Se a transição da adolescência para a fase adulta tem os seus percalços, a passagem da fase adulta para a velhice não é diferente.

Para muitas pessoas a dificuldade começa justamente por ver que aquele corpo – que antes fervilhava vigor na juventude – começa a declinar as suas forças, caminhando a passos largos para a velhice. Por isso, não são poucos homens e mulheres que se deprimem ao ver a fragilidade da vida terrena e suas etapas chegando ao fim.

Soma-se a angústia de verem os músculos do corpo se afrouxarem, e os passos e a memória se tornarem mais lentos, alguns idosos sofrem ainda com o desprezo de seus entes queridos e a falta de acesso a tratamentos médicos adequados à sua idade.

A sociedade precisa tomar ciência disso, e se preparar, pois segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil está envelhecendo. A porção dos brasileiros com mais de 60 anos tem aumentado amplamente a cada ano.

Diante desta realidade, não são poucos os idosos que, nem sequer, dispõem de condições para continuarem com as suas famílias. Muitos – inclusive – estão sendo maltratados ou tendo suas necessidades básicas negligenciadas.

Com isso, as casas de repouso e asilos passam a ser o novo endereço desses senhores e senhoras, que carregam não somente o peso dos anos vividos, mas as lembranças que nem sempre são agradáveis de se recordar.

Com o objetivo de colaborar com o bem-estar desses idosos, recentemente, integrantes do Projeto Ômega, do grupo Filhos Universal realizaram, em parceria com o grupo Calebe, uma ação muito especial em diversos estados do Brasil.

No “Dia do amor ao próximo”, como foi chamada a data, os voluntários visitaram diversos asilos e casas de repouso, a fim de proporcionar aos idosos um pouco de carinho e atenção.

Além de doação de kits de higiene, eles foram em cada quarto, em cada leito e conversaram, cantaram para os idosos, ouviram a história de vida de cada um e se emocionaram a cada relato.

Porém, em uma das visitas, algo chamou atenção deles: ao chegarem ao asilo se depararam com um jovem contando histórias para uma das internas. Eram mãe e filho. Uma cena bela, mas rara, já que a maioria dos idosos não recebem visitas, estão abandonados e esquecidos nesses lugares.

Para Rayane Araújo, integrante dos Filhos Universal do estado da Bahia, fazer esse tipo de trabalho é algo único. “Poder conversar com pessoas cheias de experiências para passar não tem preço. Eles nos ensinam com cada palavra, cada gesto. Confesso que ir a esse lugar também tem o lado ruim, pois meu coração sempre fica apertado ao ver o quanto a sociedade não valoriza e rejeita aquele que cuidou com tanto carinho e amor de nós.”

“Muitos dizem que amam, mas ao passarmos aqui, vemos e entendemos que o amor real consiste em doar-se ao próximo sem esperar nada em troca”, destaca Francielle Almeida, dos Filhos Universal de Mato Grosso do Sul.

“É muito bom perceber como eles ficam felizes quando nos vê”, comemora Nathália Oliveira, integrante dos Filhos Universal de São Paulo. Ela conta que até ganhou uma avó, pois uma das idosas, ao conhecê-la, mencionou que tem uma neta com o mesmo nome e pediu para que ela voltasse mais vezes para visitá-la.

Grupo Calebe

A voluntária Ilka Almeida, integrante do grupo Calebe do estado do Espírito Santo, sentiu-se realizada por contribuir com a ação. “No sorriso estampado em cada rosto e no abraço caloroso de despedida, temos a certeza que cumprimos o Mandamento Divino de amor ao próximo. Sabendo que mais bem-aventurado é dar do que receber!”, destacou.

O Bispo Danilo Sgambatti, responsável pelo grupo Calebe no Brasil, destaca a importância de os jovens terem essa experiência e conhecerem a realidade de quem vive em um asilo.

Veja abaixo como foi “O dia do amor ao próximo” em São Paulo e Sergipe:

Para saber mais sobre o trabalho que os grupos mencionados
desenvolvem clique nos links:
Filhos Universal e Calebe.

(*) Com informações do grupo Filhos Universal

Confira abaixo as fotos da Ação nos Estados: