Ansiedade, a mãe da frustração

Fama, dinheiro, saúde e família não são capazes de aliviar este sentimento. Descubra por que tantas pessoas ainda se sentem frustradas

Imagem de capa - Ansiedade, a mãe da frustração

Abraão, um dos maiores exemplos de Fé da Bíblia, era um homem muito realizado. Por outro lado, tinha uma grande frustração: ele queria muito um filho, mas sua mulher, Sara, era estéril.

Por amor à esposa, ele se recusava a tomar outra mulher para lhe dar um descendente, como era costume na época, nesses casos. “Ele tinha a mulher que amava, era rico, mas continuava sem filhos, apesar de Deus ter prometido isso a ele”, explicou o Bispo Renato Cardoso em uma reunião no Templo de Salomão, em São Paulo. “Um dia ele reclamou com o Altíssimo: ‘o senhor tem me abençoado, mas o que mais quero ainda não tenho. Se eu morrer hoje, meus servos é que receberão minha herança’”, acrescentou o Bispo, citando Gênesis 24.35.

Para piorar, Abraão via seus servos férteis e multiplicarem sua descendência. Ele mesmo chegou a orar por outras pessoas e as viu gerar descendentes: “E orou Abraão a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e à sua mulher, e às suas servas, de maneira que tiveram filhos.” (Gênesis 20.17).

O que podemos aprender atualmente com essa frustração de Abraão? “Talvez esse Abraão frustrado seja um retrato de sua vida hoje”, considerou o Bispo Renato. “Tem gente que tem fama, saúde, dinheiro, poder, beleza, sucesso profissional, o homem ou a mulher de seus sonhos a seu lado, mas é infeliz. É um erro você pensar que só vai ser feliz quando tiver essas coisas. Elas são boas, complementam nossa vida, mas não se deve buscar a felicidade em coisas e pessoas, pois, mesmo alcançando-a, você será frustrado”, afirmou.

Existem pessoas que têm muito, menos o principal: “só o Espírito Santo faz uma pessoa completa, livre de ansiedade, pois ela é a mãe da frustração”, revelou o Bispo. “Antes de alguém ser frustrado, era ansioso. Só o Espírito Santo tira essa dependência de coisas e pessoas.

Você poderá ter muitas bênçãos, mas não será influenciado por nenhuma delas”, disse.
Abraão se entregou à ansiedade porque não entendeu a grandeza do que Deus lhe prometeu: uma descendência incontável como as estrelas. (Gênesis 15.5). Em vez disso, ele se fixou na promessa de um único filho. “Ele só foi atendido quando abriu mão do que desejava para receber o que Deus queria para ele, assim como você deve entregar todas as suas vontades a Deus e pegar as dEle para a sua vida”, sugeriu o Bispo.

Você verá a seguir que não faltam exemplos de quem entendeu o que o Bispo disse anteriormente.

“Tentei mais de 20 relacionamentos”
Viviana Rocha Alves, (foto abaixo) de 45 anos, servidora da Justiça Federal em Belo Horizonte (MG), se envolveu com muitos homens durante uma fase de sua vida. Em um dos relacionamentos, engravidou de gêmeos e resolveu se casar com o pai das crianças, mas, em plena lua de mel, perdeu os bebês.

Ansiedade, a mãe da frustração

Depois de sete anos, seu marido se apaixonou por outra e o casamento acabou. “Perdi o chão. Para mim, eu tinha me casado para a vida toda”, diz Viviana. “Nessa época, fui atrás dos porquês no espiritismo e me disseram que era um ‘carma’, pois eu tinha feito homens sofrerem em outras vidas e agora pagava por isso. Aceitei isso e nada dava certo no amor.”

Ela viveu várias frustrações: “tentei mais de 20 relacionamentos. Todos acabavam. Aí veio a depressão”, conta. “Psicanalistas queriam que eu me tratasse com remédios, mas eu não aceitei. Mais tarde, descobri que minha dor estava na alma.”

Quando estava no fundo do poço, Viviana conheceu a Universal, porém nada mudou. “Não alterei meu comportamento. Eu era dizimista, participava da Fogueira Santa, mas não entreguei minha vida. Me envolvi com meu professor de artes marciais à época e ele jurava que queria algo sério e que estava separado da esposa. Ele dizia para que eu esperasse um pouco para que ele tornasse a separação oficial.”

Segundo ela, isso nunca acontecia. Depois de dois anos nessa situação, Viviana percebeu a verdade: “ele vivia com as duas. Eu era uma amante, algo que eu abominava”.

Ela relata que, em uma reunião na Universal, o que o Pastor disse no Altar a fez cair em si: “você, que tem amante, deve mudar seu comportamento se quiser estar com Deus de verdade”. E revela o que pensou: “aquela paixão doentia não podia ser maior do que tudo.”

