Você vive constantemente insatisfeito?

Não importa quantos sonhos realizem, existem pessoas que nunca conseguem se livrar da sensação de que ainda lhes falta algo para que sejam realmente felizes. Isso porque só há uma maneira de preencher este vazio

Imagem de capa - Você vive constantemente insatisfeito?

Vivemos em uma época que, de certa forma, pode ser considerada de muitos privilégios. Conhecimento, conquistas ou experiências estão a poucos cliques, podem ser alcançados em pouco tempo e estão a poucos passos de nós. Além disso, não faltam meios para os obtermos.

Todavia, mesmo diante de tantas facilidades, a sensação de que algo está faltando é constante. Há os que pensam que o que lhes falta seja o amor ou que se casem, mas, quando isso ocorre, não se sentem completos.

Outros consideram que ter filhos seja a solução, mas, ao tê-los, o vazio dentro de si continua. Para muitos, mudar a aparência parece que é a solução, mas, quanto mais mudam, menos satisfeitos ficam. Há também os que buscam se preencher com estudos e carreira e isso também não lhes basta.

O Bispo Adilson Silva, em entrevista exclusiva à Folha Universal, explica que muitas pessoas se sentem assim porque não compreendem a existência da alma e focam apenas no exterior. “A maioria desconhece que o ser humano é uma trindade: alma, espírito e corpo. Quando há um problema, o tratam investindo no corpo, mas isso não resolve, porque o problema delas é na alma”, diz.

Nessa busca desenfreada por este algo, muitas apelam para atitudes extremas. Recentemente, a atriz sul-coreana Yoo Joo-Eun, de 27 anos, foi encontrada morta. O anúncio de seu falecimento foi feito por seu irmão por meio de uma postagem nas redes sociais dela e, com o comunicado, havia uma carta dando a entender que ela tinha cometido suicídio. Com agradecimentos e pedidos de desculpas, as últimas palavras dela, em tradução livre, teriam sido: “meu coração grita que não quer viver. (…).

Eu queria tanto atuar. Talvez isso fosse meu tudo e uma parte de mim, porém, viver aquela vida não era fácil. Não quero fazer mais nada. Isso é tão desesperançoso”. Realizar o sonho de atuar não foi suficiente para Joo-Eun, que ainda chamou sua realização profissional de bênção e maldição.

Como ela, há quem pense que machucar a si próprio é a resposta para a pergunta “o que me falta?” e assim acaba trilhando caminhos que beiram à destruição. Alguns, por exemplo, tentam se satisfazer por meio dos vícios, da criminalidade, da automutilação e outras escolhas que levam à depreciação. “Quando a pessoa tem um problema na alma, ela normalmente fica embriagada de emoções, porque nossa alma está ligada ao que sentimos. Então, a tendência é que tome atitudes impensadas e isso acaba gerando problemas cada vez maiores. Chega um momento que a pessoa se sente impotente, porque tudo que faz para tentar resolver só piora a situação. Então, há quem chega a um grau de frustração tão alto que começa a pensar até mesmo em suicídio”, comenta o Bispo.

O fim da vida ou a desistência de sonhos não são soluções para acabar com essa insatisfação recorrente. Existe uma maneira eficaz de alcançar a satisfação plena, como você lerá a seguir.

Busca pela realização profissional
Para muitos, a vida profissional é a régua do sucesso, afinal, uma vida financeira próspera oferece inúmeras oportunidades. Fernanda Flecha, (foto abaixo) de 32 anos, pensava que precisava ser a melhor em tudo. “Cresci sendo uma criança competitiva e não aceitava o segundo lugar. Eu tinha amigos e uma vida normal, mas só o fato de tirar uma nota baixa me entristecia”, diz.

Isso era tão inerente a ela que Fernanda agiu da mesma maneira ao escolher cursar Direito, pois pensava que com essa faculdade ela teria um grande leque de opções de atuação profissional. Ela estagiou nos melhores lugares, teve sua monografia indicada à premiação na universidade e foi aprovada na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), mas algo estava errado, como relata: “eu sentia um vazio e uma grande tristeza. Fiquei feliz quando passei na OAB, mas ao ir à solenidade pegar minha licença para advogar eu me questionava sobre o porquê de não estar satisfeita”, recorda. Essa insatisfação piorou quando ela não conseguiu trabalho e, por crer que lhe faltava um diferencial, ela foi para o exterior: “tive oportunidade de estudar na Columbia University, em Nova York”, cita. Lá, Fernanda conheceu pessoas de vários países, adquiriu conhecimento e a tristeza parecia que tinha desaparecido.

De volta ao Brasil, Fernanda se mudou temporariamente para o Rio de Janeiro para fazer a segunda especialização. “Comecei a achar que o vazio seria preenchido por essa busca incessante pelo conhecimento”, declara, mas na Cidade Maravilhosa tudo perdeu o brilho e a depressão veio à tona.

 

Fernanda pesquisou meios para se curar, como dietas e meditação, e recorreu a profissionais e medicamentos. Entretanto, sem sucesso, abriu mão de tudo e se entregou à profunda tristeza e à insatisfação que sentia.

