“A dor era maior do que a discriminação”

Marta Chaves carregava o preconceito contra a Universal, mas foi nela que a jovem encontrou Quem lhe deu a paz

Imagem de capa - “A dor era maior do  que a discriminação”

Marta Oliveira Chaves, de 20 anos, cresceu revoltada com seus pais. “Além de não ter conforto materno, meu pai era uma pessoa muito agressiva e tive mágoa dele durante muitos anos”, diz. Aos 12 anos, ela passou a consumir drogas e bebidas alcoólicas para tentar aliviar a tristeza e a frustração que sentia. “Não contente com o uso excessivo de álcool, usei maconha e cocaína e até tive lesões no nariz por causa da substância”, pontua.

Na adolescência, ela se relacionou com mulheres e as tatuagens e os piercings que fez foram uma tentativa de fuga. “No início, eu me sentia bem, mas, ao me olhar no espelho, me via vazia e triste novamente. Eu não sabia como preencher o buraco que existia na minha alma.”

Fundo do poço
Depois de sair de madrugada de uma festa, ela entrou desnorteada em uma Universal – Igreja pela qual ela sentia um grande preconceito. “Não sei como cheguei lá, mas estava muito angustiada. Com uma lâmina, comecei a me mutilar no banheiro. Estava tentando me suicidar. Alguém notou o que estava acontecendo, me socorreu e um pastor veio me ajudar”, relembra.

Após três semanas, Marta tentou mais uma vez o suicídio. “A segunda vez que tentei tirar minha vida foi ingerindo os remédios da minha avó. Tomei todos no banheiro do meu trabalho, vi um buraco preto no teto e aquilo me desesperou”, relata.

Pedido de socorro
Por causa do efeito dos remédios, Marta não tinha mais domínio do seu corpo e não conseguia pedir ajuda. Contudo, em pensamento, ela recorreu a Deus. “Eu apenas pedia mais uma chance para Deus. Depois de ser socorrida, fiquei três dias no hospital. Lá, recebia mensagens de voluntários da Universal. Entrei em contato com um pastor e expliquei minha situação.”

No dia seguinte, ela foi até a Universal e ouviu que a sua vida poderia mudar, mas que era necessário que ela se entregasse a Deus. “Apesar do meu preconceito, fui lá, porque a dor era maior do que a discriminação. O pastor falou comigo, mas ainda continuei andando com lâminas na bolsa. Contudo Deus me convenceu que eu precisava me ajudar.”

Decidida, Marta colocou a lâmina no Altar e resolveu que nunca mais se mutilaria. Ela quis conhecer mais sobre o Espírito Santo e quanto a necessidade de tê-Lo. “Entendi que era Ele que preencheria meu vazio. Depois de muito tempo sem falar com meu pai, o procurei para pedir perdão e me batizei nas águas”, conta.

Ao receber o Espírito Santo, Marta teve sua vida transformada. “Agora, encontrei a felicidade que me completa. Só achei em Jesus o que procurei em tantas outras coisas”, finaliza.

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Colaborador

Camila Teodoro / Fotos: Arquivo Pessoal