O gás de cozinha é um dos itens que mais atacaram o bolso do brasileiro nos últimos anos. O valor médio do botijão de 13 quilos chegou a R$ 113,66 na segunda semana de abril deste ano e segue pressionando o orçamento familiar. É o maior valor desde dezembro de 2021, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP). Somados os últimos 12 meses, a alta chega a quase 30% acima da inflação. Quem usa gás encanado também não se livrará da alta. O aumento entre 2021 e o fim deste ano pode chegar a 250%, estima a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres.

Assim, aprender a economizar é fundamental. Para Anton Schwyter, coordenador do Programa de Energia e Sustentabilidade do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a economia começa com o fechamento parcial de janelas perto do fogão: “o vento que entra pode diminuir a potência das chamas, exigindo mais tempo de uso de gás até que as panelas atinjam a temperatura ideal de cozimento. Mas não feche totalmente as janelas para que, caso ocorra algum vazamento, o gás escoe e evite acidentes”.

Também é importante atentar para a cor das chamas no fogão: “azul significa a queima total do gás em combustão com o oxigênio, com uma chama mais intensa e mais quente. Se houver uma coloração diferente, é necessário limpar a boca com água e sabão ou até usar uma agulha apropriada para desentupir os orifícios. A limpeza diminuirá o gasto de gás”. Ele também recomenda planejar o uso do fogão: “coloque no forno, por exemplo, pratos diferentes que possam ser feitos na mesma temperatura” (veja mais no quadro ao lado).

Além disso, vale ficar atento quanto a possíveis vazamentos. “Cheque o botijão de gás, as mangueiras, as roscas do botijão e os canos do fogão e forno despejando um pouco de espuma de sabão e observe se há formação de bolhas de ar. Caso apareçam, faça a troca do equipamento defeituoso. Você vai economizar e também evitar acidentes sérios”, conclui.