A pureza destruída pelo abuso sexual

Por causa da violência que sofreu na infância, Ana Carla Correia cresceu revoltada. Veja como ela conseguiu superar seus traumas

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Na infância, Ana Carla Santos Correia, hoje com 26 anos (foto abaixo), sofreu abuso sexual e maus-tratos por parte de um ex-companheiro de sua mãe. “Os abusos aconteceram dos 9 aos 11 anos. Ele usava drogas, ficava muito agressivo e também me batia com o que tivesse na frente. Eu ficava com dores por todo o corpo.”

Em razão dessa situação, ela se tornou uma adolescente revoltada e com vários complexos e traumas. O sentimento de ódio dominava seus pensamentos. Por causa do medo que sentia dele, ela não contava o que acontecia para a mãe, mas mesmo assim a considerava culpada. “Minha mãe tinha que trabalhar e eu ficava sozinha com ele em casa. Por isso, eu achava que ela também tinha culpa. Ele vendia as poucas coisas que tínhamos em casa e eu o odiava. Queria me vingar dele o matando”, explica.

Quando a situação ficou insuportável, Ana Carla ficou três dias pelas ruas, fumando cigarro e consumindo bebidas alcoólicas. “Eu chorava constantemente e vivia com uma tristeza que sufocava meu peito. As amizades eram um escape que eu tinha e foi por meio delas que comecei a beber e a fumar.”

As perturbações espirituais foram frequentes durante sua adolescência. Ela conta que não conseguia dormir em paz, pois sonhava com espíritos malignos que a sufocavam. “O medo era tão grande que acordava dos pesadelos chorando e não conseguia nem fechar os olhos de novo.”

Ela se casou aos 15 anos, mas a felicidade com que sonhava ao constituir uma família tornou-se um sofrimento maior por causa de brigas constantes. “Eu ainda carregava os traumas dos abusos e, por isso, me sentia usada pelo meu marido.”

Por não suportar mais os problemas, ela passou a ter um único pensamento: morrer. “Planejava cortar os pulsos e às vezes até imaginava um acidente, mas nunca tinha coragem de cometer suicídio”, conta.

Cura interior
Ana Carla já conhecia o trabalho da Universal. Certo dia, desorientada, decidiu buscar a ajuda de Deus. “Eu estava no fundo do poço e não tinha mais perspectiva de vida. Em 2018, decidi entregar minha vida a Ele e foi aí que tudo
mudou”, conta.

Com o auxílio espiritual que recebeu, ela conseguiu vencer os maus sentimentos. “Hoje, me considero outra mulher. Tenho paz, meu casamento foi restaurado e o mais importante foi ter recebido o Espírito Santo. Agora, a minha prioridade é Deus e minha felicidade é saber que não estou sozinha”, conclui.

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Colaborador

Camila Dantas / Foto: Fotolia e Demetrio Koch