O Outubro Rosa não é só uma cor

Com a saúde da mulher em primeiro plano, as campanhas realizadas ao longo do mês incentivam o autoconhecimento, o diálogo e a estar em dia com consultas e exames de rotina

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Filhas, irmãs, mães, avós, esposas, amigas, funcionárias, empresárias, estudantes ou, simplesmente, mulheres. A pesquisa teste do Censo Demográfico, realizada em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que 51,1% da população brasileira é do sexo feminino. São 4,8 milhões de mulheres a mais, em comparação ao número de homens.

Apesar de serem a maior parcela da população e assumirem cada vez mais responsabilidades no dia a dia por conta das exigências da vida moderna, às vezes, mulheres precisam ser lembradas que o autocuidado deve ser prioridade. Uma forma de fazer isso é o Outubro Rosa, mês da campanha de conscientização em relação ao câncer de mama e que, recentemente, incluiu o câncer do colo do útero.

Os indicadores de 2020 do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que o câncer de mama é o de maior incidência entre as mulheres, correspondendo a quase 30% dos casos no Brasil. Já o do colo do útero é o terceiro na lista, com 7,5% dos diagnósticos. Juntos, eles somam mais de 22% dos óbitos relacionados aos casos de neoplasia entre as brasileiras.

A mastologista Yedda Reis diz que a conscientização é extremamente importante por tratar do tema e permitir a detecção precoce das doenças. “Com o diagnóstico do câncer do colo do útero e de mama em estágio inicial, o tratamento consegue curar grande parte das pacientes. Por exemplo, no caso do câncer de mama, estamos falando de 95% de chance de cura quando o diagnóstico é feito no estágio inicial”, conta.

Comum até então em mulheres acima dos 50 anos, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta que a ocorrência do câncer de mama tem aumentado entre as mulheres com menos de 35 anos. Já o câncer do colo do útero, segundo o Inca, também costuma surgir acima dos 50 anos e a incidência em mulheres jovens é rara. Mas não há idade mínima ou máxima quando o assunto é saúde.

“Cada paciente é uma paciente e cada tumor é um tumor e ambos devem ser tratados de forma individualizada”, lembra Yedda.

Apesar da predisposição genética e dos maus hábitos estarem associados ao desenvolvimento das doenças, o diagnóstico positivo não é uma sentença de morte e há vários tratamentos disponíveis. Então, fiquem atentos às iniciativas realizadas ao longo do mês e marque a consulta ou o exame que têm sido adiado há algum tempo.

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Colaborador

Laís Klaiber / Arte: Edi Edson