“Eu perguntava para Deus quando seria feliz”

Josiane Silva viveu muitas perturbações e privações desde a infância. Tudo mudou quando ela decidiu buscar a paz pela qual ansiava no lugar certo

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Josiane Silva, de 21 anos, cresceu em um lar conturbado. Seus pais brigavam muito e toda a família vivia em uma situação de miséria. Ainda na infância, ela passou a ver vultos e ouvir vozes. Aos 12 anos, começou a se envolver com más amizades. Foi quando tudo mudou. “Comecei a beber e a me prostituir. Eu saía na quinta-feira para as baladas e voltava para casa no domingo. Eu só queria me envolver com homens casados e traficantes”, recorda.

Aos 13 anos, Josiane começou a namorar com um traficante. Ela engravidou dele, que era um homem casado, e ele não quis assumir a criança. A gestação não chegou ao final.

Depois disso, ela sofreu muita perseguição e humilhação. “Mesmo acontecendo tudo isso, continuei saindo para as baladas. Usava vários tipos de drogas, bebia muito e fumava cigarro. Eu fazia tudo isso para me sentir preenchida e amada, porque eu era muito frustrada. Eu queria alguém para me amar, mas não encontrava. Eu procurava isso em bebidas e homens”, diz.

Josiane se afundava cada vez mais em relacionamentos abusivos. Ela começou um novo relacionamento com outro traficante e a situação dela piorou. “Eu fui morar com ele. Todo dia, eu apanhava. Estava sempre com o olho roxo e o braço machucado, mas, ainda assim, achava que o relacionamento me traria felicidade.”

Josiane engravidou e achou que isso mudaria as atitudes do rapaz. Nada mudou. Para revidar as agressões, ela começou a traí-lo.

A situação se agravou tanto, que Josiane chegou a ameaçar o rapaz com uma faca, caso ele tentasse bater nela novamente. Nesse dia, ela dormiu com a arma debaixo do travesseiro.

Dias depois, o rapaz começou a frequentar a Universal. Josiane acompanhou a transformação dele e percebeu que ele realmente era uma nova pessoa. Decidiu que também queria passar por aquela mudança de vida.

Ela começou a frequentar as reuniões de libertação, mas era resistente e nutria um preconceito contra a Universal.

Aos poucos, reconheceu que ainda mantinha atitudes equivocadas e começou a colocar em prática o que aprendia nas reuniões. Ela se batizou nas águas e passou a se entregar cada dia mais. Libertou-se dos vícios e de tudo o que fazia de errado. “Quando eu vivia no sofrimento, perguntava para Deus quando seria feliz. Hoje, tenho a verdadeira felicidade. O meu vazio foi preenchido por Deus”, diz.

Ela se casou com o namorado, que largou o tráfico e se libertou. Hoje, o casal tem dois filhos e forma uma família firme e de fé.

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Colaborador

Por Michele Francisco/ Foto: Cedida