“Uma voz me dizia para matar a mim e a minha filha”

Muitos anos da vida de Thayna de Souza foram marcados por abusos, frustrações amorosas e depressão

Imagem de capa - “Uma voz me dizia para matar a mim e a minha filha”

Após ter sido abusada sexualmente aos 7 anos, a professora Thayna de Souza Arrébola, hoje com 24 anos, tornou-se uma jovem revoltada e cheia de traumas. A tristeza e a indignação pelo que sofreu dominavam o seu interior constantemente.

Cuidados estéticos, bebidas alcoólicas e baladas foram as válvulas de escape dela para tentar obter alguns momentos de felicidade e prazer. “Eu gastava muito dinheiro com o objetivo de ficar mais bonita. Usava apliques no cabelo, nas unhas e cílios postiços. Vivia montada, tentando preencher o meu vazio”, pontua.

A separação dos pais ainda quando criança refletiu na área amorosa. “Eu queria muito ser feliz, formar uma família e não ter uma história igual à dos meus pais, pois cresci com muita tristeza de vê-los separados. Mas a história se repetia: não conseguia ser feliz amorosamente”, relembra.

Os relacionamentos de Thayna eram sempre marcados por brigas, ciúme e insegurança. “Eu já tinha tido um namoro frustrado quando comecei a me relacionar com outro rapaz, com quem tive minha filha. A situação era cada vez pior. Era um relacionamento abusivo, com agressões físicas, verbais e traições por parte dele. Depois, houve a
separação”, diz.

Fundo do poço
Thayna afirma que o pior momento de sua vida foi quando se viu em um quarto escuro, com depressão, síndrome do pânico e desejo de suicídio. “A solidão e a tristeza ocasionaram as doenças. Descobri logo depois que tive a minha filha. Era para ser um momento feliz, mas a angústia me consumia cada vez mais. Meu relacionamento e minha vida estavam um fracasso.”

Os dias dela eram marcados por choro, isolamento e audição de vozes. “Não tinha força nem para me alimentar. Uma voz me dizia para matar a mim e a minha filha, pois eu não servia mais para nada. Vivia no quarto trancada com ela”, declara.

Uma luz
Thayna conheceu o trabalho da Universal por meio de sua prima, que a convidou para participar de uma reunião. “Não resisti ao convite e fui à Igreja no dia seguinte. E foi a partir daquele momento que entrei na Igreja que minha história mudou, pois lá encontrei o Único que pôde me ajudar.”

Ela reconhece que hoje seu interior está todo restaurado, pois foi preenchido com a verdadeira alegria vinda de Deus. “Agora, tenho paz. Deus me deu sabedoria para agir em tudo, principalmente como mãe. Me curou da depressão e dos traumas do passado. Amo viver, até porque vivo para Ele. Quem antes tinha um semblante de trevas agora transmite um ar de riso e tranquilidade”, finaliza.

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Colaborador

Camila Teodoro / Foto: Cedida e Mídia FJU