“Quando nos perguntam o que vamos fazer nos presídios”

Vida atual de ex-detento responde a essa questão

Imagem de capa - “Quando nos perguntam o que vamos fazer nos presídios”

Frequentemente, coordenadores e voluntários do Universal nos Presídios (UNP) são abordados por pessoas querendo saber o que o grupo faz nas casas de detenção. As abordagens geralmente vêm com uma certa dose de descrença e pessimismo. “Eles não têm jeito”; “uma vez bandido, sempre bandido, está no sangue”; “para que perder tempo?”.

Mas a Universal e seus frequentadores não pensam assim. Em atividade há mais de três décadas, o UNP foi crescendo, novos voluntários foram surgindo e hoje 18 mil estão empenhados para levar conforto físico e espiritual aos detentos de unidades prisionais (masculinas e femininas) em todo o País e em diversas partes do mundo.

O UNP, assim como os vários grupos existentes na Universal, acredita no poder da transformação do ser humano e na capacidade de ressocialização de presos.

É um trabalho de formiguinha, que requer muita perseverança e continuidade, mas isso os voluntários têm de sobra. E o resultado dessas ações tem surgido ao longo dos anos, o que só vem reforçar a certeza de que, com dignidade, autoestima recuperada e a indicação de um caminho a ser seguido — com Deus em suas vidas —, nada é irremediavelmente perdido.

Sem essa assistência, como bem lembrou, recentemente, o bispo Eduardo Guilherme, responsável pelo UNP em todo o Brasil, na 2ª Jornada da Cidadania e Empregabilidade, em Riolândia, interior de São Paulo, “sem as ações de transformações com base na fé, a pessoa acaba retornando ao delito e, consequentemente, à prisão”.

“O maior prêmio do mundo”

São incontáveis as vidas transformadas durante a existência desse voluntariado. Inúmeros são os testemunhos ouvidos de pessoas que passaram pelo mundo do crime e se reergueram.

A maioria delas passa de evangelizadas a evangelizadoras ainda mesmo dentro do presídio, como foi o caso de Haroldo Dias, de 47 anos, que em 2014 escreveu uma carta ao líder e fundador da Universal, Bispo Edir Macedo, agradecendo ao trabalho da Igreja nos presídios. Essa carta foi publicada em seu blog pessoal.

Nela, Haroldo contou que esteve 11 vezes preso, por causa de sua busca para preencher o vazio em sua alma, por meio de festas, drogas e prostituição. Ele salientou que, cansado disso tudo, começou a participar das reuniões que a Universal fazia no presídio onde estava.

Tempos depois, firme na fé e na presença de Deus, Haroldo diz ter pedido um milagre a Ele e foi ouvido, recebendo o que ele chama de “o maior prêmio do mundo”, ao ser consagrado evangelista da Universal ainda dentro do presídio.

Na ocasião, ele acreditava e determinava a si mesmo que queria ser um obreiro na Igreja quando saísse dali.

Hoje, livre do presídio, trabalhando como autônomo, Haroldo faz parte do grupo UNP do Brás — mostrando aos detentos, com o seu exemplo, o caminho da Salvação — e continua agradecendo à Universal e seus voluntários pela presença constante nos presídios.

“O trabalho do UNP foi muito importante para mim, me trouxe esperança, mostrou que eu tinha chances de me reintegrar na sociedade, que havia um outro caminho. Os obreiros e pastores me ajudaram muito, até eu conhecer a Deus verdadeiramente”, salienta.

Os que se diziam amigos e se esqueceram dele enquanto esteve preso; as rebeliões pelas quais passou, ficando, inclusive, confinado em uma cela com os demais presos por três dias, sem comida e sem água; o sentimento de solidão, de abandono ficaram para trás — num passado bem distante.

Hoje ele está feliz e lado a lado com seus evangelizadores, como o pastor Marcos Datri da Universal, e muitos outros.São testemunhos e vidas salvas que fazem com que o trabalho do Universal nos Presídios não pare e cada vez, mais e mais, aumente esse exército contra o mal que assola a humanidade e muito mais almas sejam resgatadas.

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Colaborador

Por Maria do Rosário / Fotos: Cedidas pelo grupo UNP e reprodução da internet