Por que você não recebe o ESPÍRITO SANTO?

O Espírito Santo deseja habitar a pessoa que quer tê-Lo, mas o que é preciso fazer? Conheça histórias que mostram por onde começar

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Muitas pessoas frequentam igrejas por muito tempo, mas suas vidas não mudam. Elas estão ali, mas ainda não receberam o Espírito Santo. Por que isso não acontece, já que o maior interessado que o batismo com o Espírito Santo aconteça é o próprio Espírito Santo? É Ele quem mais deseja que nos tornemos um só com Ele.

Quando falamos no selo com o Espírito, o esperado é que se siga uma ordem: o abandono do pecado, o batismo nas águas, o Novo Nascimento e, então, o batismo com o Espírito Santo. O próprio Senhor Jesus desceu às águas, mesmo sem pecados, e O recebeu (Lucas 3). No entanto o que importa não é necessariamente seguir regras, mas se entregar verdadeiramente. Abandono do pecado é entrega, batismo nas águas é entrega e o Novo Nascimento e batismo com o Espírito Santo dependem da entrega também.

Essa atitude torna o coração, já quebrantado, a morada ideal para que o Senhor Jesus, por intermédio do Espírito Santo, encontre ali um lugar para habitar. DEle vem a força, a ousadia e a intrepidez necessárias para a caminhada rumo à Salvação. Ele nos torna aptos para O servir e, sendo assim, é espiritualmente impossível que o amor pelas almas não aflore, uma vez que somos escolhidos para sermos testemunhas (Atos 1.8).

Algumas histórias, até inusitadas, comprovam que não há idade, hora, lugar predeterminado ou um padrão prefixado para que o Espírito Santo habite em uma testemunha Sua. Alguns relatos demonstram que não há limites para a manifestação dEle em você.

Entrega total
A condição para isso é se entregar totalmente. As Escrituras Sagradas descrevem em João 7.38: “quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”. O problema de muitos é que não obedecem o que está na Palavra de Deus e, por isso, continuam ocos, sedentos e vazios. Isso é explicável: não há como fazer fluir o que não se tem e não O tem porque não obedecem.

Ao entender isso, o instalador de telhas e ex-presidiário Érico Vieira Américo, de 28 anos, agarrou a oportunidade que recebeu ao ouvir a Palavra de Deus dentro do presídio, por meio do trabalho evangelístico realizado pela Universal nos Presídios (UNP). “Escutei o Pastor falar que o Espírito Santo é a única coisa do mundo que sustenta o ser humano. Então, deixei as drogas, os amigos, a conversa fiada e o convidei para morar em mim”, conta.

Érico passou sete anos atrás das grades. Levou com ele o inferno que vivia fora delas: uma vida à base de tranquilizantes e antidepressivos. “Vi meu pai agredir minha mãe. Eles bebiam muito, ela o mandou embora e passamos necessidade”, relata. Foi então que, aos 13 anos, ele conheceu as drogas e o tráfico dentro da escola. Daí coordenou a “biqueira” que ficava a 200 metros, começou a roubar e foi preso em 2009.

Mudança
Assim que compreendeu que o Espírito de Deus O queria apesar do seu passado doloroso e de seu futuro incerto, ele decidiu abandonar as atitudes erradas. Ele afirma que tudo o que lia na Bíblia sobre o Espírito Santo se resumia em entrega e não mediu esforços para tê-Lo.

Deixou os vícios e se batizou-se nas águas. Nos períodos de dificuldade, se agarrava literalmente à Palavra de Deus: pegava a Bíblia, encostava sua cabeça nela e pedia para que Ele falasse com ele. Um dia, caminhando pelo presídio, iniciou uma conversa com Deus. Em oração, Érico disse: “só quero o Senhor na minha vida. O Senhor pode até me deixar aqui, preso, mas eu quero a Ti. Eu sabia que o Espírito Santo era o Único que poderia me ajudar”, revela.

Érico O recebeu no lugar que poderia ser considerado o mais improvável. “O Espírito Santo veio e foi algo inesquecível. Isso mostra o quanto Ele gosta dos Seus e o valor que temos para Ele. Ter o Espírito Santo é ter o próprio Deus dentro de mim”, detalha Érico, que passou mais dois anos preso.

Ele ainda descreve sua mudança interior: “entendi que Deus ama as almas e, desde então, tenho um desejo enorme de falar de Jesus”. Ele está em liberdade há um ano e nove meses. Hoje ele tem ao seu lado Eliane Rodrigues, com que casou há um ano.

Primeiro dia na igreja
E o que dizer de alguém que recebeu o Espírito Santo em seu primeiro dia na Igreja? Essa foi a experiência da professora e esteticista Débora Costa Matheus, de 40 anos, (foto abaixo) que chegou à Universal há nove anos. Ela conheceu seu esposo, o autônomo Emerson da Costa Silva, de 41 anos, no último ano da faculdade de Letras e logo engravidou. “Queríamos dar o melhor ao nosso filho. Cheguei a trabalhar três períodos por dia, me tornei ansiosa e até agressiva.”

