Padre é preso no interior de São Paulo

Ele era procurado pela polícia, suspeito de estuprar dois coroinhas. Entenda o caso

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Recentemente, mais uma vez a igreja católica se envolveu em casos de suspeita de estupro. Desta vez, os casos teriam acontecido em Presidente Epitácio, interior de São Paulo. O padre Cláudio Cândido Rosa, de 43 anos, (foto abaixo) que já tinha sua prisão preventiva expedida pela 1ª Vara da Comarca da cidade, se entregou à justiça na última quinta-feira (28).

De acordo com a Polícia Civil de Presidente Prudente, o padre abusou sexualmente de dois menores que ajudavam ao religioso como coroinhas na paróquia em que o mesmo atuava. O processo segue em segredo de justiça.

Em sua essência, um coroinha teria a responsabilidade de auxiliar o sacerdote e/ou diácono durante a missa. Podem ser meninos ou meninas, que seus pais o permitam auxiliar no serviço católico.

Contudo, diante de todas as acusações já feitas contra a instituição e seus padres, torna-se difícil confiar cegamente em dirigentes. Já não se sabe mais as reais intenções daqueles que estão vestidos de batina.

Todavia, ao se depararem com a proposta de verem seus filhos envolvidos com serviços celestiais, pais permitem que eles sigam suas jornadas rumo a uma vida separada a Deus. Entretanto, a boa intenção dos pais vai ao encontro, muitas vezes, de pessoas mal intencionadas. São pessoas que usam o nome de Deus para ferir a infância de tantos jovens, como no caso citado no início desta reportagem.

Todo cuidado é pouco

Em 2017, a Suprema Corte da Pensilvânia, nos Estados Unidos, divulgou que bispos e outros líderes da Igreja Católica, encobriram mais de mil casos de abusos sexuais. No relatório apresentado, mais de 300 padres foram citados.  Na América do Sul, no Chile, 158 membros da igreja são investigados. Eles seriam autores ou cúmplices de abusos contra menores e adultos durante quase seis décadas.

O fato é que crianças, sem que seus pais saibam, podem estar em perigo. Os coroinhas não estão presentes apenas em missas, mas em celebrações como: batismo e transporte de objetos litúrgicos. Isso quer dizer que essas crianças possuem contato demasiado com padres. Além disso, não há como prever a real intenção daquele que deveria ser exemplo aos devotos.

Apesar de todas as denúncias em diversos locais espalhados pelo mundo, e o papa, autoridade máxima da igreja, se pronunciar repudiando e punindo os envolvidos, cada dia que passa, mais casos como esses são expostos. Tem se tornado recorrente e aos pais, vale redobrar a atenção.

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Colaborador

Rafaela Dias / Foto: iStock