Como identificar uma conversa tóxica?

Entenda como uma palavra pode influenciá-lo negativamente e veja como agir

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Você já esteve em uma roda de conversa em que o assunto discutido lhe causou sentimentos ruins? Pode ter sido uma fofoca sobre algo ou alguém, uma opinião contrária aos seus valores ou até mesmo o uso de palavras ofensivas, como xingamentos e palavrões. Se a resposta for afirmativa, você já participou de uma conversa tóxica.

Tóxico é aquilo que envenena e que produz efeitos nocivos ao organismo. E é exatamente isso que participar de papos contrários à fé faz com a vida de uma pessoa: a envenena.

O Bispo Edir Macedo é enfático quando diz: “fuja das más companhias”. O líder espiritual da Universal ressalta que “é impossível conviver com alguém e não ser influenciado de alguma forma por ele. Por isso, saber selecionar o círculo de amizades é essencial para quem deseja manter a fé, o temor e a conduta irrepreensível diante de Deus”.

Necessidade de aceitação
William dos Santos Damasceno, (foto abaixo) de 27 anos, operador de telemarketing, lembra que, mesmo conhecendo a Verdade, se deixou levar pelo modo de vida de seus “amigos”. “Eu queria agradar os dois mundos, luz e trevas, essa era a verdade. Não aceitava não me sentir querido e lembrado. Então, eu buscava cultivar a amizade com eles e achava que os pensamentos deles não me afetariam, mas me afetaram”, conta.

Os colegas de William eram contra a Universal e teciam muitos comentários maldosos. “Toda vez que estávamos conversando, eles faziam piada de Deus, falavam mal da Igreja, dos bispos e dos pastores. Eu ficava quieto e às vezes ria só para não ficar mal com eles. Aos poucos, essas palavras entraram no meu coração e me tornei revoltado com tudo que se relacionava à fé”, acrescenta.

Assim, o rapaz se afastou de Deus e passou a agir de forma semelhante àquelas pessoas. “Lembro que convenci minha mãe a não ler a Bíblia nem ver a programação da Igreja na TV, porque estava duvidando da fé. Até que um dia, em um ato de vandalismo, fiz uma pichação e fui pego pela polícia. Quando olhei ao redor todos aqueles ‘amigos’ tinham me abandonado.”

Foi quando, sentindo um vazio enorme, William decidiu dar uma segunda chance a si mesmo. “Em 2018, uma amiga, que hoje é minha noiva, me chamou para ir à Universal. Aceitei o convite e entendi que as conversas e as amizades que eu tinha só me fizeram mal. Foi aí que aprendi que a amizade verdadeira é aquela que aproxima você de Deus e não a que lhe incentiva a fazer coisas erradas”, afirma.

William relata que precisou se afastar de todos com o objetivo de nascer para uma nova vida. “Hoje não faço mais questão de ser aceito por todo mundo e sei me posicionar em qualquer lugar. Se falam algo para caçoar da minha fé ou do meu Deus, logo me afasto. Se não exigirmos respeito, ninguém nos respeitará”, conclui.

Posicionamento necessário
Infelizmente, muitos cristãos inventam desculpas para justificar a participação em conversas tóxicas. Mas não adianta tentar se convencer de que é possível andar com os ímpios e não ser confundido com eles. E, em 1 Coríntios 15.33, o apóstolo Paulo orienta: “não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes.”

O rei Davi também fez questão de registrar um salmo sobre o tema em que está descrito: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” (Salmos 1.1).

Vale lembrar que ímpio é aquele que não vive de acordo com a fé e escarnecedor é aquele que zomba e difama. Então, é só pensar: que tipo de fruto se conquista convivendo com uma pessoa que tem valores contrários aos de Deus?

Às vezes, você não consegue reconhecer se uma pessoa é tóxica imediatamente, mas pode identificar a conversa tóxica. É uma opinião sutil que questiona a Palavra, uma brincadeira de mau gosto contra a Igreja, uma fofoca sobre o pastor, enfim uma semente ruim que, se não for eliminada, pode corromper tudo o que Deus tem feito em sua vida.

Vale lembrar que há “lobos em pele de cordeiro” dentro das igrejas também. São os ímpios que fingem que são de Deus para afastar as pessoas da presença dEle e fazê-las viver no engano.

Quando se tem um relacionamento verdadeiro com Deus, a pessoa não consegue fazer nada que desagrade o Altíssimo. Ela sente a dor do Pai quando vê a maldade nas palavras de zombaria.

Por isso, não se iluda achando que você deve conviver mais do que o necessário com fulano ou ciclano só porque vocês são do mesmo colégio, da mesma Igreja ou trabalham no mesmo lugar. O verdadeiro cristão é alguém que se posiciona e não participa de nada que desagrade o Altíssimo. O diabo tenta soprar na mente das pessoas que se elas se afastarem do que é tóxico perderão, mas esse é o papel dele, não é mesmo?

Já Deus afirma que se você blindar sua fé, Ele será contigo todos os dias, até o fim. “E, por causa do meu Nome, sereis odiados de todos.

Contudo, aquele que permanecer firme até o fim será salvo.” (Mateus 10.22).

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Gettyiamges e Demetrio Koch