Você já se perguntou até quando consegue aguentar esta vida?

Entenda a razão pela qual tantas pessoas, apesar de se esforçarem, seguem vivendo em sofrimento

Imagem de capa - Você já se perguntou até quando consegue aguentar esta vida?

Uma vida nova parece muito distante para muitas pessoas que, acostumadas com o que vivem, engolem a dor que lhes dilacera o peito. Nesse sentido, elas veem aquilo que chamam de fé ser minado e, cada vez mais, ficam enclausuradas em uma realidade de problemas cujas respostas parecem ausentes e as frustrações sempre mais presentes. Essa “anestesia”, por vezes, é procurada nos vícios, em uma vida desregrada ou em tentativas que parecem mais inflar do que ignorar o desespero. Presas a esse enredo tão implacável, elas têm tolerado uma vida aparentemente sem sentido.

Nos tempos do profeta Elias, o povo de Israel também estava perdido em suas escolhas e uma grande demência espiritual tomou conta daqueles que, um dia, desfrutaram de tantas experiências com Deus.

Seduzidos por propostas que lhes desviaram da fé, uma realidade passou a ser comum: a assolada pela seca e pela miséria. Para chamar atenção daquele povo para Si novamente, Deus usou o profeta Elias, como podemos ler em 1 Reis 18.17-19 e 21: “E sucedeu que, vendo Acabe a Elias, disse-lhe: És tu o perturbador de Israel? Então disse ele: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixastes os mandamentos do Senhor, e seguistes a Baalim.

Agora, pois, manda reunir-se a mim todo o Israel no monte Carmelo (…). Então Elias se chegou a todo o povo, e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o. Porém o povo nada lhe respondeu.”

É da mesma forma que muitos ignoram o “até quando” e assistem o caos imperar. Contudo um desafio é capaz de mudar toda a história, como aconteceu também naquela época: “Deem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe coloquem fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe colocarei fogo. Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por meio de fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu, dizendo: É boa esta palavra.” (1 Reis 18.23-24).

LUGAR DE DECISÃO
Esse desafio é feito no Altar. A Bíblia mostra o Altar como o lugar que representa a Aliança de Deus com os homens. Por definição, Altar é um lugar alto onde se sacrifica. É também um lugar de entrega, de decisão, onde colocamos nossa dependência em Deus. Na série A Força do Altar, disponível no Univer Vídeo, o Bispo Edir Macedo aponta que, como Elias, todos os homens da Fé que tiveram uma experiência com Deus edificaram um Altar: “eles construíram um Altar de pedras e, sobre aquele Altar, derramaram óleo ou sacrificaram um animal representando a vida deles”.

Hoje os tempos são outros, mas o Altar continua à disposição daqueles que O desejam. Assim, os que sobem ao Altar não apenas devem fazer isso porque “é boa esta palavra”, mas para verdadeiramente entregar sua vida a Deus. “Quando há essa entrega, a resposta é imediata, é impossível Deus não vir ao seu encontro. O Altar é onde a gente se encontra com Deus. Deus nos deu o Altar – o lugar do sacrifício – e o mesmo Deus deu a Fé para as pessoas subirem no Altar. Só depende de cada um”, afirma o Bispo.

O problema é que muitas pessoas têm erguido altares errados. “Quando a pessoa não tem o Altar de Deus na sua vida, qualquer coisa vira altar: o filho, o marido, a esposa, etc. Então, ela pensa: ‘se meu marido me deixar, acabou a minha vida”, “se a minha esposa me deixar, não vou mais viver”, comentou o Bispo Renato Cardoso durante uma reunião no Templo de Salomão, em São Paulo. Dessa maneira, o que reluz diante de seus olhos vira uma espécie de deus, no entanto, segundo ele, “nenhum deus deste mundo que promete algo para você pode lhe corresponder” e, se a pessoa estiver nesta condição, é preciso que ela faça uma troca: “trocar de altar significa tirar sua confiança, sua dependência sobre algo ou alguém que não é Deus, e transferi-la para Ele”, disse.

