O que a novela Topíssima vai ensinar

A trama traz conflitos da modernidade e reacende o debate a respeito do feminismo

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A novela Topíssima já estreou na Record TV e é exibida de segunda a sexta-feira, às 19h45, substituindo com estilo a reprise de A Terra Prometida. Isso porque, mesmo não sendo uma história bíblica, traz valores e princípios que transformarão a vida dos telespectadores.

O título faz referência à empresária Sophia, protagonista da trama, uma mulher que chegou ao topo do sucesso. Ela é moderna, rica e independente, mas é também muito solitária. “Ela tem tudo de uma mulher atual! E essa contemporaneidade somada às marcas do passado trazem muitos vazios e solidão”, conta a atriz Camila Rodrigues (foto abaixo), que vive a personagem, com exclusividade à Folha Universal.

O closet cheio, a rede de universidades da qual ela é herdeira e a popularidade não preenchem lacunas na vida de Sophia que foram causadas, principalmente, pela ausência de uma estrutura familiar. A mãe Lara (Cristiana Oliveira) sempre foi ausente na sua criação e nem sequer aceita ser chamada de mãe.

Verdadeiro feminismo

Não será fácil para Sophia entender que precisa vencer seus traumas para encontrar a verdadeira felicidade. A princípio, ela aparenta ser uma mulher realmente à frente de muitas outras e tem pensamentos como “meu corpo, minhas regras” e “não sou de ninguém e fico com quem eu quiser”. Agindo assim, por fora ela retrata uma feminista bonita e “empoderada”, mas, por dentro, é triste e vazia.

Tudo começa a mudar quando ela conhece o taxista Antônio (Felipe Cunha) (foto abaixo), morador do morro do Vidigal, no Rio de Janeiro, que tem comportamentos opostos aos dela. “Ele é um líder na comunidade do Vidigal. Além disso, é um bom filho, teve pais presentes e uma família unida. É um homem amoroso e cavalheiro, completamente diferente dos que a Sophia está acostumada a lidar”, diz o ator Felipe Cunha.

Antônio se importa em fazer um bom casamento e procura um compromisso sério. “Ele está em busca disso, mas, ao ser abandonado no dia do casamento pela noiva, fica desnorteado. Tempos depois, ao conhecer Sophia, se sente perdido, pois ela não permite que ele seja quem é: gentil e respeitador. Penso que esses valores precisam ser resgatados na nossa sociedade”, diz o ator.

Topíssima ensina que o comportamento comum na sociedade atual não é normal, ou seja, nem tudo que é considerado moderno faz bem e é a melhor opção. Por exemplo, o verdadeiro sucesso não vem de fora, mas de dentro. “A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus.” (1 Pedro 3.3-4).

Ensinamentos

As Escrituras Sagradas serviram como pano de fundo para a novela retratar o que acontece na atualidade. Uma passagem que inspirou a trama está em Provérbios, 14.12: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. Ou seja, no mundo, as pessoas acreditam que o caminho que trilham é o correto, mas são caminhos que levam ao fracasso, à frustração e à infelicidade.

Sophia e Antônio mostrarão como o perfil ideal de mulher traçado pela sociedade é falho e que os valores impostos pelo mundo não trazem benefícios. Pelo contrário, atrapalham as pessoas de serem realmente felizes, de se relacionarem umas com as outras de forma saudável e de cumprirem seus respectivos papéis na sociedade e na família.

Além disso, eles ensinarão os sacrifícios necessários para ter um relacionamento de sucesso, entre eles superar os traumas do passado e mudar comportamentos errados já entranhados.
Não será difícil também o público se enxergar em outros personagens, aprendendo, por meio deles, que todas as escolhas feitas têm consequências e que existe a oportunidade de aprender com os erros e com os acertos deles.

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Colaborador

Ana Carolina Cury / Fotos: Blad Meneghel