Grupo é recebido pelo Secretário de Justiça e Cidadania de São Paulo

Reunião teve a presença de ex-internos, que hoje são exemplo para outros jovens

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Ressocializar significa tornar sociável aquele que está desviado das regras morais e/ou costumeiras da sociedade. Este é um dos maiores desafios, atualmente, das políticas públicas direcionadas aos jovens que cumprem medidas socioeducativas.

Com este foco, recentemente, o secretário da Justiça e Cidadania do Estado de São Paulo, Paulo Dimas Mascaretti, que também preside a Fundação Casa, recebeu a visita do deputado estadual Gilmaci Santos (PRB) e do Pastor Ulisses Gomes Teixeira, responsável geral do grupo  Universal Socioeducativo (USE), além de ex-internos da Fundação, que atualmente são voluntários no trabalho evangelístico que a Igreja realiza nas unidades para menores.

O tema do encontro foi a importância das ações que a Universal realiza dentro das unidades socioeducativas. Foi ressaltado que a Fundação Casa cumpre o seu papel, mas, ao término das medidas, muitos jovens ficam vulneráveis e, infelizmente, voltam a praticar infrações.

Resultados surpreendentes
O Pastor Ulisses disse que quando há uma política pública aliada à fé os resultados são surpreendentes. “A fé é a única forma que estes jovens têm aqui fora para acreditarem em si mesmos e assim renunciarem à vida errada que viviam. Mostramos para o secretário que o investimento na educação espiritual deles trará muito mais êxito para o Estado do que tem sido alcançado até hoje.”

Ele explicou que a educação espiritual consiste em ensinar o caráter cristão aos jovens e mostrar que eles podem ser reintegrados à sociedade, trabalhar e viver de uma forma digna, o que fará com que sua vida, seu caráter e seu espírito sejam admirados e não condenados.

Guiados pela fé
O jovem César Oliveira, de 20 anos, um dos ex-internos presentes ao encontro, é um dos exemplos. Ele foi levado para a Fundação Casa cinco vezes: três por tráfico e duas por assalto. Na primeira vez, ele tinha 13 anos. Ao todo, ele cumpriu três anos e meio de internação.

César também coordenou rebeliões e conseguiu fugir algumas vezes, mas em um determinado momento decidiu mudar. Foi participando das reuniões da Universal em uma das unidades que ele ouviu a Palavra de Deus e repensou suas escolhas. “Permiti que aquelas palavras entrassem em meu coração. Eu sabia das lutas que enfrentaria aqui fora para manter a decisão que eu estava tomando, mas ou eu me entregava completamente a Deus ou continuaria naquela vida. Assim, ainda lá dentro, decidi me batizar nas águas”, contou.

Há dois anos César saiu da Fundação e, desde então, garante que seu envolvimento e dedicação a Deus são suas prioridades. “Hoje tenho a alegria de ser um voluntário neste trabalho e tenho procurado passar para outros jovens o que Deus me deu”, concluiu.

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Colaborador

Núbia Onara / Fotos: Cedidas