Brasil tem a maior queda do desemprego entre 40 países

Em um ano, indicador recuou de 13,1% para 8,9%, uma redução de 4,2%

O Brasil registrou a maior queda da taxa de desemprego em um ano entre 40 países, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.

  • O indicador recuou de 13,1%, em agosto de 2021, para 8,9%, no mesmo período deste ano, uma redução de 4,2%.

A trajetória de queda do desemprego no País começou na última metade do ano passado e atingiu 8,9% no trimestre encerrado em agosto.

  • O percentual é o menor apurado desde julho de 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Confira a tabela com o recuo da taxa nos 40 países:

  • A diferença entre agosto de 2021 e agosto de 2022 (em pontos percentuais)

A sequência positiva surge em linha com o Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), índice utilizado para antecipar os rumos do mercado de trabalho no Brasil, que avançou 1,5 ponto em setembro, para 83,8 pontos. Trata-se do nível mais alto desde outubro do ano passado, conforme dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Em entrevista ao R7, Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), afirma que a trajetória favorável nesse trimestre indica um cenário positivo ao mercado de trabalho. Segundo ele, dois fatores principais ajudam a explicar a queda da taxa de desemprego.

“Com a pandemia cada vez mais controlada, o setor de serviço, que é o maior empregador, voltou com sua atividade, acelerando a recuperação do mercado de trabalho. Tem um segundo ponto que é o aquecimento da economia, também até mais do que era esperado no início do ano. Com isso, outras atividades também se beneficiaram e, quando a economia reage positivamente, o mercado de trabalho também vai na mesma linha.”

A tendência, segundo o economista, é que tenha uma continuidade da melhora no curto prazo, talvez com um ritmo mais lento. A projeção é que a taxa se estabilize próximo de 9% no fim do ano, o melhor resultado desde 2015.

Novos recordes na série histórica:

O contingente de pessoas ocupadas no País foi de 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012. E o desemprego caiu para menos de 9% em agosto e atingiu menor patamar desde 2015, segundo levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, a PNAD.

Assista à matéria abaixo do ‘Jornal da Record’ e saiba mais sobre o assunto.

(*) Com informações do R7

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Colaborador

Redação (*) / Foto: iStock