Notícias | 19 de Março de 2023 - 00:05
Entenda a diferença entre eles e reflita sobre qual você tem escolhido
Todo ser humano se sente mal por alguma coisa que fez em algum momento, seja algo pequeno, seja grande. Muitos se sentem assim por causa de uma escolha, uma atitude ou até uma palavra proferida que atingiu outras pessoas ou até a si mesmos.
Além disso, todo ser humano nasce com uma natureza pecaminosa, por conta do pecado de Adão, e quando reconhece essa sua real condição de pecador diante de Deus é preciso que haja também arrependimento em relação aos erros cometidos, além da mudança diante do Criador.
No entanto, diferentemente do que muitos pensam, nem sempre o reconhecimento de que se está no caminho errado é causado pelo arrependimento. Muitas vezes esse reconhecimento é fruto do sentimento de remorso. Arrependimento e remorso são escolhas e caminhos opostos, sendo que um leva ao perdão e outro à morte.
Entre um e outro
De acordo com o ensinado em Lucas 24.47, o arrependimento é necessário para a remissão de pecados. O arrependimento autêntico envolve sacrifícios, como reconhecer os erros, confessá-los oralmente a Deus e abandoná-los imediatamente.
Por outro lado, o remorso, que é motivado pelas emoções, pode acontecer mesmo sem que se assuma a responsabilidade pelo erro. Quando ele surge, não acontece uma mudança verdadeira na pessoa e, com o passar do tempo, o pecador volta a cometer o mesmo erro. Assim, ela vive um círculo vicioso entre pedir perdão e errar da mesma forma, como explica o Bispo Edir Macedo: “o remorso é só um sentimento de tristeza momentânea por alguma falta cometida. No remorso não se toma uma atitude em relação ao pecado. Isto é, nele não há o sacrifício de abandono do pecado. Por isso, não há perdão para o remorso. Já o arrependimento é atitude, é ação ou prática da fé”.
O pecado causa dor, tanto para quem se arrepende quanto para quem sente remorso, mas, segundo o ensinamento deixado por Paulo em 2 Coríntios 7, a tristeza segundo Deus produz um arrependimento que leva à Salvação, mas a tristeza segundo o mundo – que é o remorso – produz morte. “É como o infiel que trai o parceiro e aquilo fica martelando sua consciência, mas, no dia seguinte, ele volta a fazer a mesma coisa e, com o passar do tempo, se acostuma com o sentimento. O arrependimento, porém, causa tristeza profunda na alma, algo saudável, pois é do arrependimento que resulta a transformação”, explica o Bispo Macedo.
Assim, quem quer o perdão de Deus precisa buscar a mudança de comportamento. A partir daí, quem se arrepende deve viver praticando o que é certo conforme a Vontade de Deus.
Apenas com essa conversão de atitudes será possível alcançar a Salvação, como descrito na passagem de Atos 3.19-20: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor, e envie ele a Jesus Cristo, que já dantes vos foi pregado”.
O dom do arrependimento
O Bispo Macedo ainda cita o exemplo de Judas Iscariotes, que traiu Jesus e O levou para a cruz por causa de 30 moedas (Mateus 26): “Judas até voltou aos sacerdotes e entregou as moedas. Ele viu que o que fez foi errado, mas não se arrependeu de verdade, tanto que não foi até Jesus. Ele sentiu a dor, mas apenas isso, e por isso se matou”.
Judas não se consertou diante do seu pecado, pois admitir o erro e pedir perdão são dons que vêm de Deus e Ele não os dá a todos. “Deus esquadrinha o coração das pessoas e sabe de antemão quem vai desprezar ou não sua benignidade. Por isso, todo cristão deve buscar esse dom e essa dádiva de Deus”, diz o Bispo.
Deixar o pecado é uma decisão possível apenas com o uso da Fé. E conversão e reconciliação verdadeiras a Jesus só acontecem com o arrependimento, pois é ele que está alinhado com mudança de atitudes e com os sacrifícios. Essa atitude deve ser tomada não importando o que se fez, afinal, Deus não considera o passado para lhe dar o perdão, mas sua sinceridade. “Deus aceita a todos. Não importa o pecado que cometeram. Mas uma coisa Ele exige para que a pessoa possa ser aceita: que ela seja sincera”, conclui o Bispo Macedo.