“Era para ser o fim da linha”

Conheça a história de Valter, um criminoso que teve a vida transformada, por meio da fé. Assista no Programa Entrelinhas, pelo Univer Vídeo

Imagem de capa - “Era para ser o fim da linha”

Recentemente, o Programa Entrelinhas – que vai ao ar todos os domingos, às 20h, pelo Univer Vídeo -, trouxe a história do ex-presidiário Valter de Jesus que, conforme contou, desde criança já apresentava alguns sinais de transtorno de conduta, como, por exemplo, furtar dinheiro da bolsa da mãe e da avó para jogar fliperama.

Com o passar do tempo, e influenciado pelas más amizades, essa inclinação para a criminalidade aumentou. Mas foi aos 18 anos, quando Valter começou a trabalhar numa loja de videogame (localizada no centro da cidade de São Paulo), que esses delitos tomaram uma dimensão ainda maior e mais perigosa. Podemos dizer que foi sua “entrada oficial” no mundo da criminalidade.

Um profissional do crime

Aparentemente, era uma loja como outra qualquer, no entanto, o proprietário a usava para realizar diversas transações ilegais e criminosas, nas quais Valter também passou a se envolver.

“Era uma loja normal e eu um simples vendedor. Mas, ele tinha vários esquemas errados e eu comecei a me envolver. Ele estava sempre me arrastando para uma coisinha aqui, outra ali e eu fui tomando gosto”, relembra Valter, acrescentando que o que ele ganhava em um mês, nessas transações, acabava levantando em um dia.

A princípio fazia clonagem de linhas de telefone celular. Depois, pequenos furtos. Em seguida, veio o roubo a uma transportadora que fazia um carregamento de mídias, na época, valiosíssimas.

Sem se dar conta, Valter se afundava cada vez mais. “Comecei a usar roupas de grifes e frequentar as baladas mais caras de São Paulo. Tudo isso me enchia os olhos e quando eu fui ver, já estava muito envolvido”, lamenta.

Leita também:

Entrelinhas: O perigo das fake-news

Entrelinhas Especial: perguntas e respostas acerca do Espírito Santo

Entrelinhas: O poder do perdão

“Negócios” em expansão

Não demorou para ele se tornar também estelionatário. Fazia clonagem de cartões de crédito e cheques.

Aquele, que antes era seu empregador, agora se tornara seu sócio nos “negócios”. Contudo, um desentendimento entre os dois, no qual houve troca mútua de ameaças de morte, fez com que Valter rompesse aquela sociedade e abandonasse as lojas. Mas, não a criminalidade.

Valter, então, passou a praticar assaltos à mão armada. Porém, tudo muito bem esquematizado e planejado: vítima, mercadoria, local e hora. Ele ia para o “tudo ou nada”. Se tivesse que atirar para ter sucesso na “operação”, agia sem dó nem piedade.

Nesse ínterim, Maria José, mãe de Valter, nem sequer imaginava as coisas erradas que o filho estava envolvido. “Eu, como mãe, desconfiava, mas ele fazia tudo muito bem escondido. Eu vim saber de toda a verdade quando ele foi preso e fui visitá-lo. Pela primeira vez ele me contou tudo”, conta.

Embora já tivesse ido à Universal algumas vezes, e até prometido a si mesmo e a Deus que sairia da vida do crime, no dia seguinte já estava de volta às atividades ilegais e tudo permanecia igual.

A prisão

Depois de um lucrativo assalto realizado em São Paulo, Valter e seu comparsa resolveram passar férias em Pernambuco. Entretanto, acabaram sendo presos ao se envolverem em mais um assalto numa pequena cidade do estado.

Mesmo na cadeia, dentro de uma cela com mais 40 detentos, Valter seguiu com suas atividades criminosas. Agora, traficando armas e drogas.

Nesse meio tempo, a mãe lutava por ele em oração nos cultos da Universal.

Depois de liderar uma rebelião, Valter foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima, onde ficou na solitária por 30 dias. Foi dentro dessa cela de cinco metros quadrados, que ele caiu em si e decidiu mudar a sua história.

A solitária e a Bíblia

“Ali era para ser o fim da linha. Quando cheguei nessa situação, todo quebrado, ensanguentado, com a cabeça rachada, vi que tinha uma Bíblia dentro do castigo. Foi o momento do ‘basta’, pois, eu percebi que, realmente, o crime não compensa. Ali, eu ouvi a mesma voz que Abraão ouviu: ‘sai dessa vida’. Veio tudo na minha cabeça: todos os convites que a minha mãe me fez; todas as vezes que eu desprezei a Deus. Então, eu falei que se Ele me desse mais uma chance, quando eu saísse daquele lugar eu seria uma nova criatura e O serviria pelo resto da minha vida”, descreve.

Assim, após cumprir os 30 dias de solitária, Valter saiu daquele lugar determinado a não ser mais a mesma pessoa. “Fiquei mais um ano preso, me desviando de tudo o que não prestava. Deixei de usar drogas, parei de traficar e comecei a pagar o preço que tinha de pagar. Não tinha igreja, pastor, nada: eu só tinha a Bíblia”.

A liberdade

Enquanto isso, a mãe seguia lutando pelo filho por meio da fé. Em 2009, depois de se lançar completamente na Fogueira Santa de Israel, e ficar totalmente na dependência de Deus, veio a liberdade.

E se antes Valter tinha disposição para o crime, muito mais passou a ter para Deus. Ao sair da prisão, procurou uma Universal e se batizou nas águas.

Aqui fora, como acontece com todos os ex-presidiários, se deparou com o preconceito e a discriminação. Ele não conseguia emprego, todas as portas estavam fechadas e ele ainda tinha um filho pequeno para sustentar. Mas nada disso o fez desistir. Valter permaneceu firme na fé e perseverando com Deus.

Vida transformada

O resultado? Uma vida transformada em todos os aspectos.

Quer saber como isso aconteceu? Acompanhe o desfecho da história de Valter no Univer Vídeo. Caso queira assistir a outros episódios do programa Entrelinhas, eles também estão disponíveis. Acesse agora mesmo e confira.

imagem do author
Colaborador

Jeane Vidal / Fotos: cedidas