As lições que a macrossérie Jezabel deixou

Ao contar a história da princesa fenícia, a trama ofereceu ensinamentos aos telespectadores

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Chegou ao fim a macrossérie Jezabel, exibida pela Record TV. A trama, inspirada nas Escrituras Sagradas (especificamente nos livros de 1 Reis e 2 Reis do Antigo Testamento), contou a história da princesa fenícia e idólatra, interpretada por Lidi Lisboa. Movida por interesses políticos, ela se casa com o rei israelita Acabe (André Bankoff). Na história, Jezabel usa a beleza, a sedução e muita maldade para impor ao povo israelita a adoração aos deuses pagãos Baal e Aserá.

Infelizmente, a maioria do povo acatou as imposições da rainha e negou a fé em Deus. No entanto o profeta Elias, interpretado pelo ator Iano Salomão, e outros profetas e israelitas continuaram fiéis ao Senhor e por isso foram perseguidos, caluniados e difamados por ela.

A mulher forte?
O telespectador, que acreditou que veria na macrossérie uma mulher de fibra e empoderada, logo percebeu que, no fundo, ela era digna de pena e não de admiração. Como quem planta sempre colhe, o final de Jezabel não poderia ter sido outro a não ser o que foi mostrado nas últimas cenas.

Depois que Jeú (Fernando Val) é ungido a novo rei de Israel a mando de Eliseu (Ronny Kriwat), Jezabel perde seu filho Jorão (Diyo Coelho) em uma batalha liderada pelo novo comandante. A rainha não aceita tamanha afronta, pinta os olhos e arruma os cabelos com os mais lindos acessórios para desafiá-lo. Mesmo sabendo que poderia morrer, Jezabel continuou com seu orgulho.

Jeú ordena que os eunucos da rainha a joguem pela janela para matá-la e eles cumprem a ordem. O sangue dela atinge as paredes do palácio e seu corpo é devorado pelos cães que passavam por ali. As cenas foram baseadas no que é relatado em 2 Reis 9.33-36: “Então disse ele: Lançai-a daí abaixo. E lançaram-na abaixo; e foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e Jeú a atropelou.

Entrando ele e havendo comido e bebido, disse: Olhai por aquela maldita, e sepultai-a, porque é filha de rei. E foram para a sepultar; porém não acharam dela senão somente a caveira, os pés e as palmas das mãos. Então voltaram, e lho fizeram saber; e ele disse: Esta é a palavra do Senhor, a qual falou pelo ministério de Elias, o tisbita, seu servo, dizendo: No pedaço do campo de Jizreel os cães comerão a carne de Jezabel”.

Aprendizados
Além de contar a história da princesa fenícia e levar o público a conhecer uma protagonista que jamais deve ser um exemplo a ser seguido, a macrossérie ofereceu muitos aprendizados.

A telespectadora Camila de Souza, de 28 anos, conta sua experiência. Ela explica que Jezabel era uma mulher forte, que tem muito a ver com o empoderamento defendido de maneira equivocada por muitas mulheres atualmente.

Para Camila, se conhece de fato quem era essa rainha ao se compreender que a dor e o vazio que ela trazia na alma estavam escondidos atrás de suas atitudes maldosas e de sua ambição. “Eu aprendi com a trama que é preciso nos autoanalisarmos e questionarmos se não temos um pouco de Jezabel em nós. Podemos perceber nas pequenas coisas se estamos no caminho certo”, esclarece.

Ela relembra uma cena que a levou a refletir: “foi quando Jezabel prepara um presente de casamento para o profeta Micaías (Guilherme Dellorto) e sua esposa, Raquel (Sthefany Brito). Ao entregá-lo a Rebeca (Talita Castro), a mãe do profeta, Jezabel recebe um abraço. Acho que ela não esperava aquela reação carinhosa, tanto que ela até se emociona. É como se ela tivesse esperado por aquele abraço, aquela forma de afeto, por toda a sua vida”.

Camila (foto esq.) enfatiza que também aprendeu uma lição valiosa com a personagem Rebeca: “ela ofereceu o seu melhor, mas, mesmo quando recebemos o pior de uma pessoa, alguém que só nos faz mal, devemos agir como ela: retribuir com o bem.”

O público pode obter vários ensinamentos ao acompanhar as tramas da Record TV, como a reprise de O Rico e Lázaro, que vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 20h45.

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Colaborador

Maiara Máximo / Fotos: Edu Moraes e Demetrio Koch