A fé que transcende fronteiras

Como superar a pobreza, as traições, as dívidas e a dependência de drogas? Conheça a história de pessoas que transformaram suas vidas com o apoio da Palavra de Deus

Imagem de capa - A fé que transcende fronteiras

A pobreza fez parte da vida de Estandislau Santana, de 49 anos, durante muitos anos. Natural da cidade de Bom Jesus da Lapa, no interior da Bahia, ele conta que viveu uma vida de privações desde a infância. “Eu não tinha muita perspectiva. Comecei a beber e a jogar baralho aos 14 anos. Fiz até a 4ª série.”

Estandislau se casou cedo e aos 18 anos teve o primeiro filho. A dificuldade de encontrar trabalho o forçou a deixar a cidade. Ele e a família enfrentaram várias horas de ônibus até chegar à cidade de Campinas, no interior de São Paulo. “Fomos morar em uma pensão bem simples, em um lugar com várias famílias. Nosso fogão tinha só duas bocas. O banheiro era coletivo, tinha que fazer fila para tomar banho.”

Ele trabalhou carregando sacos de cimento, cuidando de carros na rua e, depois, foi contratado para lavar pratos em uma lanchonete. Com o tempo, aprendeu a fazer sanduíches. “O salário era baixo, não dava para nada. Eu era viciado em jogos, baralho, sinuca. Às vezes trabalhava até tarde e depois ia beber. Fiquei inseguro, depressivo e brigava muito com minha esposa. Não conseguia dar condições mínimas para o meu filho.”

Convite
Em 1997, ele recebeu um convite para participar de uma reunião da Universal. “Uma pessoa me abordou na rua e me convidou. Minha vida estava difícil, então aceitei o convite. Fui sozinho. Lá, ouvi que eu só precisava crer e obedecer à Palavra de Deus para ter uma grande mudança. Comecei a ir todos os dias à Universal.” Ele deixou de beber e jogar. O casamento, entretanto, acabou terminando. Após alguns meses frequentando a Universal, ele participou de sua primeira Fogueira Santa. “Eu não entendia muito bem, mas entreguei minha vida a Deus e pedi a Ele uma vida melhor.”

Um mês depois, Estandislau recebeu uma proposta. “Um empresário experimentou um sanduíche ‘boca de anjo’ que eu preparei e me convidou para trabalhar com ele”, conta, sobre um prato tradicional de Campinas. O empreendimento ficava em Jundiaí. “Pedi o dobro do meu salário. Como ele aceitou, mudei novamente de cidade.”

Em 2001, Estandislau viu outra oportunidade. “Meu chefe me convidou para ser sócio terceirizado da empresa na culinária japonesa. Funcionava assim: eu era responsável pela comida japonesa e dava uma porcentagem das vendas para ele. Eu tinha acabado de participar de outra Fogueira Santa.” Mesmo sem gostar de peixe, Estandislau aprendeu a fazer todos os pratos em um mês.

Reviravolta
Após alguns anos, em 2006, Estandislau recebeu uma má notícia. “O dono pediu para fechar o espaço de culinária japonesa, pois ele decidiu incluir os pratos no restaurante. Ele me ofereceu o emprego de sushiman, mas eu não queria ser funcionário de novo.” Ele conta que procurou um espaço para começar do zero. “Eu tinha participado de uma Fogueira Santa. Não tinha dinheiro, mas tinha o Espírito Santo comigo. Aluguei um salão pequeno e fiz compras parceladas de alguns equipamentos. Abri meu próprio restaurante.”

Em 12 meses, Estandislau recuperou o investimento e quitou as dívidas. “De lá para cá, Deus vem me abençoando. Após 12 anos sozinho, casei em 2009 com uma mulher de Deus. Depois montei a segunda e a terceira loja”, diz ele, que tem três restaurantes que geram 60 empregos diretos. “Somos muito felizes. Meu filho, que antes passava necessidade comigo, vive nos Estados Unidos. Temos duas filhas do segundo casamento que estão fazendo faculdade. Nossa vida é confortável, vivemos em um condomínio fechado, temos terrenos comerciais e casas de aluguel”, enumera ele, que hoje adora sashimi. Apesar das conquistas materiais, Estandislau garante que é o

Espírito Santo que lhe sustenta. “Sem a fé eu jamais conquistaria o que tenho hoje. Foi o próprio Deus que criou as condições para que eu saísse de minha zona de conforto.”

Qual é a sua Harã?
Estandislau vivenciou a miséria por muito tempo. A pobreza era a sua Harã. Na Universal, ele conta que descobriu que só conseguiria superar o problema se agisse. E foi assim, seguindo a Palavra de Deus, que ele saiu da zona de conforto e deu passos rumos a seus sonhos.

Em vez de beber e jogar, ele explica que começou a enxergar as oportunidades apontadas por Deus e a colocá-las em prática. Ao entregar sua vida a Deus, ele transcendeu e teve mudanças não apenas na vida financeira, mas na vida espiritual e familiar.

