“Eu planejava como iria me matar”

Andréia Vieira venceu seus problemas internos e hoje ajuda pessoas que passam pelas mesmas dificuldades que um dia ela enfrentou

Imagem de capa - “Eu planejava como iria me matar”

A analista de projetos Andréia Aparecida da Luz Vieira, de 36 anos, carregava um grande vazio dentro de si e por vezes nem sabia o real motivo de viver tanto sofrimento em sua vida. “Eu sentia muita tristeza, um aperto no peito e uma vontade constante de morrer.”

Ela revela que não tinha perspectiva nenhuma de vida. Ela até nutria alguns sonhos, mas não acreditava que fosse possível realizá-los. A sua vontade de se manter viva já estava quase no limite.

Além disso, ela vivia de aparências: sempre rodeada de amigos, ela estava sempre sorrindo e brincando, todavia, quando ficava sozinha em seu quarto, o desassossego controlava seu coração. “Eu julgava que todas as pessoas fossem felizes, no entanto eu não sabia como encontrar a felicidade e a vontade de viver”, declara.

Os problemas de Andréia começaram ainda na infância. Ela conta que seu pai frequentou por um período casas de espíritos, mas, quando ele decidiu abandonar essa prática, maus espíritos atuavam em seu lar. Isso trouxe, segundo ela, as severas consequências pelas quais ela passava. “Meu pai abandonou os ‘encostos’, contudo eles não nos abandonaram. Minha mãe sempre me levou a benzedeiras, que faziam rezas com plantas. Acredito que isso tenha acarretado muitas situações negativas na minha vida”, diz.

Andréia também carregava mágoa das pessoas, mesmo que não tivesse motivo. “Eu tinha muitos sentimentos ruins dentro de mim, incluindo a raiva e o ódio. Além disso, eu tinha medo de qualquer tipo de relacionamento, pois sempre julgava que as pessoas me fariam mal, então eu as evitava. Eu me achava indigna de ser feliz”, afirma.

Ela descreve que suas feridas só aumentavam porque ela desconhecia a existência do Altar certo que poderia ajudá-la. “Eu lia muitos livros espíritas, de fadas, gnomos, de horóscopo e buscava a paz de todas as formas, no entanto, nunca a encontrei. Só a encontrei depois, com o Senhor Jesus, que foi o Único que me deu o que o mundo todo não foi capaz de me dar.”

O pior momento de sua vida ocorreu quando ela passou a pensar na morte: “com desejo de suicídio, eu planejava como iria me matar. Eu pensava em cortar os pulsos, tomar remédios ou me jogar de algum lugar”. Andréia conta que gostava de se trancar no quarto e ficar sozinha ouvindo músicas em volume extremamente alto, pois o silêncio a incomodava.

Até que certo dia a cunhada de Andréia a convidou para conhecer a Universal. Depois de recusar o convite, sua cunhada deu a ela um exemplar da Folha Universal. Então, um tempo depois, ela teve o interesse de lê-lo. Ela lembra que, naquela ocasião, se deparou com a mensagem do Bispo Macedo, na qual ele abordava a Fé inteligente. “Eu li uma frase que me atraiu muito: ‘como pode uma pessoa crer em Deus e ser infeliz?’ Aquilo me marcou e eu tive o desejo de conhecer a Fé. Eu não fui à Igreja pedir dinheiro, uma cura ou um marido, mas fui buscar a paz de Deus.”

Ela passou a se dedicar ao processo de libertação, se batizou nas águas e entregou sua vida ao Senhor Jesus. Entretanto ela sabia que ainda lhe faltava algo. Assim, nasceu dentro dela o desejo de receber o Espírito Santo. Andréia O buscou com todas as suas forças e foi preenchida pela Presença de Deus. “Eu desejei ter a grandeza de Deus dentro de mim e foi uma experiência marcante e inexplicável”, salienta.

Hoje, a vida de Andréia está totalmente transformada. Ela se casou com um homem que a ama e a respeita e todos os aspectos de sua vida foram modificados. “Hoje eu entendo que as coisas acontecem no tempo de Deus e Ele está no controle da minha vida. Eu conheci o Senhor Jesus na Igreja Universal há 18 anos e sou obreira há 17. Faço parte do Grupo Resgate e ajudo pessoas que passam pelo mesmo problema que um dia quase levou a minha vida embora. Para mim, é um prazer servir a Deus”, finaliza Andréia.

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Colaborador

Kaline Tascin / Foto: Demetrio Koch