Contudo as surpresas não pararam aí: “a esposa dele descobriu e me telefonou. Fiquei extremamente envergonhada. Foi mais um fundo do poço. Fui criada para ter uma família, filhos, com meus pais como ótima referência, mas me tornei ‘a outra’”, detalha.
Viviana já era pós-graduada em Direito, tinha sido aprovada em um ótimo concurso e era realizada profissionalmente, mas muito frustrada no amor. “Estudei muito, mas era uma ‘toupeira’ espiritualmente. Decidi entregar minha vida ao Senhor Jesus de fato. Fui batizada. Nas Fogueiras Santas eu dizia a Deus no Altar: ‘está aqui a minha vida, que é um lixo, mas quero aquela que o Senhor diz que existe’.”

Seu amante tentou continuar a relação, mas ela tinha tomado sua decisão: “doía, eu gostava dele, minha carne o queria e a carência era enorme, mas fui firme em meus propósitos no Altar e em seis meses estava limpa daquilo tudo. Foi aí que recebi o Espírito Santo. Tudo mudou. Eu não parava de sorrir. Toda aquela busca acabou”, diz.

Ela conta que passou a entender a Bíblia e as coisas de Deus. “Antes, sozinha, eu não conseguia. Não há mais o coração machucado, a alma cheia de dor, as mágoas e a ansiedade. Com o Espírito Santo tenho coragem, intrepidez, desenvoltura, ousadia, a mente ‘para cima’ e sede de mostrar Deus às pessoas. Deixei de ser religiosa e estou verdadeiramente com Ele.”

Viviana estava pronta: “só aí pude ter uma família. Sou casada com um homem de Deus, da mesma Fé. Temos uma filhinha linda. Sou muito grata a Deus por eles e mais ainda pelo Espírito dEle em mim. Sou feliz de verdade”, conclui.

“Morava e comia de favor”
Adriana Cristina Santos, (foto abaixo) de 43 anos, de São Caetano do Sul (SP), morava de favor no quintal da mãe. “Meu marido e eu estávamos com os nomes ‘sujos’, muito endividados e dependendo de nossos pais até para comer. Fiquei sete anos acomodada, sem visão. Eu trabalhava 12 horas por dia e, às vezes, não tinha dinheiro nem para a condução ou a comida. Essa situação desgastava demais o casamento e ficávamos longe um do outro para evitar as constantes brigas. Estava certo trabalhar tanto e ter que contar moedinhas?”, questiona.

Ansiedade, a mãe da frustração

Um dia, ela e o marido procuraram a Universal. “Fomos para a Universal e resolvemos nos provar no Altar. Já tínhamos tentado tudo o que era humanamente possível e era hora de ir além. Vimos que, na Fogueira Santa, a Palavra de Deus sai do papel e se cumpre. Aprendemos que tínhamos que obedecer e tomamos essa decisão”, diz Adriana.

A partir daquele momento, ela conta que o casal obteve conquistas na vida financeira. “Começamos a pagar nossas dívidas e de lá para cá conquistamos seis lojas de utilidades para o lar, imóveis, veículos e um bom patrimônio. Eu, que vivia de comissões, hoje proporciono empregos para cerca de 200 chefes de família”, diz. Mesmo as maiores crises não abalaram seus empreendimentos. “Nesta pandemia, mantivemos todos os nossos funcionários, continuamos a vender bem e abrimos recentemente mais uma loja, enquanto outras empresas demitem ou até fecham.”

Como foi possível uma virada tão radical? Adriana explica: “fui com tudo ao Altar. Gerei meu primeiro sacrifício antes mesmo de me preocupar com as dívidas. Sacrifiquei praticamente tudo o que eu ainda tinha, como roupas, sapatos, bolsas, eletrodomésticos e mobília.

Vendi tudo. Produzi lanches naturais e doces, que vendia em semáforos até de madrugada. Eu não parava. Lancei todo o dinheiro resultante na Fogueira Santa, uma loucura aos olhos do mundo.”

Mas ela esclarece que sua entrega não ficou só no dinheiro: “eu jejuava, orava até nas madrugadas e procurava Deus com força. Em apenas cinco meses conseguimos nosso primeiro imóvel, de cerca de R$ 1 milhão. Um carro foi para o Altar, assim como vários outros.

Depois que descobrimos esse segredo, ninguém mais nos segura. Uma vez pegamos a renda inteira de um dia de inauguração de uma loja e pusemos no Altar”, revela.

Muitos se impressionam com o patrimônio de Adriana. No entanto, ela sabe o que vale mais: “de tudo o que temos, estabilidade financeira, sucesso profissional, família bem estruturada e casamento restaurado, o único tesouro de verdade é o Espírito Santo. Nada se compara a Ele”, garante.

