Um pastor. Qual é o problema?

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A atual oposição ao governo brasileiro é no mínimo estranha. Na teoria, a oposição serve para balancear as decisões e atos dos governantes em prol do povo. Deve ser o contraponto crítico para mostrar que o governo não é intocável e oferecer opções ao eleitorado para futuras eleições, em caso de descontentamento com os dirigentes atuais. Porém a atual oposição não faz nem uma coisa nem outra.

Opõe-se só por se opor, como se fosse sua obrigação discordar de tudo que o governo promove, decide e realiza. É a arte de ser “do contra”. Seria porque no fundo ela tem medo das escolhas atingirem o objetivo e agradar às pessoas?

Além disso, o principal objetivo é confundir a população em uma eterna tentativa de lavagem cerebral, já que os governos anteriores do PT, os mais corruptos da história do Brasil, perderam o “osso” que tinham na boca por mais de uma década, pilhando os recursos do País descaradamente, construindo dia a dia o atual caos econômico – agora agravado com a pandemia do novo coronavírus – e comprando votos de pessoas. Afundaram o País para benefício somente deles.

E muita gente que os apoia não se importa nem um pouco com o Brasil, mas o faz apenas para parecer “antenado” e “descolado”.

Atualmente, quem defende esse posicionamento se vê esvaziado a cada dia.

E a mais nova polêmica levantada por essa oposição vazia e “rebelde sem causa” é a indicação e nomeação do advogado, mestre em Direito, doutor em Educação e teólogo Milton Ribeiro para ministro da Educação, no lugar de Abraham Weintraub, professor da Universidade de São Paulo (USP), que deixou o cargo em maio.

A oposição vazia, especialista em procurar pelo em ovo, critica a escolha pelo fato de Ribeiro ser também pastor evangélico. Qual é o problema? Na verdade, ela critica qualquer escolha do governo. Se ele escolhesse alguém do meio desses opositores, logo eles o acusariam de vira-casaca. É criticar por criticar para ganhar os holofotes. Será que tem ganhado?

Ribeiro é membro da Comissão de Ética Pública (CEP), ligada à Presidência da República, elaborada para investigar ministros e servidores do governo que cometam alguma irregularidade. Foi nomeado por Bolsonaro para a comissão em maio de 2019, com um mandato que iria até 2022, mas, tendo aceitado ser ministro, não ocupará mais este cargo para dedicar-se exclusivamente à nova Pasta.

Em sua posse, ocorrida no dia 16 de julho, ele citou sua formação religiosa, mas deixou claro: “o compromisso que assumo hoje ao tomar posse está bem firmado e bem localizado em valores constitucionais da laicidade do Estado e do ensino público”.

Ribeiro é graduado em Direito e Teologia, segundo seu currículo na plataforma Lattes, além de mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.Doutor em Educação pela USP, também é membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, mantenedor da universidade de mesmo nome, uma das mais antigas e respeitadas do País, da qual foi vice-reitor. São credenciais mais que válidas para a Pasta da Educação, mas a oposição o ataca por ser evangélico, como atacaria por qualquer outro motivo desaprovado pelas ideias deturpadas do mundo.

A oposição “para inglês ver” não gostou de um pastor ser indicado para ministro da Educação por, entre outros motivos, ter medo de que isso impeça crianças e jovens de serem influenciadas pelas cartilhas e programas que as levam para longe de Deus, aceitando como “normal” tudo aquilo que desestrutura a família e a sociedade. Veja o que a Bíblia diz: “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” (João 3.19-20).

Uma oposição séria que atua de forma imparcial e realmente em prol do que é melhor para cidadãos e cidadãs deve manter um papel crítico positivo que gere o equilíbrio e intimide qualquer governo a desmandos e abusos. Não é o caso da que age nos dias de hoje. Ribeiro, por ser educador e pastor, tem duplamente capacidade de assumir o cargo que tem em suas mãos e deve ser julgado por seu desempenho no trabalho e não por opiniões vazias de quem contraria só por contrariar.

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Redação / Foto: Getty Images