HISTÓRIA CRUEL
Erguer o Altar certo para o Deus certo é a garantia de uma vida transformada. Uma prova viva disso é o caso da professora Erica Silva, (foto abaixo) de 47 anos. Ela seria mais um número nas estatísticas do mundo do crime, como afirma, se não fosse a ação no Altar. A mãe de Erica a abandonou ainda bebê e ela cresceu no orfanato se perguntando a razão de estar viva, já que ninguém a queria: “eu tinha ódio e não conseguia entender por que minha mãe tinha me abandonado. Eu dizia que, se eu estava sofrendo, era porque ela havia feito isso e sentia ódio de Deus porque para mim Ele era também o culpado”.

Aos 12 anos, Erica foi adotada, mas logo descobriu que não teria uma família, mas “patrões”, pois quem a adotou tinha a intenção de obrigá-la a prestar serviços domésticos. “Lá eu apanhava do nada e, a cada vez que a dona me batia, eu mexia nas coisas dela. Era como se ali eu me aliviasse”, revela.

Com essa mesma idade, Erica estudou em um orfanato em período integral, mas que estava prestes a fechar. “Ao todo, éramos 150 crianças, e a criança que não tinha família, se não fosse adotada, iria para a Febem. Por isso, eu esperava que aquela adoção desse certo, mas não foi o que aconteceu. A certa altura, as freiras do orfanato conseguiram achar minha avó materna, em Minas Gerais, mas ela se recusou a ficar comigo. Isso me deixou ainda mais revoltada.”

Assim, Erica seria “criada” pela Febem. Ela recorda como ficar por lá foi perturbador: “me lembro que não comia nem a mistura

nem a fruta, nem ficava com o cigarro que eles davam para entregar à minha ‘mãe’ [pessoa responsável por uma facção dentro da Febem] em troca de proteção”, comenta. Ela ficou na Febem por quatro meses até voltar a morar em sua antiga casa.

Erica tentava levar uma vida normal, mas a dor que trazia por todo o abandono alimentava nela o desejo de morrer, o que a levou a tentar o suicídio algumas vezes. Ela também chegou a ser violentada. “Eu tinha uma dor na alma que era tão grande que tinha dias que parecia que eu iria morrer.”

Ela sofreu até receber um convite para ir à Universal. “Quando eu cheguei lá, vi o Altar e, a partir daquele dia, falei: ‘eu quero este Deus e preciso jogar fora o altar que tenho’. O meu altar estava cheio de ódio, mágoa, desespero, abusos e abandono.” Pouco tempo depois, teve início a campanha da Fogueira Santa e ali ela viu a oportunidade de destruir o altar que estava em sua vida e erguer um Altar para Deus. “Eu fiz o sacrifício, coloquei no Altar o que era a minha dependência material, mas também fiz meu sacrifício espiritual. Eu não queria, mas internamente falei que perdoaria todas as pessoas que me machucaram.” Então, ela ergueu o Altar certo e ofereceu nEle todo o seu passado, presente e futuro. Deus lhe respondeu com o fogo, que é o Espírito Santo habitando dentro do seu ser.

É curioso observar que, em seus 12 anos de vida, as tentativas de adoção não deram certo, mas o Altar a adotou na primeira oportunidade e mudou sua história. “O Altar foi a melhor escolha que já fiz. Antes, eu não tinha sonhos e era desacreditada. Eu tinha certeza que seria uma marginal e minha expectativa era não passar dos 20 anos, mas o Espírito Santo me fez acreditar em mim mesma. Fiz faculdade de pedagogia e hoje sou professora e pós-graduada em psicopedagogia. Eu, que morava na casa dos outros, hoje tenho meu apartamento. O Espírito Santo me deu paz, alegria e me surpreendeu em todas as áreas da minha vida porque o meu foco mudou para Ele”, conclui.

