O sofrimento era hereditário

Wagner Ramos sofria constantemente com os mesmos problemas que seu pai tinha. Saiba como ele procedeu para conseguir romper esse cenário

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O designer gráfico Wagner Ramos, de 31 anos, desenvolveu ao longo da vida um comportamento com os mesmos problemas vividos por seu pai. Um deles foi o envolvimento com bebidas alcoólicas. “Cresci vendo o meu pai viciado em álcool e agredindo minha mãe. Ainda criança, viemos para São Paulo por causa dos problemas dele. Na minha adolescência, eles se separaram. Achei que isso seria melhor para mim e que finalmente eu teria paz, mas tudo piorou.”

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Wagner continuou durante vários anos presenciando a perseguição do pai à sua mãe, pois ele queria reatar o relacionamento. O rapaz lembra que sentia uma grande tristeza por causa dessa situação e que acabou se refugiando nos vícios. “Eu vivia em conflito interior.

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Então, aos 17 anos, por indicação de ‘amigos’, comecei a usar drogas como maconha, cocaína, lança-perfume e álcool. Não era algo que eu gostava de fazer, mas queria preencher aquele vazio.”

Sem conseguir alcançar seu objetivo de se tranquilizar consumindo drogas e álcool, Wagner procurou a felicidade em um relacionamento amoroso. Então percebeu que até nessa área ele estava reproduzindo as mesmas atitudes que seu pai adotava na vida conjugal. “Apesar das minhas tentativas, eu nunca conseguia ter um relacionamento amoroso feliz. Cheguei a ficar um tempo com uma pessoa, com quem tive uma filha, mas o convívio foi extremamente conturbado. Houve traições e agressões físicas”, conta.

Ele não aguentou viver aquela situação e optou pela separação. A solidão que carregava em seu interior fez com que pensamentos de suicídio tomassem sua mente. Mas, com medo do que pudesse acontecer posteriormente, ele nunca tentou se matar.

Mudança de caráter
Depois de muito sofrimento e em um dia em que sentia muita angústia, Wagner lembrou do trabalho da Universal que tinha conhecido na adolescência. “Com 24 anos, eu estava muito mal. Então, decidi ligar para um amigo e disse que queria voltar para a Igreja. Ele me acompanhou em uma reunião e desde aquele dia permaneci firme. Decidi me entregar de verdade a Deus.”

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O vazio interno foi preenchido e o seu caráter foi transformado. “Hoje, sou resolvido amorosamente. Me casei, sou feliz e me libertei de todos os vícios. Encontrei a verdadeira felicidade e Deus me concedeu o maior presente que alguém poderia receber: o Espírito Santo. Posso dizer que sou completo”, conclui.

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: Arquivo pessoal