Notícias | 21 de Fevereiro de 2021 - 00:05
Todos os dias, torres são construídas em nome da união e da paz. Entretanto as boas intenções podem ser apenas o disfarce de um coração perverso e egoísta. Na tela da Record TV, a novela Gênesis esmiúça o assunto e traz à tona algumas lições
Nas últimas semanas, a Record TV entregou ao público mais uma fase da superprodução Gênesis. Ela retratou não só o início da construção da Torre de Babel, mas o desfecho desta iniciativa que foi uma grande confusão de línguas. A cena é inspirada em uma das passagens mais conhecidas da Bíblia. O capítulo mostrou que Ninrode (Pablo Morais) arquitetou a ideia de construir a Torre de Babel. Neto de Cam (Vinícius Redd) e bisneto de Noé (Bruno Guedes/Oscar Magrini), Ninrode era um exímio caçador. No entanto ele se deixou levar pela vaidade, ganância e prepotência, características ressaltadas na terceira fase da novela.
Ninrode se torna grande e deseja que seu nome seja reconhecido na sociedade e, por isso, projeta uma cidade e também uma torre de proporções colossais que tocasse o céu. Nem ele nem sua mãe, Semíramis (Francisca Queiroz), levaram em consideração os avisos e o bom senso de Gomer (Giuseppe Oristanio), que os alertou de que a construção poderia soar como uma provocação a Deus. A dupla considerou o conselho de Gomer patético. Sem revelar suas intenções pessoais com a empreitada, Ninrode justificou para o povo que a construção da torre teria o objetivo de ser um símbolo de força e união. Se a união vira pauta, quem pensa diferente pode virar sinônimo de desafeto – algo retratado durante as cenas e que, por coincidência, tem muito a ver com os dias atuais (e digitais, inclusive).
REFLEXÕES
A união sempre foi vista como algo positivo e não faltam movimentos que buscam unir as pessoas. Para isso, parte-se da premissa de que é preciso igualar a todos. De acordo com esse tipo de discurso, se todos são iguais e os mesmos direitos valem para todos, logo, a união é aclamada. Apesar de ser atraente, essa proposta muitas vezes é falha, já que pode suscitar sentimentos de ódio ao que é diferente, como no caso de Gomer. Além disso, ela pode ser apenas um disfarce para gerar ainda mais desunião e afastamento entre as pessoas em prol de interesses individuais. Logo, a pauta vira outra e inocentes são prejudicados e ninguém chega a lugar nenhum. Como em Babel, ninguém se entende e, em vez de se unir, se espalham (Gênesis 11.9). A Bíblia ainda relata que “era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala” (Gênesis 11.1) e que o desejo de erguer a torre era para que “não fossem espalhados sobre a face da terra” (Gênesis 11.4).
BONDADE OU CAPRICHO?
Ninrode, embora fosse um “poderoso caçador diante do Senhor” (Gênesis 10.9), não era do Senhor – suas atitudes e intenções demonstravam isso. Muitos Ninrodes, inclinados às vontades e sonhos do próprio coração, ainda surgem, assim como muitas Torres de Babel continuam a ser erguidas com más intenções. Quando se reporta algo ou alguém, não pelo zelo à Obra de Deus, mas pela intenção de ser bem-visto, é porque se deseja a honra para si. Quando alguém planeja se esquivar de uma consequência se amparando no erro dos outros, aquela intenção é má. Quando o “eu acho”, “eu penso”, “meu jeito”e “minhas verdades” são colocadas à frente do que quer que seja, isso seria a expressão da própria liberdade ou seriam as intenções ocultas gritando?
A SUPERPRODUÇÃO
A novela Gênesis vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir das 21h. Desde sua estreia, já é considerada a novela bíblica com maior audiência da história da Record TV. Além disso, a trama ganhou grande repercussão nas redes sociais. Segundo o The WIT (plataforma que destaca conteúdos de TV e digital), a superprodução foi a que mais conquistou seguidores no Instagram entre as novelas e séries que estrearam em janeiro. Até o fechamento desta edição, o perfil @novelagenesis somava mais de 613 mil seguidores.