Nesse período, durante uma viagem de férias, apareceu o primeiro indício de síndrome do pânico. “Íamos pegar a balsa e passei mal: tive uma sensação de morte e não conseguia nem abrir os olhos. Fui levada ao posto de saúde com alerta de mal súbito.” A depressão surgiu em sua vida e nenhum tratamento ou medicamento dava resultado. Chegou a ponto de não sair de casa e se alimentar apenas de refeições líquidas. Seus familiares pensaram em recorrer à internação psiquiátrica.

Uma semana antes disso, sua cunhada, obreira da Universal, a convidou para ir à Igreja. “Não aceitei por preconceito, mas tive de decidir: internação ou ir à Universal. Escolhi ir à Igreja”, lembra.

Ela relata o que ocorreu quando entrou na Igreja: “senti algo diferente no meu corpo, um conforto, um calor especial, como se estivesse sendo abraçada. Eu só chorava. Estava destruída. Sabia que ali estava o Senhor Jesus e, então, comecei a falar com Ele. Me rendi, me humilhei, a Débora orgulhosa e cheia de razão já não existia mais. Falei com sinceridade que estava praticamente morta, que precisava da Sua ajuda. Pedi perdão da pessoa que tinha sido até então”, esclarece.

Detalhes
Sem ao menos tocar os pés nas águas batismais, Débora se viu totalmente arrependida de tudo o que tinha feito até então. Ela estava consciente de si mesma e do quanto precisava dEle. Sua sinceridade, aos olhos do próprio Deus, tornou o batismo com o Espírito dEle irresistível. “É algo sublime, difícil de ser descrito. Saí dali em paz e certa de que tudo seria diferente. Não sabia que o batismo com o Espírito Santo tinha acontecido comigo. Só entendi depois. Também não tinha nenhum conhecimento da Palavra. Tudo era novo para mim”, afirma.

O que testificou o que houve naquela noite foram os frutos. “Comecei a ter paz, autocontrole e ver as pessoas como almas. Queria passar o que recebi a elas. Me lembro que, no início, achava que o que tinha acontecido comigo aconteceria com elas também no primeiro dia. Com o passar do tempo, aprendi que cada um tem seu momento. Hoje sou formada na área de estética, tenho meu próprio negócio e continuo dando aulas. Nossa vida não é fruto do destino, mas de escolhas. Escolhi o Senhor Jesus naquela noite”, assegura.

Quando algo atrapalha
O ex-traficante Cesar de Oliveira da Silva, de 48 anos, (foto abaixo) colecionou sete passagens pela polícia por assaltos, porte de arma, agressão e formação de quadrilha. Seu histórico impressiona: de nove para os dez anos, já fumava e bebia. Aos dez, se envolveu com o crime. Aos 13, foi a uma casa de prostituição e encontrou a própria mãe. Entrou de cabeça no tráfico. Até que foi preso aos 20. Ele ficou detido cerca de oito anos.

Foi com depressão, desejo de morrer e viciado em cocaína, crack e álcool que Cesar chegou à Igreja depois do convite de um ex-parceiro de vícios que teve sua vida transformada por meio da fé. Cesar teve uma certa resistência inicial. “Pouco depois tive certeza que ali era o meu lugar. As palavras que saíam da boca do Pastor eram como energético para mim.”

Sua mudança veio: por pensar que era batizado com o Espírito Santo, chegou a se dedicar ao trabalho evangelístico. “Percebi que não O tinha porque as lutas me abalavam e geravam dúvidas. Foi quando o Pastor me orientou que eu fosse humilde e que veria que esses problemas não seriam nada diante do Espírito que eu receberia.”

Ele menciona que até O buscava, mas não O recebia. Foi despertado ao ouvir uma edição do programa Palavra Amiga, do Bispo Macedo. Então, entendeu que não tinha se entregado totalmente. Precisou abrir mão de suas reservas sentimentais e conseguiu se perdoar. “Deixei de colocar meus filhos à frente, porque eles eram tudo para mim, não Deus. Renunciei à culpa pelo meu passado, que foi pesado e com tanta maldade. Precisei me despir do meu eu e das minhas vontades. Disse que não era digno e que, na realidade,
precisava dEle.”

Foi então que o Espírito Santo viu a condição ideal para preenchê-lo. Então, tudo mudou até sua forma de evangelizar. “Às vezes, eu queria convencer as pessoas. Passei a entender que evangelizamos até sem palavras.”

Não tem idade
Muitos pais pensam que é cedo para que seus filhos participem do Jejum de Daniel. Uma criança pode receber o Espírito Santo? Sim. Isso aconteceu com a estudante e menor aprendiz Ester Correia, de 14 anos, (foto abaixo) quando ela tinha apenas 7 anos.