DO LADO DE FORA
Os empresários Diego Flaviano de Araújo, (foto abaixo) de 38 anos, e Nubia Tatiane Lopes, de 39 anos, se conheceram no auge da juventude: ele tinha 19 anos e ela 21. Ele lembra como foi o início do relacionamento deles: “nos primeiros dias, eu me apaixonei e fomos morar juntos, mas virei a cabeça de repente. Eu chegava em casa e não queria dar atenção a ela ou, se os amigos me chamavam, eu ia para o bar. Até que um dia eles me chamaram para ir a uma casa de prostituição e aceitei.

Dali em diante, não consegui parar com o vício de ir às casas de prostituição e também com a pornografia”. Na época, Nubia estava grávida e ele lembra: “eu tinha até remorso, mas nada me impedia de sair. Mesmo casado, eu queria viver como solteiro e tudo o que eu ganhava eu gastava com noitadas.”

Só que não dá para fazermos tudo o que der na nossa telha e não pagar para ver a casa cair, como Nubia recorda: “durante 12 anos, em todo feriado, nós nos separavámos e nada mudava, com exceção de um rompimento que durou um ano e que, depois, quando ele retornou, em vez de voltar para a prostituição, ele se tornou alcoólatra”. Foi assim que eles chegaram à Universal há pouco mais de sete anos. “Logo começamos a obedecer à Palavra de Deus e tudo mudou. Não havia mais vícios e nosso casamento foi restaurado. Assim, começamos a lutar por outras áreas da vida, como a financeira, pois estávamos na miséria”, lembra Diego.

Frequentando as reuniões, Deus lhes deu uma direção e Diego abriu uma fábrica de material de construção. Tudo estava indo bem até que ele se voltou para o altar errado: “começamos do zero, sem condição nenhuma de iniciar aquele negócio e Deus sempre nos abençoava. Eu era fiel em tudo e no Altar, mas passei a olhar para o dinheiro e não mais para Deus. Ali foi minha queda: tudo começou a dar errado quando comecei a fazer do meu jeito. Os problemas voltaram e piores, como as brigas no casamento, e eu comecei a só perder. Chegou um momento que eu estava cheio de dívidas novamente e voltando para o vício da pornografia. Sem olhos para o Altar, eu achava que aquilo que o Pastor ou o Bispo pregavam não tinha mais fundamento e que tudo o que conquistei era fruto da força do meu braço”.

Diego menciona que, quando chegou à Igreja, viciado, com desejo de suicídio e até de matar seu próprio filho, ele era diferente, mas seu foco tinha mudado. “Eu não olhava nem para os lados. Minha vida foi transformada, meu caráter, minha família e a vida financeira, mas, por ter ganhado muito dinheiro, não olhei mais para o Altar. Passei a ter maus olhos com as ofertas e não podia nem ouvir falar de Fogueira Santa. Ali foi minha perdição porque eu tirei Deus da frente.”

Contudo Nubia se manteve com Fé no Deus-Vivo. “Eu nem sequer pensei na possibilidade de me afastar, pois sabia de onde Deus tinha me tirado e sempre tinha dentro de mim que a Salvação é individual.

Cheguei na Igreja pesando 48 quilos, extremamente depressiva, com insônia, com um marido alcoólatra e recebi o bem mais precioso que um ser humano pode ter: o Espírito Santo. Eu só tinha – e só tenho – o Altar. Quando me entreguei nEle, eu fui o primeiro sacrifício. O Altar me apresentou algo que nem imaginava que existia: vida.”

Diego ficou dois anos afastado da Presença de Deus – o que teve fim em agosto de 2021. De volta ao Altar, hoje eles vivem uma nova história. “Dessa vez, não fui buscar por nenhuma área além do batismo com o Espírito Santo. Sacrifiquei o orgulho, a malícia, os maus olhos, a arrogância, o pecado e disse para Deus que precisava conhecê-Lo e, de lá para cá, as coisas mudaram, a começar por dentro. Abri uma empresa em um ramo completamente diferente e dia a dia Deus nos capacita mais. Hoje meu casamento está abençoado e tudo está certo na nossa vida”, encerra.

