“Não vou ficar com essa doença”

Saiba como a fé reverteu o diagnóstico de Síndrome de Sjögren da qual Eliana Cristina da Silva Chagas era portadora

Imagem de capa - “Não vou ficar  com essa doença”

Em meados de 2018, Eliana Cristina da Silva Chagas, de 46 anos, sentia ardor nos olhos e secura na boca – ambos lhe causavam um grande incômodo. No entanto, não foram esses os sintomas que a levaram a procurar ajuda médica, mas uma alergia. “Suspeitei de uma reação alérgica depois que cuidei de um gato. Quando o doei, a coceira cessou, mas eu já havia passado em uma dermatologista, que quis investigar a causa. Fiz uma bateria de exames e não houve anormalidade em nenhum. Mas a médica insistiu e pediu novos exames para doença autoimune. Então veio o diagnóstico de Síndrome de Sjögren primária (quando ela se manifesta como a única doença autoimune atuante)”, descreve.

Descoberta
A Sociedade Brasileira de Reumatologia descreve a Síndrome de Sjögren (SS) como uma doença autoimune que se caracteriza “pela secura ocular e na boca associadas à presença de autoanticorpos ou sinais de inflamação glandular”. Isso acontece porque as células de defesa, chamadas de linfócitos, atacam as glândulas lacrimais e salivares, produzindo um processo inflamatório que acaba por prejudicá-los, impedindo suas funções normais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eliana, que é auxiliar de enfermagem, sabia das consequências que a doença poderiam ocasionar. “Se não cuidar, pode haver comprometimento na visão, complicações na boca. A síndrome é tratável, mas pode causar muitos problemas de saúde”, ressalta. A auxiliar explica que origem da doença é genética e que, normalmente, a filha herda da mãe.

“A médica disse que nasci com essa doença e, para que ela não evoluísse, eu precisaria fazer tratamento para o resto da vida. Mas eu rebati: ‘Não nasci e não vou ficar com essa doença. Volto daqui a um mês e não vou ter mais nada’”, recorda.

Uso da fé
A auxiliar de enfermagem chegou à Universal há sete anos e, desde então, aprendeu o poder da fé. “Cheguei em um momento crítico da minha vida, querendo dar um fim nela. Enfrentava problemas familiares”, conta. “Saí de casa, em um domingo, querendo me jogar de um viaduto. Passando por um, avistei uma igreja e escutei louvores que chamaram a minha atenção. Chorando, fui acolhida por uma obreira que me perguntou o que estava acontecendo. Fui a semana toda e só depois percebi que estava na Igreja Universal”, acrescenta.

A partir dali, com a fé despertada, Eliana percebeu que nada seria impossível. Por isso, quando recebeu o diagnóstico, ela não se abalou.

Ela se agarrou à Palavra de Deus, não desanimou e determinou a cura pela fé.

Atitude
Até refazer o exame, Eliana participou das reuniões de cura com o propósito do lenço consagrado às terças-feiras. Aos domingos, ela levava uma garrafa de água para ser consagrada. O novo exame foi realizado em um sábado e, na quinta-feira, Eliana voltou com o resultado. Entrou no consultório sorrindo, pois o exame mostrava na conclusão: “Não reagente”. A médica ficou sem entender, mas o resultado era claro. Ela estava curada.

Cura dupla
Essa não foi a única experiência que Eliana teve com a sua fé. Em 2016, ela descobriu um hipertireoidismo por meio de um exame de rotina. A doença é o resultado da produção excessiva dos hormônios da tireoide, que causam um desequilíbrio no organismo.

Um ano e meio antes de descobrir a doença, ela sentia cansaço, sonolência e sofria com queda de cabelo. Procurou um clínico-geral, que, por sua vez, a encaminhou para um endocrinologista. A enfermidade foi confirmada e o tratamento medicamentoso foi prescrito.

Porém, como na primeira situação, ela fez o uso da fé. Fez um novo exame e o resultado deu negativo para hipertireoidismo. “Quando fiz o segundo exame, o médico pensou que eu tinha tomado o remédio, mas eu mostrei a caixa fechadinha. Ele disse que eu teria que fazer uns 30 exames para saber se realmente estava curada. Eu falei que faria 50 exames se fosse necessário. Mas só fiz cinco, um em cada lugar. E todos deram negativo”, recorda.

Aprendizado
Ela observa que problemas de saúde pedem acompanhamento médico e de especialistas, mas não despreza o papel indiscutível da fé.

Eliana destaca a necessidade de equilíbrio e de sabedoria na busca da cura pela fé, pois, como analisa, o milagre não acontece no nosso tempo, “mas no tempo de Deus”.

Independentemente do período necessário para a solução de cada problema, ela não duvidou de que o milagre aconteceria e, hoje, entende que o que ela enfrentou foi para que houvesse um testemunho oportuno para que fosse possível levar a Palavra de Deus para as pessoas. “Eu dizia a mim mesma: ‘Se Jesus curou tantas pessoas no passado, porque, hoje, não vai me curar?’ Quando você tem certeza dentro de si, então, acredita e, porque acredita, você alcança”, encerra Eliana.

Atualmente, ela é evangelista do Grupo da Saúde, que presta auxílio espiritual aos enfermos e aos profissionais da área de saúde nos hospitais de todo o Brasil.

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Colaborador

Flavia Francellino / Fotos: Vinicius Gomes