“Uma novela sempre vai além de um tema”
Em entrevista à Folha Universal, Carolina Oliveira fala de seu primeiro trabalho na Record TV
A atriz Carolina Oliveira (foto ao lado) tem 23 anos e apesar da pouca idade acumula em seu currículo uma lista relevante de novelas, seriados, musicais e longas-metragens. São 11 anos de carreira. Um de seus trabalhos lhe rendeu, em 2005, a primeira indicação de uma atriz brasileira ao prêmio Emmy Internacional.
Em entrevista exclusiva à Folha Universal, Carolina conta como recebeu o convite para interpretar Susana Aisen, sua estreia em uma trama bíblica e na Record TV, na primeira fase da personagem. “O diretor-geral da novela, Edson Spinello, entrou em contato comigo. Ele disse que já conhecia meu trabalho e me fez o convite. Fiquei feliz por ser lembrada e não pensei duas vezes para aceitar.”
A personagem, que é filha dos médicos e donos do Hospital Aisen, Ruben Aisen (interpretado pelo ator Norival Rizzo) e Lia Aisen (papel vivido por Lucinha Lins), nutre o desejo de ajudar as pessoas, assim como seus pais. Com esse objetivo, a jovem se muda para Nova York para estudar biomedicina e epidemiologia.
Na universidade, ela conhece a israelense Débora Koheg (Manuela do Monte), que é sua colega de quarto. As duas acabam se tornando amigas e confidentes, o que ajuda Susana a ganhar mais autoconfiança.
Em Nova York a jovem também conhece o judeu Alan Gudman (Mauricio Pitanga). Os dois se casam e desse relacionamento nasce Benjamin (Pedrinho Melo, na primeira fase) e Isabela (Antonella Mattos).
A jovem judia sempre foi apegada aos costumes de sua crença, mas, sem o apoio do marido e do filho, que mesmo sendo judeus não acreditam em nada, passa a ficar cada vez mais fria espiritualmente.
Atriz e trama
Carolina comenta a respeito do que mais lhe chamou a atenção na trama. “A novela mostra a possibilidade que as pessoas terão de refletir sobre temas bastante humanos, que vão muito além da religião.”
A atriz também conta como compôs sua personagem em conjunto com a atriz Mônica Torres, que interpreta Susana na segunda fase da novela (que se passa de 1996 a 2001). “Foram muitas horas de estudo e, principalmente, conversas e encontros com a Mônica. Eu precisava ter esse diálogo e essa proximidade com ela, porque seríamos a mesma pessoa e nossos sentimentos precisavam estar em sintonia. Acredito que conseguimos e torço para que o público sinta o mesmo”, enfatiza.
Questionada sobre as diferenças e semelhanças entre ela e sua personagem, Carolina ressalta que “uma das semelhanças é o fato de poder reconhecer mais e explorar melhor meu lado meigo e guerreira (risos). Em relação às diferenças, a Susana é muito tradicional. Ela se casou, teve filhos e não penso nisso no momento”, afirma.
A atriz enfatiza que, embora as novelas sejam obras de ficção, elas têm traços da realidade. “É o que faz o público se emocionar. Não olhei para Apocalipse apenas como uma trama bíblica, mas como um trabalho que mostraria um pouco das atitudes humanas e dos sentimentos reais das pessoas, sem pensar que falaria de uma religião ou de outra. Uma novela sempre vai além de um tema e de tudo aquilo que a envolve e isso me deixou feliz e satisfeita.”
A novela
Carolina, que já encerrou sua participação em Apocalipse, fala da importância dos capítulos iniciais de toda novela: “a primeira fase, com certeza, marca os telespectadores porque é nesse momento que a curiosidade pela trama aumenta e, consequentemente, o reconhecimento acontece, o que tem ocorrido comigo. E esse retorno do público é sempre importante para o ator”, finaliza Carolina.
E vem história por aí
O público não pode perder os próximos capítulos de Apocalipse. A segunda fase da trama mostrará a aproximação de Benjamin Aisen (Igor Rickli) e Ricardo Montana (Sérgio Marrone), filhos de Susana e Débora, respectivamente, e como essa “amizade” poderá afetar o destino da humanidade.
A novela, dividida em três fases e com muita história para contar, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h40, na Record TV.