DIVIDIDO ENTRE DOIS PENSAMENTOS
José Luiz Moura de Oliveira, (foto abaixo) de 41 anos, natural de Fortaleza, no Ceará, chegou à Universal aos 4 anos, mas, com o passar do tempo, seu foco foi se perdendo: “fui levantado a obreiro aos 16 anos, sempre fui dedicado a Deus e à Sua Obra e gostava de ajudar as pessoas. Até meus 18 anos, meus pensamentos eram um só: estar no Altar de Deus. Era meu prazer, mas, quando comecei a trabalhar em uma loja, as conversas sobre mulheres e festas me atingiram e poluíram a minha mente e me interessei em conhecer esse lado. Ainda estava na Igreja, mas fui perdendo as forças e a Fé. Passei alguns meses entre o desejo de ficar na Igreja e o de ficar no mundo. Essa divisão de pensamento me levou ao fracasso espiritual e foi a pior coisa que me aconteceu”, observa.

Foi assim que José se afastou da Presença de Deus. “Eu não tinha mais compromisso com a Fé nem com a Igreja e, na verdade, nem com Deus. A decisão de sair do Altar me custou caro: além de perder minha paz e a bênção de Deus na minha vida, coloquei em risco a coisa mais preciosa que eu tinha: a Salvação. Antes, no esconderijo do Altíssimo, tudo era paz e alegria e eu não conhecia o sofrimento, mas, por ter esfriado na Fé, me vi preso naquilo que sempre me guardou do mal. Pensei que seria um paraíso, mas, na verdade, conheci o sofrimento”, analisa.

O gostinho bom de fazer o que quisesse durou pouco. “A ilusão foi só nos primeiros três meses: eu conheci as festas e as drogas.” Ele lembra que agiu dessa forma durante um ano, começou a não ter mais ânimo para trabalhar e acabou perdendo o emprego.

O fato é que aqueles que se afastam de Deus esquecem, muitas vezes, que se aproximam da presença do mal. Assim, José passou por situações que lhe deixaram cara a cara com a morte, como as mencionadas por ele: “em uma confusão, as pessoas que estavam comigo me jogaram na lagoa e pisavam na minha cabeça para que eu me afogasse. Também fui sequestrado por engano e apontaram uma arma para a minha cabeça. A terceira vez foi em uma noite em que encostei no nariz a droga para dar a primeira cheirada, tive um ‘treco’ e caí duro no chão. Tudo indica que eu tenha sofrido uma morte súbita.”

Depois dessa experiência, é natural pensarmos que José voltaria para a Presença de Deus, mas não foi o que aconteceu. “Tive uma overdose e, quando recobrei a consciência, me vi intubado e não sentia um lado do corpo. Os médicos disseram que, se não morresse, eu sairia de lá na cadeira de rodas.” Então, ele decidiu: “foi na cama de hospital que tomei a decisão de sacrificar toda a minha vida no verdadeiro Altar: o do Deus-Vivo. Trinta minutos depois, saí andando sem sentir mais nada. Quando amanheceu, corri para a Igreja.”

José teve a vida espiritual restaurada, voltou a ser obreiro e conheceu sua esposa, Vládia Cardoso Brasil Moura. Livre do passado e preparado para espalhar a nova vida que recebeu, há 12 anos ele faz a Obra de Deus no Altar ao lado dela. Atualmente, eles estão em Teresina (PI). “O Altar é tudo, é um lugar seguro, de proteção. O Altar, para mim, é o Próprio Deus, a minha fonte de poder e de vida, de transformação”, finaliza.

Essa transformação também pode acontecer em sua vida. Durante o mês de julho, acontece a Fogueira Santa no Monte Carmelo. Para saber mais, procure uma Universal.

*Colaborou: Núbia Onara

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: getty images, arquivo pessoal, Guilherme Branco, cedida