Adriana entende de onde vem a frustração de tantas pessoas: “você pode desfrutar de tudo o que conquistar, mas sem o Espírito Santo parece que falta algo, como parecia a Abraão. Meu esposo e eu sabemos que tudo o que temos veio única e exclusivamente do Altar. Nos entregamos de verdade a Ele”, opina.

Não faltam na mídia aqueles que se intitulam “gurus” da prosperidade, cheios de demagogia e desvendando os “segredos” do sucesso (geralmente só o deles), mas Adriana dá a verdadeira dica prática: “é investir 100% na vida espiritual, ir em busca do Espírito Santo, que é a maior riqueza que alguém pode ter, o alicerce de tudo, o sustento e a direção.” Dá certo? Bem, ela é uma prova viva.

“De frustração eu entendo”
Atualmente, Mércia de Melo, (foto abaixo) de 34 anos, de São Bernardo do Campo (SP), é funcionária de uma concessionária que administra rodovias.

Ansiedade, a mãe da frustração

Em seu “trabalho” anterior, entretanto, ela revela que levava nada menos do que uma espingarda calibre 12 presa à perna. Mércia conta que auxiliava o tráfico de drogas antes mesmo de completar 18 anos. “De frustração eu entendo muito bem. A vida antes de conhecer a Deus era frustrante em todos os sentidos. Minha família quase toda era envolvida com o tráfico e o uso de drogas e frequentava macumba, como eu. Presenciei até mortes. Ao me lembrar disso vejo o quão miserável de espírito e alma eu era”, diz.

Ela confessa que desejava mudar de vida: “eu até queria me livrar daquilo tudo, mas não achava um caminho”, lembra. “Cada vez mais envolvida com o tráfico, eu servia de ‘mula’ (pessoa que transporta drogas). Conheci um rapaz, William, afastado da Universal, e fomos viver juntos.”

No entanto a família de William não tinha deixado a Fé. “Uma vez, minha sogra me convidou para ir a uma reunião. Para mim, a Universal não passava de uma seita. Meio a contragosto, aceitei. Ao pôr os pés na Igreja, já senti seu ambiente diferente. Tive medo, mas, ao mesmo tempo, a certeza de que Deus ali estava. Era uma reunião de libertação, na terça-feira, e demônios se manifestaram.”

Ela afirma que nunca mais foi a mesma depois de participar dessa reunião. “Quando eu estava na macumba, acreditava naqueles demônios, que se diziam nossos ‘pais’ ou ‘guias’. Na Universal, vi aqueles mesmos espíritos que eu achava bons dizendo coisas horríveis, como que iam matar alguém. Voltei nos dias seguintes e, no domingo, decidi que minha vida seria do Senhor Jesus. Prometi a Ele que meu processo de libertação começava ali. Deixei as drogas completamente e nunca mais me afastei do Altar. Quis conhecer aquele Deus com autoridade e poder para fazer demônios dobrarem seus joelhos”, afirma.

Mércia pegou firme e cresceu na vida espiritual. Ela se sentia no caminho certo, grata por seu progresso, mas uma frustração lhe espetava o coração. “As portas se abriam para mim de todas as formas, me tornei autossuficiente financeiramente sem o tráfico. Desonra virou honra. Meus parentes viam isso e me encorajavam a continuar. Mas eu estava em um lar incompleto, já que eu ia rumo à Salvação e meu marido não.”

Ela decidiu colocar a sua Fé em ação. “Meu marido não tinha um encontro com o Altíssimo, até me traía. Depois de lutar dez anos por ele, me cansei. Pus tudo na balança e decidi que se estar com ele ameaçava meu elo com Deus, o mais importante de tudo em minha vida, eu abriria mão do casamento.”

Mércia conta que fez a seguinte oração: “meu Deus, ou o Senhor mata meu marido ou me mata, pois não aceito viver a Fé viva e verdadeira, estar Lhe servindo com tanta sede e meu esposo impedir isso.”

Ela pediu a separação e seu marido, por fim, “acordou”. Em um domingo, ele decidiu ir com ela à reunião da Universal. “O Espírito Santo foi trabalhando nele, que se converteu e foi batizado nas águas. Por Deus, abri mão de meu marido e de meu sonho de ser obreira, mas, justamente depois disso, não só William voltou à Fé como um mês após seu batismo fomos levantados juntos a obreiros. Vi a vontade de Deus antes da minha e aquela frustração virou passado”, finaliza. E você, até quando vai continuar refém das frustrações que emperram a sua vida?

*Colaborou: Núbia Onara

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Colaborador

Marcelo Rangel / Fotos: Leandro Porto, Guilherme Branco e getty images