ONU nega relação de judeus com locais sagrados em Jerusalém

Resolução da Unesco utiliza apenas nomes árabes para o Monte do Templo e o Muro das Lamentações

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Uma resolução anti-Israel foi aprovada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), nesta quinta-feira (13). O documento desconsidera a conexão histórica dos judeus com o Monte do Templo e o Muro das Lamentações, em Jerusalém, afirmando que esses locais são sagrados “apenas para os muçulmanos”.

A iniciativa da resolução foi da Palestina, que teve o apoio de países árabes que fazem parte da Organização das Nações Unidas (ONU) e também do Brasil, que votou a favor. O documento foi aprovado com 24 votos. Vinte e seis países se abstiveram de votar e apenas seis foram contra: Estados Unidos, Reino Unido, Lituânia, Holanda, Estônia e Alemanha.

A resolução da Unesco incluiu uma seção especial referindo-se ao Monte do Templo apenas pelo termo muçulmano “al-Aqsa/al-Haram al-Sharif” (Santuário Nobre).

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores de Israel publicou uma brochura contendo achados arqueológicos que evidenciam a relação dos judeus com o território de Jerusalém e especificamente com o Monte do Templo.

“Eles nunca leram a Bíblia”

“O teatro absurdo continua com a Unesco e hoje a organização fez a mais bizarra decisão, dizendo que as pessoas de Israel não têm conexão com o Monte do Templo e com o Muro Ocidental. Obviamente, eles nunca leram a Bíblia”, enfatizou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao se posicionar sobre o ocorrido.

E ele ainda acrescentou: “Gostaria de aconselhar os membros da Unesco a visitarem o Arco de Tito, em Roma, onde eles podem ver o que os romanos trouxeram a Roma depois de terem destruído e saqueado o Monte do Templo, 2 mil anos atrás. Pode-se ver gravado no arco a Menorah de sete braços, que é o símbolo do povo judeu, bem como o símbolo do Estado judaico hoje. Dizer que Israel não tem conexão com o Monte do Templo e o Muro Ocidental é como dizer que a China não tem conexão com a Muralha da China ou o Egito não tem conexão com as pirâmides.”

Vale destacar que Israel não é citada no Corão, livro sagrado dos muçulmanos, e que Maomé, profeta do islamismo (crença seguida pelos muçulmanos), nunca pisou na cidade.

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Colaborador

Por Daniel Cruz / Foto: israeltourism (CC) / Flickr