efeito indireto serão acentuados”.

Isso acontece porque, quanto maior o prazo de isolamento, maiores as chances de endividamento de pessoas e empresas, falências e demissões ocorrerem.

Como isso afeta diretamente a sua vida

Além do desemprego, um crescimento pequeno ou negativo do Produto Interno Bruto (PIB), também acarreta em gastos baixos do consumidor. Esse fato, por sua vez, pode gerar um aumento da inflação, subindo o preço de produtos indispensáveis, como alimentos.

É o que explicou o pesquisador da área de economia aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Vinicius Botelho ao R7, em reportagem publicada anteriormente.

Já no início de maio, Programa Entrelinhas se dedicou ao assunto do impacto no emprego e as consequências emocionais da COVID-19. Clique aqui e assista à íntegra do programa.

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Colaborador

Andre Batista / Foto: Getty Images