Nesta Fogueira Santa, a grande inspiração é a atitude de Abraão. Ele decidiu renunciar à própria casa, ao seu povoado e ao convívio familiar após ouvir o chamado de Deus. Ou seja, mesmo com uma situação favorável, ele não teve dúvidas de sair de sua zona de conforto.

Contrariando o senso comum, ele confiou apenas na Palavra de Deus. Essa passagem está registrada na Bíblia, no livro Gênesis (12:1,2): “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção.”

Durante uma reunião na Universal, o Bispo Adilson Silva destacou que Abraão já era idoso e sua esposa era estéril. Apesar disso, eles tiveram fé e atenderam ao chamado de Deus. “O que determina o seu futuro é o seu presente. Você pode ser uma pessoa sofrida, ter um passado doloroso. Seu passado é história, não dá para mudar, mas seu futuro é resultado da fé que você manifesta hoje”, afirmou. “Na terra de Harã, Abraão era um homem rico, respeitado. Naquela época, ninguém sabia o que poderia acontecer quando alguém ia para o deserto, mas eles foram. A partir do momento em que Abraão sacrificou e obedeceu a voz Dele, restaurou-se o plano inicial. O sacrifício é o que Deus te pede.”

Na igreja, mas sem fé
O mineiro André Brandão, de 42 anos, conta que durante muitos anos participou das reuniões da Universal sem perceber mudanças em sua vida. “Eu ia para a igreja por causa da vida financeira, mas não seguia a Palavra de Deus. Minha vida sentimental era destruída, eu tinha vários relacionamentos frustrados.”

Em 2011, ele começou a namorar Gisely Brandão, (foto abaixo) de 38 anos. Na época, ela passava por problemas de saúde e André decidiu convidá-la para participar de uma reunião na Universal. “Eu não era cristã e não me identificava muito, mas fui porque estava debilitada. Eu tinha feito uma cirurgia para retirar a safena, que estava entupida. Um mês depois, tive trombose e estava tomando medicamentos anticoagulantes.” Gisely diz que mudou sua opinião sobre a Universal depois que viu a saúde melhorar. “Na época, eu decidi participar da Fogueira Santa. Entreguei minha vida a Deus.”

O casal estava feliz, mas André conta que escondia segredos. “Eu traía a Gisely. Estava na Igreja, mas levava uma vida paralela. Era viciado em internet e conhecia muitas mulheres por lá.” As mentiras dele foram descobertas quando ele foi preso. “Fui injustiçado. Recebi uma acusação de minha ex-mulher relacionada à nossa filha e fiquei 42 dias preso.” Na prisão, ele enfrentou dificuldades. “Eu estava no fundo do poço. Antes, eu só pensava na minha vida financeira, mas, durante o período em que passei preso, decidi mudar minha vida espiritual.”

Apesar de ter descoberto as traições, Gisely confiou que André mudaria de atitude. “Quando descobri a traição foi um choque muito grande. A mãe dele falou para eu não ficar com ele porque achava que ele não mudaria. Cheguei a terminar com ele, mas ele realmente decidiu se voltar para Deus.”

Assim que saiu da prisão, a primeira atitude de André foi ir à igreja. Na época, ele conta que participou da Fogueira Santa por sua vida espiritual. “Eu busquei minha libertação. Passei a dar valor para os detalhes da vida. Fiz um sacrifício em minhas atitudes”, diz ele, que posteriormente foi inocentado.

Depois da Fogueira, ele revela que sua vida financeira começou a deslanchar. Os dois se casaram em 2014. Seis meses depois, André foi comprar um carro e Gisely teve uma ideia. “Eu vi que o carro poderia ser alugado para noivas e começamos nesse negócio. Com o tempo, sai do meu emprego em um órgão público para me dedicar ao empreendimento.” Hoje, ela tem uma empresa que oferece acessórios para noivas e aluguel de carros importados. O casal também tem uma franquia de alimentos funcionais.

“Desde que passei uns dias presos, eu nunca mais pedi pela vida financeira. Minha prioridade é minha comunhão com Deus, foi assim que minha vida se transformou de verdade. Somos um exemplo para nossa família. Se antes tínhamos carência, hoje temos abundância e usamos isso para ajudar a Obra”,
resume André.

“Nosso foco é o Espírito Santo, tudo que temos é resultado de nossa entrega a Deus. Foi através Dele que alcançamos o impossível. O André se libertou, antes ele era desacreditado pela própria família, hoje é um exemplo”, acrescenta Gisely.

Injustiças
O empresário carioca Paulo Sérgio Silva, (foto abaixo) de 46 anos, conta que durante muitos anos não foi honesto em seus negócios. Ele atuava na área de estruturas metálicas e chegou a ter sucesso no empreendimento, mas suas atitudes o levaram a acumular uma dívida de R$ 600 mil.

