“Ela verá sua vida desabar”

Ainoã vivia feliz com a pacata vida no campo e se preocupava apenas com o bem-estar de sua família, até tudo mudar quando o marido é escolhido e ungido como o primeiro monarca de Israel

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Era uma vez uma mulher extrovertida, feliz e realizada em relação à família que construiu. A vida confortável, porém simples, que ela levava lhe dava o poder de dizer “vamos ter um jantar em família” e todos a obedeciam. Essa é parte da história de Ainoã, personagem de Francisca Queiroz, na série Reis, da Record TV. A esposa de Saul (Carlo Porto) foi uma das responsáveis por fazer o público se apaixonar pela família do primeiro rei de Israel durante a segunda temporada da trama.

Ainoã foi apresentada aos telespectadores como uma mulher determinada, que ama cuidar de sua casa e da família, uma mãe presente e superprotetora, uma sogra compreensiva e sempre pronta para aconselhar, além de ser uma esposa amorosa.

Criar essas nuances de uma personagem que tem apenas o nome citado na Bíblia não foi uma tarefa fácil para a autora Raphaela Castro. “Todas as pistas para criá-la vieram, na verdade, de Saul. Por exemplo, ele era o homem mais bonito e alto de Israel, logo, qualquer mulher em seu lugar sentiria um pouco de ciúmes e insegurança, características sutis que não transparecem tanto, já que ela está feliz com o casamento, o amor do marido, a família e a vida que leva sem qualquer ambição”, revela Raphaela em entrevista exclusiva à Folha Universal.

Quando a vida deixa de ser perfeita
Ao traçar a personalidade de Ainoã, a autora destaca que ela é divertida, leve e o centro de sua casa. O ciúme que sente não é somente de Saul, mas também dos filhos, porque vê sua família como o bem mais precioso que possui. Apesar disso, a insegurança dela foi ofuscada pela insegurança do marido enquanto ele não tinha conhecimento de seu impacto sobre outras pessoas.

No entanto a vida perfeita e feliz de Ainoã começa a mudar drasticamente quando Saul é revelado como o escolhido de Deus para ser o primeiro rei de Israel. Com isso, a pacata vida no campo é deixada de lado por conta da responsabilidade de cuidar de todo o reino. A família do rei passa a ser dividida com a nação e o controle que Ainoã exercia sobre sua casa é perdido. Essas questões serão exploradas na terceira temporada da série, chamada A Rejeição.

“Quando Saul dá qualquer indício de erro e desvio, a primeira pessoa com quem ele erra é com a esposa.

Essa família que temos acompanhado desde o início, sempre unida, bonita e feliz, começa a se romper aos poucos”, conta. Um exemplo disso fica claro quando o rei toma para si uma concubina, contrariando o que era esperado dele e a promessa que havia feito a Ainoã.

A influência que a mulher tem por natureza não será o pivô para as atitudes erradas de Saul. No entanto, apesar de Ainoã não influenciar o marido para o mal, ela também não o influenciará para o bem. O telespectador ainda verá que “Ainoã deixará que a corrupção dele mude seu próprio comportamento” e isso contribuirá para que as consequências sejam devastadoras.

Durante a nova temporada, a autora promete: “cada capítulo e acontecimento mostrará que Ainoã também vai errar. Ela verá sua vida desabar, fazendo com que o público sofra junto com ela, mas também reflita muito sobre o que faria de diferente se estivesse em seu lugar”. Essas escolhas só serão reveladas a quem acompanhar Reis de segunda a sexta-feira, a partir das 21 horas, na Record TV. Não perca.

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Colaborador

Laís Klaiber / Fotos: Blad Meneghel