Um alimento perfeito

O Dia Mundial da Amamentação nos faz refletir sobre este ato divino que tem sido atacado por grupos que tentam deturpar a figura genuína da mãe

Em 1o. de agosto foi celebrado o Dia Mundial da Amamentação. O mês, conhecido como Agosto Dourado, promove e incentiva a amamentação desde 1992. A cor se refere ao padrão ouro de qualidade do leite materno e não é para menos: essa substância é tão valiosa que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a criança seja amamentada até os dois anos de idade e que até os seis meses de vida ele seja o único alimento do bebê, “com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos”. No Brasil, porém, o índice de amamentação exclusiva é de apenas 45,7% e somente 25% das crianças são amamentadas até os dois anos.

A nutricionista Vanessa Oliveira, mestre em Ciência pela Universidade de São Paulo (USP), observa que o ato de amamentar é muito mais do que nutrir: “é um processo que envolve interação entre mãe e filho e isso repercute no estado nutricional da criança, na habilidade que esse organismo vai ter de se defender de infecções, no desenvolvimento positivo da fisiologia da criança e também no desenvolvimento cognitivo e emocional a curto e longo prazos. Amamentar também fornece muitos benefícios à saúde física e psíquica da mãe”.

Ela acrescenta que, ao aleitar, “a mãe não está doando apenas uma forma de nutrir, mas todo amor que ela consegue trocar durante esse gesto de amamentar. Acredita-se que essa relação prazerosa, de olhos nos olhos, fortaleça os vínculos e aumente a intimidade da criança com a mãe. Então, essa comunicação é uma das mais fortes”.

Ela também destaca que a criança amamentada tende a se tornar “mais autoconfiante e mais competente socialmente” quando têm início os relacionamentos interpessoais.

DESDE AS PRIMEIRAS HORAS
Para Vanessa, a amamentação precisa ser estimulada, preferencialmente, até duas horas depois do parto: “essa sucção precoce ajuda a diminuir o risco de hemorragia pós-parto, de icterícia (mau funcionamento do fígado bastante comum em bebês e que deixa a pele com coloração amarelada), aumenta a motilidade gastrointestinal do bebê e estimula o corpo da mãe a liberar ocitocina” (hormônio-chave na amamentação).

Quanto ao sucesso da amamentação, Vanessa explica que depende, sobretudo, de como ela ocorre até 14 dias após o parto, por ser um período de muito aprendizado entre a mãe e o bebê: “é necessário ter paciência e é importante que a mãe sempre peça ajuda para esclarecer todas as dúvidas que tiver. Não existe dúvida melhor ou pior. Além disso, a amamentação deve ser de livre demanda: a criança é que define o horário que vai mamar e por quanto tempo”. Dessa maneira, as necessidades do bebê serão plenamente atendidas.

A mulher foi criada por Deus perfeita para cumprir este ato divino, embora grupos da sociedade moderna tentem deturpar a figura genuína da mãe. Como tudo o que Deus criou é perfeito, a a amamentação também é, como você poderá conferir nas informações ao lado.

imagem do author
Colaborador

Flavia Francellino / Arte: Edi Edson