Os complexos o levaram para o mundo das drogas

Gabriel Passos encontrou solução e novo rumo para sua vida

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O vendedor Gabriel Passos Ribeiro da Silva, de 20 anos, (foto abaixo) sofreu na infância com a separação dos pais. Ele conta que depois disso sua mãe se tornou uma pessoa depressiva e violenta. “Minha mãe tinha surtos de raiva e, quando isso acontecia, me agredia por qualquer razão. Eu me aproximava só quando ela me pedia desculpas e queria que eu ficasse perto dela”, afirma.

Gabriel tinha complexo de inferioridade e depressão, como sua mãe. Era filho único e se sentia muito sozinho. Aos 12 anos, por influência de “amigos”, fumou maconha. “Eu me sentia inferior aos demais garotos, estava acima do peso e me achava feio. Passei a acreditar que os jovens que usavam drogas eram mais espertos e descolados. Eu queria me sentir alguém, mas a depressão anulava minha autoestima.

Desejei ter o que eles tinham, como amizades e mulheres. Encontrei nas drogas um suposto refúgio que me fazia esquecer dos problemas.”

Com o passar do tempo, a maconha já não surtia efeito e Gabriel se viciou em cocaína. Ele tinha apenas 14 anos. Sem dinheiro para sustentar o vício, ele passou a praticar assaltos e correu risco de morte durante as fugas da polícia, os assaltos e nos lugares que frequentava. Ele lembra que a maioria de seus colegas daquela época foi morta ou presa.

Depois de se tornar dependente químico, ele afirma que o relacionamento com a mãe se tornou insustentável e logo foi expulso de casa.

“Eu andava muitas vezes sem rumo e ficava dias fora de casa. Nesse período, achando que teria livre acesso às drogas, me envolvi com o tráfico. Mas, mesmo assim, tinha que pagar o que consumia. Carrego lembranças amargas dessa época, como do dia em que usei tanta cocaína que tive um princípio de overdose. Achei que fosse morrer”, recorda.

Novo rumo
Ao voltar a morar com a mãe, Gabriel percebeu que ela estava diferente. Ela o tratava com carinho e já não tinha depressão. A mulher paciente e carinhosa que ele encontrou não parecia aquela mulher violenta que ela tinha sido um dia.

A mãe de Gabriel estava frequentando a Universal e convidou o filho para participar do Tratamento a Última Pedra, realizado aos domingos na Igreja e que tem o objetivo de ajudar dependentes químicos e viciados a alcançarem a cura.

Vendo a mudança positiva no comportamento da mãe, Gabriel aceitou o convite e assim travou uma luta contra o vício que o aprisionava.

“Na Universal entendi que os complexos e a depressão que eu tinha eram na verdade um vazio de Deus e que ninguém poderia preencher aquele vazio, nem as amizades, nem as mulheres com as quais me envolvi e muito menos as drogas. Eu tinha perdido tempo, pois somente Deus poderia me ajudar.”

O jovem perseverou na frequência às reuniões e conta que não foi fácil, mas que não demorou para que deixasse de sentir desejo de consumir drogas. Ele também se libertou da depressão e dos complexos que o fizeram sofrer. “Eu procurei em Deus o que faltava dentro de mim e, depois do meu encontro com Ele, recebi o verdadeiro refúgio e solução para a minha vida , finaliza.

Hoje Gabriel trabalha, tem sonhos e perspectiva de futuro. Ele diz que é muito feliz e tem um ótimo relacionamento com a mãe e os familiares. Ele acrescenta que não gosta nem de imaginar o que teria acontecido com ele se não fossem as oportunidades que Deus lhe deu em sua vida.

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Colaborador

Kelly Lopes / Fotos: Mídia FJU e Cedida