Madagascar: Universal chega ao país de maneira curiosa

Conheça a trajetória da Igreja no país do continente africano

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A Universal chegou ao continente africano em 1992. Em Madagascar, a maior ilha da África, a Igreja abriu suas portas da Salvação há mais de duas décadas, em 1997, de uma maneira curiosa: na ocasião, a intenção, na verdade, era estabelecer o Evangelho nas Ilhas Maurício, no oceano índico.

O Pastor Miguel Mafumisse, atual responsável pelo trabalho evangelístico no país, conta que, o Bispo Edir Macedo havia orientado, na época, o Bispo Eduardo Bravo a abrir a Igreja nas Ilhas Maurício. Porém, ele comprou as passagens para Madagascar. “Quando ele percebeu, já estava no país. Apesar do equívoco, ele permaneceu no local e começou o trabalho, com a benção de, meses depois, instalar também a rádio e a televisão da Igreja”, detalha ele.

No país, as primeiras reuniões eram realizadas nas casas. Apesar de contar com a presença de poucas pessoas, desde sempre o objetivo da Igreja foi o mesmo: salvar vidas. Segundo o Pastor Miguel, a Universal foi a primeira Igreja a levar a mensagem de libertação e cura no país nos anos 2000 (foto abaixo em 2005). E, no local onde o idioma oficial é o francês, quem não falava a língua não tinha outra alternativa a não ser aprendê-lo. “Não foi fácil”, relembra o Pastor.

Época difícil

A história do Pastor Miguel – que é nascido em Moçambique, país do sudeste do continente africano -, na Universal de Madagascar começou no ano de 1999, quando ele chegou à ilha para assumir o trabalho de evangelização por lá.

Segundo conta, era uma época muito difícil, pois a Obra de Deus não tinha nenhuma condição. “Chegamos a viver na mesma casa com outros cinco casais. O país era muito sujo, com muitas pessoas em situação de rua, que faziam as necessidades fisiológicas em todos os lugares”, relembra ele.

Naquela época, continua o Pastor, o cheiro era muito forte. “Me lembro que tinha que andar com a cabeça levantada nas ruas para não ver tamanha sujeira”, detalha ele.

Crescimento da Universal

Três anos mais tarde da chegada do Pastor Miguel, em 2002, a Universal cresceu muito por lá e, com sua expansão, consequentemente, começou a sofrer com as perseguições. Na época, as igrejas tradicionais se uniram a um candidato à presidência, durante as eleições, que disse que, se por ventura ganhasse, fecharia as portas da Universal no país. O resultado então, culminou no fechamento das Igrejas, em 2004. E, com isso, a extradição de pastores.

Foram tempos muito complicados. O Pastor Miguel conta que os membros queriam se manifestar, mas eles tinham de impedir todo tipo de violência e apaziguar o povo.

“Vivemos uma situação muito difícil. Fomos presos e expulsos do país”, relembra ele. O Pastor conta também que, nessa época, eles eram detestados por muita gente.

“Éramos vigiados constantemente”, relembra ele.

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Reabertura das portas

No entanto, por conta de mudanças políticas, foi possível conseguir uma documentação para que a decisão fosse reavaliada e, assim, a Universal foi reaberta e registrada oficialmente em 2009. Na época, a direção do trabalho estava sob o comando do Bispo Antônio Lobato.

Durante esses 5 anos, até que a Igreja fosse reaberta, o país só tinha pastores auxiliares nacionais, e foi com eles que o Bispo Antônio manteve o trabalho da Universal. “Não foi fácil, pois eles tinham que tomar conta de províncias que estavam a mais de 500 quilômetros de distância”, conta o Pastor Miguel.

Mas, Deus honrou. Com a retomada do trabalho evangelístico no país, a Igreja continuou com a sua missão de ganhar almas. O Pastor Miguel retornou ao país apenas no ano de 2015, como líder, além de outros pastores que estavam proibidos de entrar, mas que, com a permissão, puderam dar continuidades às suas atividades.

Expansão da Universal no país

Mesmo com tantas dificuldades a Igreja não se enfraqueceu e buscou forças em Deus para seguir em frente. Nesses últimos dois anos, de 2016 até hoje, a Universal abriu cerca de 20 portas da Salvação no país, consideradas prontos-socorros espirituais para os aflitos. “Esperamos abrir outras mais. Atualmente, estamos com 32 Igrejas e pensamos em inaugurar, no mínimo, dez novos templos por ano, até 2020. Queremos chegar a mais de 50 igrejas e atender as 22 regiões de Madagascar”, enfatiza o Pastor.

Nos locais onde a Universal realiza a Obra de Deus, por dia, acontecem cinco reuniões nas igrejas maiores, e três, nas menores. “Aos domingos, todas as igrejas são superlotadas. Usamos a rádio e a televisão para evangelizar, distribuímos folhetos e fazemos muitas concentrações. Devido à necessidade do povo, a cada 2 meses realizamos a Concentração de Fé e Milagres nos ginásios”, ressalta.

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Evangelização para todos

Ainda segundo o Pastor Miguel, a Igreja também leva a Palavra onde muitos não são ouvidos: dentro dos presídios. “Temos um trabalho forte com os prisioneiros. Além da necessidade da alma, há muita miséria nesses locais; para se ter uma ideia, somente no presídio da capital, em Antananarivo – onde estão cerca de 3 mil presos -, é servida apenas mandioca seca uma vez ao dia. A realidade é triste. Assim, precisamos ajudar essas pessoas que não têm como encontrar solução nem mesmo para se alimentar dignamente”, conta ele.

Além dos trabalhos realizados dentro das penitenciárias, os voluntários também se dividem em oferecer assistência para as mulheres sofridas, por meio do grupo Godllywood. Com o auxílio do grupo Força Jovem Universal (FJU) muitos jovens também têm recebido amparo. Além, também, das atividades realizadas pelo Calebe, com as pessoas da terceira idade.

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Colaborador

Por Débora Picelli / Fotos: Cedidas pela Universal em Madagascar