“Eu queria mudar, mas não sabia como

José Carlos Emídio conheceu a Fé depois de dez anos de envolvimento com os vícios e com a criminalidade

Imagem de capa - “Eu queria mudar, mas não sabia como

O metalúrgico José Carlos Emídio, de 44 anos, não teve uma vida que possa ser considerada fácil. Ainda na infância, ele começou a trabalhar para ajudar a mãe e os sete irmãos. Cresceu sem a presença do pai, que abandonou a família quando ele e os irmãos ainda eram pequenos. Ele relembra que isso atrapalhou a formação do seu caráter. “Eu nunca tive um pai para me aconselhar e isso me trouxe muitos problemas. Me transformei em uma pessoa nervosa e agressiva”, relata.

José começou a estudar para ter uma nova perspectiva de vida. Ele pensava que o fato de ter uma formação profissional pudesse mudar a situação financeira dele e de sua família. Contudo se envolveu com más amizades e logo abandonou os estudos.

Ele começou a dar ouvidos aos conselhos dos amigos e não demorou muito para que se envolvesse com a criminalidade. Ele começou a usar drogas e a roubar e, depois de comprar uma arma, tornou-se traficante. Durante os dez anos que esteve no crime, consumiu cocaína, lança-perfume, bebidas alcoólicas e foi preso. “Eu assaltei uma casa e alguns dias depois a polícia me pegou traficando. Fui reconhecido pela vítima e preso por assalto e tráfico de drogas.”

Na época, José ficou um ano e três meses no presídio, mas nem detido ele foi capaz de mudar. Assim que ganhou a liberdade, ele voltou a cometer crimes. José destaca que a vida que levava não lhe trazia felicidade e que estava cansado de sofrer. Em um momento de fúria, ele deu tiros na própria sombra. “Eu queria mudar, mas não sabia como.”

A transformação
Um dia, em 1993, assistindo a um programa de TV da Universal, José se deparou com a história de um homem parecida com a dele. Aquilo despertou sua atenção. “Eu pensei que se a vida daquele homem tinha mudado a minha também poderia mudar. Então, fui para a Igreja em busca daquela mesma transformação.”

José começou a participar das reuniões na Universal, conseguiu se libertar das drogas, saiu do mundo do crime e reconstruiu sua vida. Hoje ele é obreiro voluntário da Universal e faz parte do grupo A Cura dos Vícios – que ajuda usuários no processo de libertação –, em Jundiaí, no interior de São Paulo. “Tenho paz e posso ajudar as pessoas porque recebi de Deus a transformação que não é passageira, mas permanente e que muda vidas”, finaliza.

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: Cedidas