Ano 2023 já registrou 249 desastres naturais com 62 mil mortes confirmadas

De janeiro a outubro: 101 mil pessoas afetadas por tragédias no Brasil e em mais 15 países foram ajudadas pelos Programas sociais da Universal

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Os 249 desastres naturais registrados em 2023 afetaram 52,6 milhões de pessoas e mataram 62,4 mil —, segundo dados do Emergency Events Database (EM-DAT), considerando janeiro a outubro. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) o número de impactados por tragédias aumentou 80% em oito anos.

Ao todo, 98 países foram afetados por tragédias, como tempestades, incêndios, atividades vulcânicas, ondas de calor severas e inundações catastróficas – a ponto de estudos apontarem que enchentes que acontecem a cada 100 anos podem ser anuais até fim do século. As mudanças climáticas e todas catástrofes decorrentes revelam o quanto o planeta Terra está doente e a população vulnerável.

Dentre todas as ocorrências deste ano, houve nove ciclones na região Sul do Brasil; três terremotos no Afeganistão; uma tempestade tropical que varreu boa parte da Líbia; a atual seca histórica no Amazonas; nas últimas 24 horas, um novo furacão no México; e, segundo a ONU News, por meio de dados de um estudo realizado pela United Nations Office for Disaster Risk Reduction (Escritório das Nações Unidas para Redução do Risco de Desastres), a projeção é que ocorra, daqui pra frente, uma média de 560 catástrofes naturais por ano (com base até 2030).

Em meio a esses números alarmantes e às notícias sobre tragédias cada vez mais presentes nos noticiários, a bondade e o amor ao próximo também ficam em evidência. Com o objetivo de ajudar a aliviar o sofrimento e amparar aqueles que foram drasticamente afetados pelas catástrofes, a Igreja Universal do Reino de Deus, por meio de seus programas sociais, levou ajuda humanitária a 101 mil pessoas atingidas por desastres no Brasil e em mais 15 países.

Aqui no Brasil, nos estados acometidos por enchentes, deslizamentos de terra e até mesmo ciclones a Universal mobilizou seus voluntários e foi possível dar assistência às vítimas por meio das doações de 82,5 mil cestas básicas, 150,8 mil garrafas de água e suco, 62 mil peças de roupas, 36,7 mil refeições, 23,5 mil kits de higiene, 8,6 mil cobertores, dentre outros mantimentos de necessidade básica.

No exterior, em ajuda às vítimas dos terremotos, furacões, incêndios, ciclones, enchentes e deslizamentos de terra 181,7 mil donativos foram distribuídos.

Consequências dos desastres 

As perdas globais seguradas por catástrofes naturais atingiram US$ 50 bilhões no primeiro semestre de 2023, de acordo com um levantamento de uma empresa especializada em resseguros globais. O resultado é superior aos US$ 48 bilhões do mesmo período do ano passado.

Um dos países que sofreu o impacto dessas tragédias foi a Nova Zelândia que, em fevereiro deste ano, foi duramente atingida pelo ciclone Gabrielle e ficou em estado de emergência.

“Muitos ficaram sem energia, centenas de voos foram cancelados, havia inundações por toda a parte. Foi algo que muitos nunca tinham vivenciado no país. Nos reunimos para ajudar famílias de diferentes regiões de Auckland, tanto para levar alimento a eles, como ajudá-los na limpeza de suas casas”, relata Wellington Passos, responsável pelo trabalho social que a Universal realizou com as vítimas do ciclone.

Ele conta que, em um dos eventos que realizaram, foram oferecidos também atendimentos gratuitos com médicos, consultores financeiros, barbeiros e esteticistas. “Me lembro de uma senhora, sem-abrigo, que participou de uma das ações, e disse que a ajuda que a Igreja lhe deu trouxe esperança de que ainda existem pessoas boas por aí.”

Apoio na Região Sul  

Entre junho e setembro, o Rio Grande do Sul sofreu com uma sequência de nove ciclones extratropicais. Com a passagem do fenômeno no mês passado, mais de 100 cidades foram atingidas, cerca de cinco mil abandonaram suas casas e mais de 50 pessoas morreram. Durante esse período difícil para os gaúchos, a Universal levou ajuda humanitária a 27,5 mil pessoas com a doação de alimentos e itens de necessidade básica.

Quando questionado se houve dificuldades para angariar donativos para as vítimas da tragédia, o responsável pela Igreja no RS, Bispo Guaracy Santos, afirma que não, pois, “o povo se mobiliza muito rápido. Estamos acostumados, fazemos isso há 46 anos, é a tônica da Igreja. Inclusive, em recente pronunciamento, o prefeito de Porto Alegre falou: ‘eu homenageio a Igreja Universal sempre que puder, porque ela chega onde nós, o poder público, não chegamos. Ela preenche uma lacuna que a gente não consegue preencher’; porque, de fato, o Unisocial da Igreja Universal é o maior braço social deste país, mas nós ainda temos muito por fazer”.

Segundo o Bispo, o desastre foi algo que impactou todas as camadas da sociedade. “A enchente não escolhe nível social, e à medida que [a água] sobe muito, e houve um rio aqui que subiu no seu volume 20 e tantos metros, ele vai pegar casas boas, casas ruins; vai afetar a casa do pobre e do rico; os negócios do pobre e os negócios do rico. As famílias são obrigadas a ficar alojadas em ginásios com as crianças, vivendo de doações. Então, naturalmente, há a perda da autoestima, bate um desespero; se já tiver predisposição à depressão, ao desejo de suicídio, então agrava a situação”.

Em alguns casos, os voluntários dos programas sociais enfrentaram um grande desafio de locomoção. Houve uma cidade em que eles entraram com as doações, e uma hora depois, não conseguiram retornar, porque, a ponte que usaram para entrar no vale, as águas cobriram; então a equipe teve que dar uma volta no estado. Uma viagem que, naturalmente, seria de 100 km, foi de 200 km. Houve também situações em que eles alugaram barco e para conseguir chegar ao local afetado.

A cada desastre natural no Brasil, em média, 3,4 mil pessoas são afetadas, de acordo com um levantamento feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). De janeiro até outubro, o Brasil registrou 3.861 ocorrências — deixando 515,8 mil desalojados, 93,2 mil desabrigados e 7,9 mil mortos —, segundo o Sistema Integrado de Informações sobre Desastres do Governo Federal.

Atualmente, a Universal de Santa Catarina está realizando a campanha “SOS Rio do Sul e Taió”, para ajudar as vítimas das fortes chuvas. Até o momento, a iniciativa já ajudou cerca de 6 mil pessoas com a distribuição de 22,3 toneladas de alimentos, 3,2 mil litros de água, 600 kits de roupas, além de kits de higiene pessoal.

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Colaborador

UNIcom / Fotos: Cedidas