“Eu trabalhava na injustiça e acabei perdendo a credibilidade. Os clientes sumiram e tive que demitir parte da equipe, mas não consegui pagar as indenizações. Acabei endividado.”

Na vida amorosa, ele conta que traía a esposa, o que levou ao fim da união. Sem dinheiro, Paulo foi morar de favor em uma pequena casa ao lado da residência da irmã e dependia dela para se alimentar. “Eu não conseguia dormir à noite. Minha vida sentimental estava destruída, minha saúde estava debilitada. Não via saída.”

Perspectiva
Apesar da situação difícil, ele conta que um programa de televisão o fez despertar para a fé. “Vi no programa da Universal alguns testemunhos e decidi conhecer a Igreja. Lá, ouvi que era possível ter uma vida íntegra com a obediência à Palavra de Deus.” Depois das primeiras reuniões, Paulo recuperou a paz. “Voltei a dormir à noite, isso me chamou a atenção.”

Ele explica que participou de sua primeira Fogueira Santa há cerca de dez anos. “Eu entendi que precisaria entregar a minha vida a Deus para ter uma mudança. Depois da Fogueira, um antigo cliente entrou em contato comigo e decidi prestar o melhor serviço.” Depois do retorno do primeiro cliente, Paulo conta que recuperou a credibilidade aos poucos. “Entendi que deveria trabalhar na Justiça para que pudesse ir adiante. Com a chegada de novos clientes, paguei as dívidas e passei a agir diferente com os colaboradores.”

A partir da empresa de estruturas metálicas, Paulo expandiu seus negócios. “Deus me deu a oportunidade de ter uma indústria de condutores de cabos elétricos e uma construtora.” Depois de retomar o sucesso nos negócios, Paulo reencontrou o amor. Há cinco anos, ele se casou com Maria Amália. “Hoje sou homem de uma só mulher. Nosso lar é de paz, fidelidade, amizade e carinho.” Segundo ele, o fortalecimento da vida espiritual permitiu êxitos em outras áreas. “Nós temos uma cobertura, alguns imóveis, a sede própria da empresa, casas de aluguel, carro, maquinário. Eu atribuo todas as minhas conquistas à fé manifesta no Altar. Eu só estou onde estou por causa da obediência à voz de Deus”, garante ele, que também atua na área de barbearias e lojas de roupas.

Dependência
O paulista Yaco Medeiros, (foto abaixo) de 36 anos, usou drogas e álcool durante 15 anos. Quando começou a consumir drogas, por volta dos 18, ele acreditava que conseguiria controlar a situação. “Eu usava de forma moderada, de vez em quando, em festas e churrascos. Comecei por curiosidade.” Aos poucos, entretanto, ele começou a aumentar a frequência de uso. Os anos se passaram e Yaco se casou, mas não abandonou a dependência química.

“Eu trabalhava em uma indústria de mármores e granitos, era o encarregado de 120 funcionários. Eu tinha um cargo legal, mas o vício começou a atrapalhar o trabalho. Eu falava para minha esposa que tinha reuniões à noite, mas saia para usar droga e ir para a noitada.”

Com o tempo, seu desempenho no trabalho caiu e a equipe começou a perceber o vício. Quando a situação ficou insustentável, ele foi demitido. Yaco conseguiu outro emprego na mesma área, mas sua situação continuava ruim. Para piorar, a esposa, Patrícia. descobriu o problema. A filha do casal, que na época tinha 11 anos, também tomou consciência da situação.

Segunda chance
O casal estava prestes a se separar, mas Patrícia decidiu convidar o marido para uma reunião da Terapia do Amor, na Universal, após ver um programa na televisão. “Eu já tinha participado da Universal na adolescência. Quando voltei, foi como se Deus falasse: ‘precisava passar por tudo isso?’. Naquele dia, resolvi tomar uma atitude. Nunca mais bebi e usei droga. Ou eu mudava, ou perdia minha família.”

Depois disso, Yaco conta que participou da Fogueira Santa. “Participar fortaleceu minha fé. Então, tomei coragem para buscar dois donos de uma empresa de mármore e granito e propus uma sociedade com eles. Como eu tinha muita experiência na área, eles aceitaram.”

Após quatro anos, Yaco deu outro passo importante. “Eu queria ter mais poder de decisão na empresa. Eu estava em uma situação confortável financeiramente, mas decidi ousar. Vendi minha parte no negócio e pouco tempo depois conheci meu atual sócio.” Segundo ele, a fé impulsionou sua vida. “Após entregar minha vida a Deus, retomei a confiança de minha família e reestruturei minha vida financeira. Hoje faço parte do programa a Última Pedra e ajudo outras pessoas também.”

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Colaborador

Rê Campbell / Fotos: Mídia FJU, Arquivo Pessoal e Demetrio Koch