Como se comportar na internet

Por que você deve seguir regras e manter a edução na hora de se comunicar virtualmente?

O Brasil ganhou 10 milhões de internautas em um ano, de acordo com o levantamento divulgado em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os idosos representam a faixa etária com maior crescimento de novos usuários da rede e o celular continua sendo o principal dispositivo para o uso da internet, responsável por 98% dos acessos.

Com tanta gente que utiliza e-mails, chats, listas de discussão, redes sociais e aplicativos de relacionamentos, é necessário seguir algumas regras para evitar mal-entendidos durante a comunicação na web.

Norma de conduta
De acordo com o cientista da computação Daniel Emiliano de Moura, de 37 anos, há um conjunto de boas maneiras a serem utilizadas no ambiente virtual. “É a chamada ‘netiqueta’. Embora o seu significado não esteja no dicionário, essa gíria nasceu da união das palavras network (rede em inglês) e étiquette (etiqueta em francês) e trata-se de uma norma de conduta que denota boa educação, a partir da ideia de autocontrole como indicador de civilidade”, explica.

O especialista avalia que, muitas vezes, o que é postado pode ser entendido de forma equivocada se a ‘netiqueta’ não for colocada em prática. “É o caso dos idosos que podem não estar familiarizados com abreviações de palavras no WhatsApp, por exemplo. O ideal é escrever tudo por extenso até para quem não é dessa faixa etária. Outro erro é escrever frases em caixa alta, pois dão a impressão que você está gritando. Se quer chamar a atenção para algo, escreva somente aquela palavra específica dessa forma. O bom senso deve sempre prevalecer.”

Comportamento inadequado
Para ele, também há situações em que um debate pode ir para um lado desagradável. “Em um mundo no qual as pessoas estão conectadas e se comunicando em tempo real, os diálogos podem se tornar agressivos, com palavrões e discursos de ódio. O problema é que esse tipo de comportamento se tornou tão normal nos últimos anos, que as pessoas têm perdido a noção sobre o seu comportamento e se tornam ‘outras’ quando acessam a internet.”

Dono da verdade
Na opinião de Emiliano, isso pode e precisa ser evitado. “Não seja o ‘dono da verdade na internet’. Aprenda a respeitar a opinião alheia, mesmo que não concorde com ela, tendo um debate focado em ideias e não em agressões verbais”, aconselha o profissional.

 

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Colaborador

Eduardo Prestes / Arte: Edi Edson