“Um dia, acordei e permaneci na cama mexendo no celular. Comecei a ouvir uma discussão em casa e, não sei como, parei na página do Pastor On-line. Pensei que receberia uma oração, mas o pastor me orientou a ir à Universal mais próxima. A cama que antes parecia me abraçar, nessa hora, pareceu ter uma mola e eu pulei dela. Encontrei uma força que eu não tinha há muito tempo.”

Ao desabafar com um bispo, Fernanda ouviu que havia solução para seu caso. Ela passou a ocupar seu tempo priorizando as coisas de Deus, lendo a Bíblia, indo à igreja e obedecendo, com humildade, às orientações que recebia.

Livre da depressão e atuando como advogada, ainda lhe faltava algo e ela sabia o que era: a Presença de Deus. “Veio o Jejum de Daniel e busquei pelo batismo com o Espírito Santo incessantemente. Me desapeguei de tudo, principalmente da vida profissional. Quando orava, eu dizia: ‘Senhor, se quiser tirar meu trabalho, não importa. Só não posso viver sem Teu Espírito, me apoiando na fé dos outros e continuar sendo essa pessoa em que falta sempre uma peça’. Me entreguei completamente”, lembra.

Ao término dos 21 dias do propósito, Fernanda foi batizada com o Espírito Santo e hoje Ele é o seu bem mais precioso. “Me senti completa. Entendi que só o Espírito Santo poderia preencher o vazio e a tristeza que existiam dentro de mim e não o sucesso profissional. Com Ele, aí sim, eu alcançaria meus sonhos, não para meu ego, mas sim para a glória dEle”, finaliza.

A tentativa foi o crack
Ao contrário de Fernanda, há quem procure fugir da realidade para preencher o vazio que sente e se submeta a situações inimagináveis. Para Rodrigo dos Santos, motoboy, de 37 anos, e, Jessica dos Santos, (foto abaixo) ajudante de produção, de 32 anos, a insatisfação era tão grande que essa busca os levou aos vícios e à criminalidade.

Aos 18 anos, Rodrigo era um jovem responsável, mas, sentindo que algo lhe faltava, se deixou influenciar por um familiar e tentou encontrar alento na maconha: “foi o início de uma vida que estava prestes a ser destruída. Logo me envolvi com roubos e conheci o crack, que tirou minha dignidade e o respeito por todos. Passei a viver uma vida de perturbações e não tinha paz”. Ele foi preso por cometer vários delitos e perdeu a confiança de sua família e seu relacionamento amoroso.

Quase na mesma época, com 12 anos, Jessica começou a namorar um traficante que lhe apresentou ao crack: “o vazio que eu tinha parecia infinito e pensei que nas drogas e com as pessoas do crime eu conseguiria preenchê-lo”. Familiares e amigos tentavam tirá-la dos vícios, mas Jessica recusava toda ajuda. “Engravidei e, na maternidade, minha irmã mais velha disse que cuidaria de mim e do meu filho e nos levou para a casa dela. Quando meu filho tinha apenas 13 dias de vida, eu disse a ela: ‘segura ele aqui que eu já volto’. Fui usar drogas e não voltei mais”, conta Jessica.

Para sustentar o vício, ela traficava e, por isso, foi presa três vezes. Foi no tráfico que ela e Rodrigo se conheceram e começaram a namorar. Ele também não convivia mais com as filhas e estava totalmente desacreditado. Juntos eles traficavam, roubavam e usavam crack.

Rodrigo desejava abandonar aquela vida e dizia para Jessica: “vamos sair dessa, pois a qualquer hora vai dar ruim e vai sobrar para a gente”. E foi o que aconteceu. O casal conta que foi vítima de uma armação e julgado no “tribunal do crime”. Como punição, Jessica teve o braço quebrado ao meio e levou um tiro à queima-roupa em uma das mãos e Rodrigo também teve uma fratura no braço e levou dois tiros à queima-roupa.

Eles relatam que viram a morte de perto e só sobreviveram pela misericórdia de Deus, já que a tia de Rodrigo intercedia por eles na Universal em orações e propósitos. Feridos e no fundo do poço, os dois decidiram abandonar aquela vida e passaram a acompanhar a tia à Igreja.

Jessica detalha qual foi o resultado: “me libertei dos vícios, me batizei nas águas e logo tive um encontro com Deus. O Espírito Santo fez morada em mim e preencheu todo o vazio que eu sentia”. O mesmo aconteceu com Rodrigo, como relata: “eu sabia que estava vivo porque Deus tinha me protegido. Então, me entreguei de alma, espírito e corpo. Desde que recebi o Espírito Santo, me sinto completo e é Ele quem me dá a direção de tudo”.

No entanto toda escolha tem consequências. Depois de receber o Espírito Santo, Rodrigo foi para o presídio pela quarta vez. “Voltei para o cárcere por conta de processos antigos, mas só voltei fisicamente porque espiritualmente eu estava livre e ali, durante sete meses, aproveitei para ganhar almas para Jesus. Paguei minha dívida com a Justiça, fui absolvido de outras duas acusações e meu maior patrimônio é saber que Deus me pôs no plano da Sua Salvação”.

