Você sabe quais são as novas tendências?

Com olhar atento, é possível antecipar o futuro e se preparar para as novidades no mundo dos negócios

Imagem de capa - Você sabe quais são as novas tendências?

As inúmeras informações que circulam a cada minuto representam um desafio cada vez maior para quem deseja identificar as tendências que podem fazer a diferença no mercado de trabalho e no mundo dos negócios. Quais serão as novidades em alimentação, no mercado para pets, para os consumidores da terceira idade e no setor viagens, por exemplo? Será que é possível prever o futuro e se antecipar a ele? O que profissionais e empresários podem fazer para se preparar melhor para as transformações?

Para identificar tendências, a curiosidade é uma das características mais importantes. É o que destaca o especialista em gestão de pessoas e negócios Silmar Strubbe. Segundo ele, antecipar o futuro requer sensibilidade.

“É preciso estar atento, ligado ao que está acontecendo no contexto socioeconômico. É olhar para a situação e procurar fazer projeções, o que a situação atual pode refletir lá na frente? É importante se perguntar quais são os impactos disso para as pessoas, para você, para os negócios”, diz.

A dica é acompanhar notícias e informações de fontes variadas, como sites, jornais, revistas, rádios, livros e pesquisas. Mas não adianta acreditar em tudo o que lê ou ouve. Antes, você deve buscar quem produz cada um desses conteúdos e entender os interesses por trás das informações. Depois, vale separar um tempo para refletir e fazer perguntas sobre cada um dos dados encontrados. Qual é a intenção de quem divulga ou produz uma determinada informação? Como esse dado vai impactar minha vida? Esses são alguns questionamentos úteis.

O especialista também destaca que é importante ter autoconhecimento e evitar o comodismo. “Quando você se conhece bem, tem ciência de suas habilidades e limitações, e consegue olhar para o mundo com mais segurança.”

Observação

Strubbe diz que identificar tendências também significa analisar os hábitos das pessoas. Isso pode ser feito por meio de conversas com conhecidos, observação de comportamentos nas ruas e acompanhamento de redes sociais. “As redes sociais podem ser vistas com um olhar mais estratégico, pois elas são grandes fontes de informação. Nelas, existem grupos de discussão sobre os mais variados temas. Dá para acompanhar esses grupos e ver o que as pessoas estão postando, como estão inovando, o que as pessoas precisam de diferente”, afirma.

Como aplicar?

Após aguçar a criatividade, a sensibilidade e a observação atenta, é possível que você comece a identificar várias tendências. Mas o que fazer com elas? Strubbe lembra que é fundamental fazer um planejamento. “Algumas pessoas acabam brincando de erro e acerto. Elas acham que uma ideia vai dar certo e se jogam na execução dela sem nenhum planejamento. Não fazem uma avaliação nem uma pesquisa de mercado e aí é mais fácil dar errado.”

O especialista recomenda fazer o planejamento em uma folha de papel e incluir nele os desafios que serão enfrentados, o tipo de cliente que se deseja atingir, o produto ou serviço oferecido, a forma de venda, os parceiros, os fornecedores e o tipo de comunicação que será feita. “Você não precisa inventar a roda. Você só tem que lapidar, melhorar e inovar com o que já existe, fazer diferente”, conclui.

Comércio sustentável

A reciclagem de materiais faz parte da rotina de Priscila Luisi (foto ao lado) há muito tempo. Por isso, foi natural levar o hábito para a loja de roupas femininas, que ela montou com uma sócia, há 10 anos. “O comércio gera muito lixo, caixas, plástico, etc. Cada um deve ser responsável pelo seu lixo. Então, reaproveitamos esse material e fazemos reciclagem”, conta.

As sócias também implantaram outras ações ligadas à sustentabilidade. Uma delas é uma minibiblioteca instalada do lado externo das lojas da marca, que oferece livros e recebe doações. A marca ainda promove uma campanha de reciclagem de esponjas de uso doméstico. “Nossas clientes ficam surpresas, acham legal e é surpreendente como elas participam.”

As iniciativas fazem parte da proposta da marca. A loja, por exemplo, vende produtos feitos com materiais que iriam para o lixo, como a bolsa amarela feita de rede de pesca de camarão e o colar produzido com borracha de pneu (ao lado). “Trabalhamos com produtos inovadores, feitos por artesãos e comunidades brasileiras”, esclarece.

Ideia que veio do consultório

As queixas de pacientes sobre problemas de memória levaram o geriatra Paulo Camiz (foto ao lado) a pensar em uma ferramenta que ajudasse essas pessoas a treinarem a mente. “Em boa parte das vezes, o paciente não tinha nenhuma doença. O problema de memória era excesso de demanda, as pessoas não dão conta de todas as informações. E aí pensei: ‘como posso melhorar isso?’”

O médico explica que partiu da observação de propostas já existentes no exterior para criar um novo aplicativo no Brasil. “Decidi desenvolver um aplicativo que oferecesse algo como uma musculação para o cérebro”, diz.

O aplicativo criado por ele está no ar há um ano e tem exercícios que trabalham funções cognitivas como memória, atenção e linguagem. “Inicialmente, pensei em pacientes que tinham por volta de 60, 70 anos de idade, mas hoje há um grande interesse das escolas. Nesse sentido, a ideia saiu melhor do que a encomenda, é muito gratificante”, comemora Camiz, que agora busca parceiros para ampliar a ferramenta.

Como identificar?

Veja algumas dicas de Silmar Strubbe para descobrir novas tendências de mercado

– Mantenha-se informado: acompanhe notícias produzidas por meios de comunicação diferentes. Além disso, busque dados em pesquisas e livros

– Desenvolva um olhar crítico: faça perguntas, procure entender os interesses de empresas e associações e tente refletir sobre as informações que você receber.

– Observe a realidade: enquanto caminha pelas ruas, navega nas redes sociais ou conversa com amigos, analise e anote quais são os hábitos das pessoas, o que elas buscam e suas principais dificuldades.

– Pergunte mais: se você encontrou uma nova tendência, faça testes. Por exemplo: se quer oferecer produtos para solteiros, crie um produto e teste com seu público-alvo. Depois, peça a opinião das pessoas, as analise e crie melhorias.

– Estude: você pode optar por formação técnica, universitária ou cursos livres oferecidos em instituições públicas e privadas. Procure cursos gratuitos, opções on-line, palestras e workshops.

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Colaborador

Por Rê Campbell / Fotos: Fotolia e Marcelo Alves