“Eu era pequena, mas já ouvia falar do Espírito Santo na conversa entre meus pais, na Escola Bíblica Infantil (EBI) e a cada dia me interessava mais em saber quem Ele era.” Aos 7 anos, ela passou a sentir medo e terror noturno.

Nesse período, em abril de 2011, ocorreu a primeira edição do Jejum de Daniel. Então, Ester buscou ter intimidade com Ele. “Passamos a ir mais vezes à Igreja e a orar ao meio-dia com o Bispo Macedo. Deixei de assistir meus desenhos preferidos e, em vez de brincar, lia as histórias bíblicas infantis”, conta ela, que já entendia que sua busca era por algo muito valioso.

Logo ela achou o que tanto procurava. “Meu Encontro com Deus e o batismo com o Espírito Santo foram um só, afinal, a entrega não foi por medida. Durante a reunião, comecei a falar com Deus e parecia que havia só nós dois. Depois disso, às vezes o medo vinha, mas não importava mais o nome do monstro. Eu tinha plena certeza que não estava mais sozinha. Receber o Espírito Santo e manter uma intimidade com Deus fizeram que Seus valores e princípios me guiassem pelo caminho da fé e ainda fizeram que o desejo de ganhar almas ocupasse meus pensamentos e, hoje em dia, esse é o meu foco.”

Não tem lugar
A assessora parlamentar Stephanie Gonçalves França, de 19 anos, (foto abaixo) também cresceu na igreja, mas dos dez aos 14 anos optou por levar a vida à sua maneira. “Me envolvi com amizades erradas e usei drogas. Tinha complexos, me automutilava e pensava em suicídio. Tive que chegar ao fundo do poço para despertar e me entregar a Ele”, argumenta a jovem, que, embora estivesse na igreja, mantinha uma vida de aparências.

O desespero veio e o arrependimento também. Mudou suas atitudes, se batizou nas águas e desejou ser uma nova pessoa. Depois de três meses, recebeu o Espírito Santo, mas não como esperava. “Em um domingo, após a reunião da manhã, busquei o Espírito de Deus em meu quarto e Ele desceu sobre mim. Tive uma alegria inexplicável na alma”, conta.

Foi curioso o fato de que ela O recebeu em casa, depois de ter participado de uma reunião. “A Palavra que havia escutado na Igreja a respeito de entrega ficou dentro de mim, mas a minha busca não foi de todo o coração. Quando O busquei em casa, me abri e fiz uma oração sincera. Aquele momento foi só meu e de Deus”, diz.

O que fazer?
Estamos na reta final do Jejum de Daniel, propósito que propõe um afastamento do entretenimento e de informações para priorizar uma experiência única com Deus. Tudo o que é bom requer sacrifício. Por que algo tão extraordinário não exigiria? Todos arcam com os resultados de suas escolhas: os que sacrificam e os que não. Enquanto uns O recebem e são renovados, outros, embora tenham participado de outras edições, ainda se veem fracos porque a força colocada foi parcial. Há quem carregue títulos, mas resiste à proposta de mais um Jejum e eis aí a resposta para que continuem rasas e medíocres espiritualmente.

O encerramento do Jejum será em 9 de junho, dia em que se celebra o Pentecostes. No passado, 120 pessoas tiveram suas experiências quando estavam reunidas no Cenáculo sem distrações e na expectativa por Algo Maior. Por meio de videoconferência, mais de 120 países onde a Universal está e lugares em que não há igreja fixa estarão unidos no mesmo espírito, ansiando o derramamento do Espírito Santo.

Outros poderão acompanhar o evento por meio da plataforma cristã Univer. Desta vez outras denominações evangélicas também estarão no mesmo Espírito. Temos tudo para viver o Pentecostes dos dias atuais. O Espírito é o mesmo. Basta que a sede e a entrega sejam também.

“Ele quer estar dentro de você”

Em entrevista à Folha Universal, o Bispo Sérgio Corrêa, que está à frente do cuidado com os obreiros, ressalta que o “reconhecimento do pecado, o arrependimento e a confissão” permitem que o próprio Espírito Santo remova o interior carnal e coloque no candidato ao batismo um interior espiritual, que é o Novo Nascimento. Assim, a pessoa se torna apta a recebê-lO. Ele diz também que a pessoa que O deseja deve renunciar às próprias vontades para praticar as de Deus.

Sobre a magnitude do batismo com o Espírito Santo, ele diz que “é o próprio Deus dentro de você 24 horas por dia lhe orientando, inspirando e fortalecendo” e explica como a transformação acontece: “se a pessoa que era fraca, se torna forte; se era sentimental, não vive mais pelo sentimento, mas pela fé. Se tinha um buraco na alma, ele é preenchido; se se desesperava com os problemas, agora os enfrenta na fé e os vence”.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Arquivo Pessoal, Demetrio Koch e iStock