Rodrigo e Jessica retomaram o relacionamento com os filhos e se casaram. “Deus nos honrou com um trabalho, uma casa e uma vida digna na Presença dEle. Podemos dizer que há cinco anos nascemos de novo ao reconhecer que somente Deus seria capaz de mudar nossa vida”, conclui Jessica.

Nem família, tampouco religião
Apenas ouvir falar do Espírito Santo não basta para ter o vazio preenchido e, sem Ele, ninguém permanece na Fé. A auxiliar de serviços gerais Élida Lima, (foto abaixo) de 38 anos, conheceu a Universal na infância, quando acompanhava a mãe que buscava pela libertação espiritual de sua irmã.

Os anos passaram e, apesar de estar na igreja, ela não teve um encontro com Deus e se afastou.

Indo na contramão de tudo que lhe havia sido ensinado, ela tentou se preencher com o que o mundo lhe oferecia: “eu saía, passava a noite toda fora de casa e comecei a fumar e a beber. Depois de alguns relacionamentos frustrados nos quais sofri muito, conheci uma pessoa, começamos a nos relacionar e pensei que estava no caminho certo”. Entre altos e baixos, depois de seis anos juntos, Élida engravidou. Ela esperava que o filho tornasse sua vida completa.

Com a gestação, ela pensou que o namorado assumiria a responsabilidade de ser pai e teve esperança de que se casariam, mas ele disse que não queria esse compromisso. “Foi o meu fundo do poço. Achei que ali o meu mundo tinha acabado.” Porém, apesar da declaração dele, eles continuaram juntos. Élida lembra que, depois do nascimento do filho, fizeram uma viagem durante as festividades de final de ano e, na noite de Natal, ele saiu com os amigos e a deixou sozinha. Se sentindo desamparada, ela se ajoelhou e pediu uma oportunidade a Deus.

Élida terminou o relacionamento e, assim que retornou da viagem, começou a ir a uma igreja, mas, segundo ela diz, “ainda tinha um buraco, um vazio dentro de mim e, mesmo quando eu ouvia as pregações, não entendia nada”. Ela percebeu que ser uma pessoa religiosa também não lhe daria a satisfação que tanto desejava.

Em uma atitude ousada e sincera, Élida perguntou a Deus: “Senhor, onde é o meu Altar?” e se lembrou dos anos que frequentou a Universal e dos ensinamentos que tinha deixado para trás. Então, no dia seguinte, assim que acordou, sua primeira atitude foi procurar a Universal.

“Não me importei com mais nada. Me batizei nas águas e foquei apenas em buscar o batismo com o Espírito Santo e logo O recebi. Foi a maior e melhor experiência que tive, como se eu estivesse vivendo no escuro do meu vazio e, de repente, tudo clareasse”, narra. Élida conta que tem paz, uma relação saudável e respeitosa com o pai de seu filho e, graças ao Espírito Santo, tem forças e sabedoria para criar seu filho e crer que no tempo certo Deus suprirá as demais áreas de sua vida.

A satisfação completa
“Esse vazio que existe dentro do ser humano é do tamanho do seu Criador. Só Deus pode preencher e satisfazer a alma”, afirma o Bispo Adilson Silva. Essa afirmação não é aleatória, mas pode ser comprovada na vida de milhares de pessoas que tiveram êxito ao preencher o vazio de suas almas ao receber o Espírito Santo.

Não se trata de uma solução passageira, mas de uma conquista que perdura pela Eternidade. Se entregar a Deus e receber o Seu Espírito não trazem só a satisfação interior que se reflete no exterior, mas também o consolo nos momentos tristes, a orientação para superar as dificuldades e o conhecimento diante da inexperiência. Isso traz refrigério à alma, sabedoria ao espírito e força ao corpo.

Talvez você pense que já fez tantas coisas para preencher seu vazio que Deus não o aceitaria, mas não é verdade. O Bispo Adilson destaca que não se trata de sorte ou merecimento, pois, se assim fosse, ninguém teria o Espírito Santo. “Deus não busca pessoas perfeitas para morar nelas, Deus busca pessoas sinceras. A promessa do Espírito Santo é para todos.”

O batismo com o Espírito Santo é uma decisão, sustentada pela crença de que essa promessa se cumpre na vida de todos que escolhem seguir o caminho ensinado em Sua Palavra. Não se trata de uma escolha emotiva, mas racional e comprovada quando seus pensamentos estão voltados àquilo que é bom, perfeito e agradável, como está escrito em Filipenses 4.8: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai”.

Elevando os pensamentos àquilo que provém de Deus, o Espírito Santo preenche o interior de quem se entrega por completo. “O que é o Espírito Santo senão a totalidade de Deus no ser humano? Então, no mínimo, é necessário que quem quer a totalidade de Deus dentro de si se entregue totalmente a Ele”, diz o Bispo Adilson.

Portanto deixe suas tentativas e falhas de lado, entregue suas frustrações e anseios a Deus e peça com sinceridade para que Seu Espírito lhe preencha.

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Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: arte sobre foto Rick Gomez/getty images, Demetrio Koch, Gabrielli Argolo e arquivo pessoal