Entenda o perigo de ser um cristão ioiô

Muitas pessoas trocam de igreja ou de denominação como se trocassem de roupa. Compreenda o perigo desse tipo de atitude

Vivemos uma época em que muitos cristãos vivem peregrinando de igreja em igreja. É muito comum ver uma pessoa nos cultos durante um mês, um ano e, depois, nunca mais a encontramos. Muitas deixam de frequentar e, segundo o Bispo Edir Macedo, isso acontece por conta da decepção com a instituição e com as pessoas que fazem parte dela. “E, depois de vagarem por várias congregações, levantam a bandeira que a igreja organizada faliu e que é totalmente desnecessário ter vínculos e seguirem regras.”

A diretora escolar Ednéia Rosa de Jesus, de 35 anos  (foto a dir.), pensou assim. Ela frequentou a Universal por muitos anos, mas deixou de ir depois de viver uma frustração. “Eu era obreira, mas, aos 21 anos, eu saí com um rapaz que era usuário de drogas e me senti julgada pelos colegas e pelo pastor. Isso me fez querer sair da Universal e buscar apoio em outro lugar”, relata.
Ednéia chegou a procurar ajuda em outras religiões, mas, depois, desistiu da fé. “Passei a acreditar que tinha um ‘carma’, algo de ruim que trazia de vidas passadas. Até nisso comecei a acreditar. Fazia simpatias para conseguir ser feliz, enfim, procurei o caminho mais fácil, mas como não conseguia me encontrar acabei desistindo.”

Sem direção, ela conta que se sentia vazia. “Comecei a me relacionar com outro rapaz para me sentir aceita e preenchida. Ele também era usuário de drogas e me traía com várias mulheres. Nossa relação era um inferno.”

Olhar apenas para Jesus
Quando esse companheiro de Ednéia sofreu um acidente grave, ela se lembrou do tempo que passou na Universal. “Ele teve a perna amputada e ficou um mês internado na UTI. Tinha sido desenganado pelos médicos. Em meio àquela tristeza, me lembrei de que quando cheguei à Universal, aos 13 anos, tinha sido curada da depressão, do desejo de suicídio e do trauma de um abuso sexual. Decidi buscar ajuda lá novamente”, declara.

Ednéia conta que o pastor a aconselhou e, com o passar do tempo, ela entendeu a importância de olhar apenas para Jesus. “Me batizei novamente nas águas e voltei a participar das correntes. Não demorou muito para meu parceiro se curar e começar a participar das palestras comigo. Minha vida se tornou uma bênção. Não foi apenas pelas conquistas materiais, mas porque tenho o Espírito Santo, que foi o que me preencheu.”

Hoje, para ela, o grande e maior exemplo de conduta é o Senhor Jesus. “Para entender isso, infelizmente, tive que sofrer peregrinando por outras religiões. Mas hoje sei que Deus nunca nos decepciona e é para Ele que devemos sempre olhar”, conclui.

O problema não é a igreja
Dentro da igreja há pessoas boas e ruins. Por isso, o Bispo Edir Macedo explica que fugir dela não impedirá que as decepções cheguem. “Conheci milhares de pessoas. Dentre elas, muitas sinceras. Também vi algumas de má índole. Mas decidi não permitir que a minha fé entrasse em crise por causa disso. Creio que fugir da igreja não impedirá ninguém de experimentar decepções. Quantas vezes você se desentendeu com algum familiar? Mas você não se excluiu de sua família por causa disso”, disse o Bispo.

“Fora do Altar, o homem de Deus é uma pessoa com personalidade, qualidades e defeitos. Infelizmente, as pessoas projetam nas outras uma identidade de ‘supersantas’ e não se preparam para ver suas falhas. Então se escandalizam e se perdem. Claro que estou falando de erros, pois, tratando-se de pecado, as pessoas que o praticam não estão aptas para ensinar ninguém”, disse.

Além da frustração com as pessoas, há muitos outros motivos que levam uma pessoa a abandonar a verdadeira fé. Entre eles sempre querer ouvir algo que agrade aos seus ouvidos.

Vale relembraro que a Bíblia descreve em João 14.6-7: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.”

É preciso nascer de Deus se quiser ser dEle. É necessário seguir o exemplo de Jesus se pretende alcançar a vida eterna. Então, se você está pensando em sair da igreja, se questione: “vale a pena correr o risco de perder a minha Salvação?”

“Diante dos milhões de homens e mulheres que estão colocando sua Salvação em risco ao sustentar esse pensamento, quero dizer que não defendo aqui a placa de uma igreja, pois tenho consciência de que ela não salva. Meu objetivo é mostrar que a igreja física é fundamental para você ser corrigido, exortado, estimulado a dar frutos e a desenvolver os dons. Viver longe dessa comunhão é o mesmo que separar o peixe da água, o sangue do corpo, as nuvens do céu ou Cristo de Sua Igreja”, conclui o Bispo Edior Macedo.

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Fotolia e Cedida