Racismo: app simulava compra, venda e exploração de escravos

Jogo foi excluído da Google Play após denúncias

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Um aplicativo chamado “Simulador de Escravidão” gerou escândalo no Brasil recentemente. O jogo permitia a compra, venda de escravos e acúmulo de dinheiro às custas da exploração deles. O lançamento na Google Play foi em 20 de abril e ficou disponível até esta quarta-feira (24).

Sobre o app:

  • Na página inicial, uma mensagem afirmava que o produto era para “entretenimento” e a classificação era livre, ou seja, indicado para pessoas de todas as idades. O jogo tinha mais de mil downloads.
  • “Escolha um dos dois objetivos no início do simulador do proprietário de escravos: o Caminho do Tirano ou o Caminho do Libertador. Torne-se um rico proprietário de escravos ou consiga a abolição da escravidão. Tudo está em suas mãos”, dizia a descrição do game.
  • Em nota, o Google afirmou que “não permite apps que promovam violência ou incitem ódio contra indivíduos ou grupos com base em raça ou origem étnica, ou que retratem ou promovam violência gratuita ou outras atividades perigosas. Quando identificamos uma violação de política, tomamos as ações devidas”.

Caso Vini Jr.:

  • Além disso, outro caso de racismo que estampou os noticiários foi do atacante Vinícius Junior que no domingo (21/5) foi alvo de ataques racistas em um jogo da La Liga, o campeonato espanhol.
  • A partida era entre seu clube, o Real Madrid, e o Valencia. Antes e durante o jogo, a torcida do Valencia cantou músicas em que chamava o jogador de “macaco”.
  • O clube prometeu expulsar para sempre de seu estádio os torcedores que proferiram insultos racistas. O presidente da Espanha, Pedro Sánchez, usou as redes sociais para se pronunciar sobre o caso: “Tolerância zero com o racismo no futebol. O esporte se fundamenta nos valores de tolerância e respeito. O ódio e a xenofobia não cabem no nosso futebol nem na nossa sociedade”.
  • Autoridades brasileiras também se manifestaram: “Através do Ministério Público, vamos notificar para que todos os casos sejam investigados. Não dá para a gente ficar só na coisa do ‘repudiamos’ e em nota sem ação concreta”, disse Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.

O que Deus pensa sobre isso:

Para o Senhor, o exterior de um ser humano é irrelevante. Com toda a certeza Ele não faz diferença entre ricos e pobres, negros e brancos, pessoas feias ou bonitas.

“… reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas…”

Atos 10:34

“Inteligência e preconceito não combinam. Onde a inteligência é fraca o preconceito é forte. Não me refiro à inteligência específica, mas geral. Alguém pode ser muito inteligente para a engenharia, mas completamente preconceituoso (e estúpido) com respeito a pessoas de outro país, por exemplo”, reflete o Bispo Renato Cardoso.

Basta raciocinar um pouco para ver como essas duas coisas não convergem. “É como disse Robert Anthony: ‘A maioria das pessoas não pensa. Elas simplesmente reorganizam seus preconceitos.’. O preconceito é um dos maiores obstáculos ao progresso de uma pessoa e de uma sociedade. Esse mal é vencido com o desenvolvimento da inteligência”, conclui.

Denuncie:

Ademais, você pode denunciar racismo e injúria racial pelo telefone da Polícia Militar (190), 156, ou ao Ministério de Direitos Humanos por meio do Disque 100.

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Colaborador

Rafaella Rizzo / Fotos: Reprodução