Enrolar e deixar tudo para depois, principalmente no trabalho, pode parecer inofensivo para alguns, mas causa danos: a baixa produtividade. Grande parte disso acontece quando a pessoa perde tempo com coisas menos importantes – e que às vezes não têm a ver com as tarefas –, pois elas parecem mais atraentes naquele momento.

Existe até um ranking dos “ladrões de tempo”, segundo um levantamento da assessoria de recrutamento de executivos Robert Half, dos Estados Unidos: navegação em sites, aplicativos e redes sociais não relacionados ao trabalho (35%), conversas paralelas no próprio setor ou fora dele (27%), atendimento de telefonemas e e-mails pessoais (20%) e excesso de e-mails corporativos (7%).

O psicólogo Tim Pychyl, da Universidade de Carleton, em Ottawa, no Canadá, estuda a procrastinação há mais de 20 anos. Em uma de suas pesquisas mais recentes, ele revela que procrastinar não é só uma dificuldade de gestão de tempo, mas, sobretudo, de controlar impulsos causados pela emoção para “tentar melhorar o ânimo e evitar fazer algo que parece desagradável”.

O pesquisador diz que a decisão de procrastinar é tomada mesmo quando a pessoa sabe que uma atividade deixada para depois não terá a mesma qualidade se ela tivesse sido feita antes. Ele compara o que a pessoa sente nessa situação: “é como se embebedar ou comer para se consolar, nos distraindo com um prazer momentâneo para esquecer um problema”.

O mau desempenho causado pela procrastinação pode levar a mais efeitos negativos, segundo outra pesquisa canadense, realizada pela Politécnica de Montreal: estresse, ansiedade, desmotivação, além de sentimentos de culpa, impotência e falta de confiança em si mesmo.

Para sair da armadilha da procrastinação – ou não cair nela –, os especialistas de Ottawa e Montreal desenvolveram dicas práticas e, segundo eles, com resultados bem rápidos e eficientes. Veja a seguir:

Fique de olho no prêmio
Quando uma tarefa parecer entediante, lembre-se da razão de ela ser feita e como se encaixará em suas metas e sonhos. Isso pode lhe parecer insignificante, mas lhe trará bons resultados, que ainda serão um impulso à sua carreira.

Seja positivo
Não importa o quão difícil pareça um trabalho. Encará-lo de forma positiva aumenta sua produtividade em cerca de 31% para trabalhos no meio corporativo, segundo a Politécnica de Montreal. No setor de vendas, a melhora é de 37%. Já entre os médicos, 19% são mais rápidos e precisos em seus diagnósticos quando encaram o trabalho de forma positiva. Se agir dessa forma, você terá resultados bem melhores do que quando o cérebro está em estado neutro, negativo ou de estresse. Ele se acostuma à positividade, se for treinado, e ela se torna algo natural.

Julgue o sentimento
Sim, use a razão. Concentrar-se e identificar o pensamento causado por uma emoção ajuda a deixá-la de lado e assim você conseguirá perceber que a tarefa que precisa ser feita deve ser iniciada rapidamente.

Divida a tarefa em partes menores
Metas muito grandes podem parecer vagas, o que as torna intimidantes e ruins. Se um relatório muito grande deve ter cinco capítulos, por exemplo, estabeleça um tempo para terminar o primeiro. Com essa parte riscada da agenda, a sensação de dever cumprido já começa a aparecer e há mais ânimo para começar a segunda parte e seguir adiante até conseguir chegar no resultado total do trabalho.

Imagine-se no futuro
É simples: pense na agonia do prazo estourando e compare-a à sensação de entregar um serviço completo, revisto e sem correrias desnecessárias e estressantes.

Tenha o controle de todas as áreas
O psicólogo Tim Pychyl diz que “o ato de controlar suas emoções será de grande ajuda para todas as áreas de sua vida e não só para o seu trabalho”.

Obtenha a direção de Deus
Nas palestras da Nação dos 318, que acontecem às segundas-feiras no Templo de Salomão e em toda a Universal, você pode aprender a não deixar as emoções roubarem seu tempo. Encontre o endereço mais perto de você em universal.org/localizar.

Com essas dicas, o que você vai fazer? Executá-las ou deixá-las para depois e atrasar seu sucesso profissional e financeiro?