“Nós vamos transexualizar o seu bebê”

Imagem de capa - “Nós vamos transexualizar o seu bebê”

A frase acima lhe parece estranha? Desta vez, ela não saiu das entrelinhas de discursos de “ódio do bem” que temos alertado há tempos, mas foi uma ameaça explícita em cartazes que compuseram uma exposição no Centro de Referência das Juventudes, espaço da Prefeitura de Belo Horizonte, em Minas Gerais. O local recebe cerca de dez mil jovens todos os meses, que se depararam com ilustrações e frases ofensivas, impondo um nítido viés ideológico.

A tal obra Nós vamos transexualizar seu bebê ainda trazia mais um aviso: “e não há nada que você possa fazer”, além da frase “Deus está morto”.

Também continha desenhos com feições demoníacas, dizeres em linguagem neutra (a exemplo de “menine”), entre outras aberrações.

Quando o teor da exposição se tornou público e ganhou repercussão negativa, inclusive nas redes sociais, por conta do visível desrespeito e hostilidade, a Prefeitura cancelou a exposição e confirmou que as “intervenções ofensivas e que violam os direitos humanos nas obras” representavam uma manifestação de puro ódio.

Em uma matéria, publicada pela Revista Oeste, os leitores revelaram seu descontentamento. Um comentário perguntava “Centro de Referência da Juventude? Imaginem o que ensinam aos jovens?”; outro compartilhava sua indignação, dizendo “Canalhas!!! Doentes!!!! Os políticos que permitem essas aberrações não passarão” e, em meio aos demais comentários, um deles refletia “como bem diria o Fiuza (se referindo ao jornalista e escritor Guilherme Fiuza, do Grupo Jovem Pan de Comunicação), ‘retira, apaga, mas onde está a responsabilização dessa turma. Fazem o que querem e não respondem por nada?’ Esse tudo pode e nada acontece foi longe demais. Está insuportável e numa ascendente.

Daqui a pouco vai ser crime criticar qualquer ato dessa gente, afinal tem uma força escusa muito grande nesse sentido”.

Como se essa exposição não bastasse, a poucos metros dali a Galeria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) – não apenas um espaço público, mas o local responsável por criar leis – também era palco para um ataque à fé alheia. A exposição Deslocamentos foi acusada de vilipêndio, com base no artigo 208 do Código Penal, por desprezar e ridicularizar símbolos religiosos e só foi encerrada depois de denúncias de parlamentares sensatos.

O fim das exposições não despertou os organizadores para o dever de respeitar e de não violar os direitos humanos, tampouco de não cometer um crime. Inacreditavelmente, eles alegaram que estavam sendo vítimas de censura e intolerância, o que prova que, apesar do discurso de “ódio do bem” ter sido silenciado, não significa uma desistência da investida deles, porque isso está no âmago dos que defendem tais aberrações.

Aliás, o “ódio do bem”, manifestação muito comum da esquerda brasileira, é o subterfúgio encontrado para exacerbar apenas ódio, mesmo que teimem em disfarçar que seja em nome de um suposto bem. Se não bastasse essa discrepância, todas as vezes que não conseguem êxito, a fúria, a profanação e as ameaças tornam-se mais presentes em suas ações e se agarram ao salvo conduto de que podem tudo, como proliferar ideias nefastas que impactam o outro sem se importarem.

Mas, atenção! Tanto ódio tem se mantido no âmbito do discurso e ideias somente enquanto anseiam pelo poder necessário para nos impor suas ideologias goela abaixo. Se obtiverem tal autoridade, nenhuma intervenção será suficiente para impedi-los. Apesar de tentarem intimidar dizendo “não há nada que você possa fazer”, há sim o que ser feito e agora mesmo.

Temos a oportunidade de eleger homens e mulheres equilibrados e com bom senso para se colocarem vigilantes quanto a essas manifestações que mais prejudicam do que ajudam.

Hoje, nas urnas, depositando um voto consciente e alinhado a bons princípios e valores éticos e em guardiões da sociedade, seremos capazes de impedir os ataques de ódio e as imposições ideológicas nefastas de qualquer natureza. A nossa Constituição reconhece que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos”. Votar em um candidato não é apenas conceder a ele um cargo político, é dar o aval para que ele tome decisões em seu lugar. É no plenário, com a força de sua escolha, que serão determinados como seus filhos serão tratados, como os seus impostos serão gastos e se seus direitos serão ou não respeitados.

Reaja! Esteja ciente de que se o tal “ódio do bem” prevalecer nessa eleição realmente não haverá muito a ser feito para proteger nossa nação e muito menos nossos filhos e netos e os nossos direitos fundamentais estarão à deriva. Não se abstenha nem escolha errado. Vote com consciência.

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Colaborador

Redação / Foto: Reprodução