Cuidado com a Febre Maculosa e a doença de Chagas

Surtos recentes dos dois males acendem sinal de alerta à população

Imagem de capa - Cuidado com a Febre Maculosa e a doença de Chagas

A cidade de Contagem, na região metropolitana de Minas Gerais, registrou recentemente 54 notificações de febre maculosa. Até o fechamento desta edição, quatro pessoas haviam morrido em virtude da doença, seis casos foram confirmados e o restante está sendo investigado.

O número de ocorrências fez com que o Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde de Contagem e do Estado de Minas Gerais realizassem pesquisas epidemiológicas na região e dedetização de casas na área em que ocorreu o surto da doença. Ao todo serão realizados quatro ciclos de desinsetização.

Incidência
A incidência da febre maculosa é mais comum em pessoas que vivem ou frequentam áreas rurais infestadas por carrapatos. “É uma doença infecciosa, febril aguda, de gravidade variável, causada por uma bactéria transmitida por carrapatos e tem início abrupto. Os principais sintomas são febre elevada, dor de cabeça e dores intensas no corpo, seguida de erupções cutâneas, principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. O tratamento é feito com antibióticos oferecidos gratuitamente no SUS”, esclarece em nota o Ministério da Saúde.

Prevenção I
O órgão explica que para a prevenção alguns cuidados devem ser tomados: “Ao caminhar em parques, não sair das trilhas pois, geralmente, há menor possibilidade de encontrar carrapatos nelas. Recomenda-se o uso de camisas de mangas longas, botas e de calça comprida com a parte inferior dentro das meias, todos de cor clara para facilitar a visualização dos carrapatos. Quanto mais rápido uma pessoa retirar os carrapatos de seu corpo, menor será o risco de contrair a doença”.

Outra doença
Outra enfermidade que também preocupa a população é a doença de Chagas. Em Pernambuco, por exemplo, 31 pessoas estão em tratamento. “A doença é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pela picada de insetos hematófagos, popularmente conhecidos como barbeiros ou bicudos. A doença apresenta-se clinicamente em duas fases distintas, a aguda (aparente ou não), e uma fase crônica, que pode se manifestar nas formas indeterminada (assintomática), cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva”, avisa o Ministério da Saúde.

Prevenção II
De acordo com o órgão, uma das formas de prevenção é evitar que o “barbeiro” forme colônias dentro das residências: “Em áreas onde os insetos possam entrar nas casas voando pelas aberturas ou frestas, a prevenção deve ser feita com uso de mosquiteiros ou telas metálicas.

Recomenda-se também repelentes, roupas de mangas longas durante a realização de atividades noturnas como caçadas, pesca ou pernoite em áreas de mata. Para a prevenção da transmissão oral é importante seguir todas as recomendações de boas práticas de higiene e manipulação de alimentos, em especial aqueles consumidos in natura”.

Orientação
O Ministério orienta que o mais importante em relação a essas doenças é a suspeição oportuna dos casos leves para se evitar o agravamento delas e, consequentemente, o óbito. Por isso, fique atento aos insetos e aos sinais.

imagem do author
Colaborador

Eduardo Prestes / Foto: Alex de Jesus