Você é um servo que precisa de ajuda?

Casos de pastores que se suicidaram recentemente mostram por que a busca constante em Deus é necessária independentemente do título na igreja

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No último mês de dezembro, três pastores brasileiros tiraram a própria vida após viverem a angústia da depressão. No dia 10, o pastor Ricardo Moisés, líder da Igreja Assembleia de Deus em Cornélio Procópio, no Paraná, foi encontrado sem vida por sua esposa depois de ter se enforcado em sua casa, que fica nos fundos da igreja.

Dois dias depois, o pastor Júlio César Silva, ex-presidente da Assembleia de Deus Ministério Madureira, em Araruama, no Rio de Janeiro, também teria se enforcado na varanda de sua casa, localizada em um condomínio da cidade.

Já no dia 27, a pastora Lucimari Alves Barro, da Igreja do Evangelho Quadrangular de Criciúma, em Santa Catarina, também se suicidou por enforcamento.

Casos de líderes evangélicos que tiraram a própria vida se juntam a outros que têm ocorrido periodicamente em outros países. Um exemplo recente é do pastor Ed Montgomery, da Assembleia do Evangelho Pleno Internacional em Illinois, nos Estados Unidos, que teria atirado em si mesmo na frente de sua mãe e do filho dizendo que estava ouvindo a voz de sua esposa que havia morrido poucos dias antes.

O dia a dia dos líderes evangélicos não é fácil de ser vivido. Se todas as pessoas convertidas a Deus precisam colocar a fé à prova a cada dificuldade que passam para se manterem firmes na comunhão com Deus, é fácil imaginar como os obstáculos são maiores na vida daqueles que estão ligados diretamente à Obra dEle. Para que consigam transmitir os ensinamentos do Senhor Jesus, é necessário que estejam também fortalecidos espiritualmente.

Ocorre que, ao longo da jornada, pastores e outros voluntários da Obra de Deus enfrentam ataques espirituais constantes, como explica o bispo Eduardo Bravo, responsável pelo projeto da Universal que realiza encontros interdenominacionais. “Como está na Bíblia, a nossa luta não é contra carne nem contra o sangue, mas contra as forças espirituais do mal. Quer dizer, estamos lutando contra o inferno.”

Ele alerta, então, que todos que fazem a Obra de Deus precisam buscá-Lo constantemente para que a própria vida também não seja afetada. “É necessário que o servo de Deus envolvido nessa batalha esteja 100% capacitado e cheio do Espírito Santo para fazer essa Obra”, argumenta.

Sendo assim, é preciso rejeitar todo tipo de opressão e buscar renovar as forças em Deus. Foi assim com o profeta Elias, quando ele se refugiou no deserto após ter fugido da rainha Jezabel, que havia instituído o culto ao falso deus Baal e o ameaçado de morte.

Desanimado, ele chegou a sentir desejo de morrer.

Elias foi sentar-se embaixo de um pé de zimbro e pediu a morte. 1 Reis, 19.4

Tempos antes ele tinha conseguido a vitória no monte Carmelo, sobre os profetas de Baal, mas, agora, já não sabia mais como agir, a ponto de dizer desesperadamente:

Basta; toma agora, ó Senhor, a minha alma, pois não sou melhor do que meus pais 1 Reis, 19.4

Contudo, Deus não o havia abandonado e, por isso, mandou-lhe um anjo para fortalecê-lo a fim de que ele permanecesse no deserto por mais de 40 dias.

Após vencer suas tribulações, Elias voltou para os serviços em Israel e ainda viu seus inimigos serem derrotados.

Muitos servos que fazem a Obra de Deus também se sentem como Elias “debaixo de um zimbro”. Mas é importante lembrar que Deus também pode fortalecê-los para que passem pelo deserto que for.

Para isso, é necessária uma entrega constante a Deus, por meio de orações, jejuns, meditações em Sua Palavra e conversas sinceras com Ele, se despojando de todo o “eu”.

A todo servo

Não é só no meio de pastores que as dificuldades surgem ao longo da jornada. Quantos são os servos de Deus que fazem a Sua Obra e que estão esmorecidos na fé por causa de um problema, um erro, uma dúvida, um medo ou da solidão, por exemplo?

Muitos deles acreditam firmemente nas promessas Divinas, mas, de repente, se veem passando por muitas situações contrárias a elas.

Se este é o seu caso, dobre os joelhos e fale com Deus sinceramente, confessando tudo o que sente, mesmo que já tenha feito isso outras vezes. Por meio dessa oração, Deus vai mostrar a vontade dEle a você.

Foi assim que o Bispo Edir Macedo fez quando passou por momentos de perseguição como líder da Universal. Em seu livro Nada a Perder 2, ele relata que, se não fosse a confiança que teve em Deus, não teria suportado as pressões que passou durante sua jornada.

Em um trecho do livro, após ter prestado contas à Policia Federal, o Bispo escreveu: “sinceramente, se eu não cresse no meu Deus, teria dado um tiro na cabeça ou sofrido um infarto”.

Mas ele chorou para Deus os seus lamentos e recebeu a força Divina. “Lembrei do meu encontro com Deus. Só o Senhor Jesus me daria forças, me renovaria para enfrentar tantas dores.”

Então, faça o mesmo. Mas, se não estiver conseguindo sozinho, busque auxílio, como fez a ex-pastora Ana Claudia Mendes (foto abaixo), que procurou a Universal no ano passado.

Em uma reunião no Templo de Salomão voltada aos obreiros da Universal, ela contou ao bispo Sergio Corrêa que passou durante muitos anos por momentos de opressão, sentindo fortes desejos de suicídio. Tinha pesadelos, não dormia à noite e comia desesperadamente para se destruir, a ponto de engordar 40 quilos. “Sem saber, eu estava sem a devida libertação e indo a passos largos para a total perdição.”

Mas, ao participar de uma reunião na Universal, ela entendeu que precisava do Espírito de Deus para ter uma nova vida. “E aqui estou eu, livre do desejo de morte, buscando o Espírito de Deus, larguei o meu ministério, comecei do zero, na humildade e na certeza de que, primeiro, temos que ter estrutura e o Espírito Santo para fazer Sua Obra. Só não morri por minha sinceridade e humildade para com Deus.”

O Bispo Edir Macedo, em seu programa Palavra Amiga, na Rede Aleluia (transmitido de segunda-feira a sábado, às 23 horas, com reprise às 6 horas e ao meio-dia), disse que todos os líderes evangélicos e outros voluntários da Obra de Deus estão convidados a participar de reuniões em qualquer templo da Universal. “Não importa quem você é, não precisa se identificar nem pagar nada. Você vai ver o poder de Deus arrancando você dessa situação.”

Ele ressaltou a importância de o servo manifestar uma fé que não é baseada nas emoções. “A fé inteligente não tem nada a ver com sentimento. É uma fé solidificada na Palavra de Deus, que se mantém firme, inabalável diante de qualquer circunstância”, afirmou.

O bispo Eduardo Bravo também disponibiliza seus contatos a todos os líderes evangélicos que queiram receber orientações. Para falar diretamente com ele, o telefone e o whatsapp é (11) 99777-0867 e o e-mail é beb@ts.universal.org.br. “É preciso enfrentar o problema. A pessoa deve priorizar a própria Salvação e estar disposta a esta atitude de fé de procurar ajuda”, finaliza.

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Colaborador

Por Janaina Medeiros/ Foto: Fotolia