Vitória dedicada a Deus

Após vencer o Super Bowl, equipe dos Eagles diz que resultado tem relação com a fé. Para atletas, futebol americano é plataforma para espalhar a Palavra de Deus

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No início de fevereiro, o mundo acompanhou uma das mais acirradas finais do Super Bowl, o campeonato de futebol americano e maior evento esportivo anual do planeta. A disputa era entre o quase imbatível New England Patriots, com cinco títulos da liga, e o Philadelphia Eagles, conhecido pelo acúmulo de derrotas.

O jogo foi intenso do início ao fim. Tom Brady, do Patriots, fez a melhor partida de um quarterback da história e bateu o recorde de 505 jardas aéreas. Mas o quarterback Nick Foles, do Eagles, foi além. Depois de passar boa parte da temporada na reserva, ele liderou seus companheiros e conseguiu uma conquista inédita: a primeira vitória do Philadelphia Eagles no Super Bowl. A equipe derrotou o então campeão New England Patriots pelo placar de 41 a 33. A façanha foi acompanhada ao vivo pela TV por mais de 100 milhões de norte-americanos.

“Glória a Deus”

A comemoração dos campeões surpreendeu. Isso porque a equipe do Philadelphia Eagles não teve medo de revelar sua fé. O treinador dos Eagles, Doug Pederson, disse aos jornalistas: “só posso dar o louvor a meu Senhor e salvador Jesus Cristo por me dar esta oportunidade.”

O quarterback Nick Foles também não se intimidou diante da transmissão ao vivo para todo o mundo. Com a filha Lily no colo, Foles dedicou o resultado a Deus. “Inacreditável. Toda a glória a Deus. Eu não estaria aqui sem Deus, sem Jesus na minha vida”, afirmou em coletiva de imprensa após o jogo.

Uma semana antes da grande final do Super Bowl 52, Foles declarou à Associated Press que gostaria de ser pastor. “Está no meu coração. Fiz um salto de fé no ano passado e me inscrevi para ter aulas no seminário. Quero continuar aprendendo e desafiando minha fé. Quero impactar o coração das pessoas”, detalhou.

Superação

Há alguns anos, Foles quase abandonou o futebol americano, segundo reportagem do jornal The Washington Post. “Eu queria me aposentar da NFL (a liga esportiva profissional de futebol americano dos Estados Unidos), eu realmente estava lutando”, disse em um vídeo para o YouVersion. Antes de ser eleito o jogador mais valioso do Super Bowl, Foles atuou várias temporadas como jogador reserva. O papel de coadjuvante, entretanto, não impediu que ele mostrasse seu potencial quando teve a oportunidade de ocupar um lugar no time principal. E qual seria a explicação para que um jogador de apoio se transformasse no protagonista da primeira vitória dos Eagles no Super Bowl? Para Foles, a resposta está na fé.

Evangelho

Assim como Foles, outros jogadores e técnicos dos Eagles são cristãos. Dentro e fora de campo, a equipe faz questão de mostrar que a receita para o sucesso no futebol americano passa por seguir os ensinamentos presentes na Palavra de Deus. O time aproveita o sucesso no esporte como plataforma para espalhar o Evangelho, conforme revelou Foles em coletiva de imprensa. “A relação entre fé e futebol americano é enorme. Esta é a plataforma que nós temos para atrair as pessoas para a Palavra, para Jesus.”

Em vídeo divulgado na internet, o grupo destaca a fé como força vital e elemento-chave para a vitória. Nos bastidores, jogadores e técnicos dos Eagles realizam até batismos em banheiras e piscinas de hotéis, como detalhou o The Washington Post. Segundo o quarterback Carson Wentz, o grupo compartilha a própria fé por meio de estudos bíblicos coletivos organizados em diferentes dias da semana e nas noites que antecedem os jogos. Ele também é conhecido por fazer palestras sobre a importância da fé e por comandar uma fundação cuja missão é “demonstrar o amor de Deus, oferecendo oportunidades e apoio aos menos afortunados e aos necessitados.”

O coordenador ofensivo da equipe, Frank Reich, também é cristão e chegou a atuar como pastor. O Eagles ainda conta com o apoio do pastor Herb Lusk, que conduz o time em seus estudos bíblicos.

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Colaborador

Por Rê Campbell/ Foto: Reuters