Aqueda na cobertura vacinal no Brasil, em 2016 e 2017, trouxe um alerta para o risco da reintrodução de doenças já eliminadas ou erradicadas no País, como a poliomielite, o sarampo e a rubéola. A vacinação ainda é o melhor caminho para combater essas e outras doenças. Por isso, é preciso ficar sempre alerta para as campanhas promovidas pelo Ministério da Saúde (MS). Neste ano, uma das novidades é que a vacinação contra o vírus Influenza foi antecipada.

Em nota, o MS explica que a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe ocorrerá de 10 de abril a 31 de maio, cerca de 15 dias mais cedo do que nos anos anteriores. “Serão priorizadas as crianças de 1 a 6 anos de idade, gestantes e mães que acabaram de dar à luz, em decorrência da vulnerabilidade desse público. A partir do dia 22 de abril, todo o público-alvo da campanha poderá se vacinar”, descreve a nota.

Pesquisas recentes
A zika, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é uma doença que ainda causa muita preocupação, pois não existe vacina para combaté-la. Recentemente, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Fundação Oswaldo Cruz realizaram um estudo que mostrou que a vacina contra a febre amarela pode ser uma grande aliada na proteção contra o zika vírus. Em entrevista à BBC Brasil, o médico Jerson Lima Silva, um dos coordenadores da pesquisa, relatou que, ao longo de dois anos, foram realizados testes com um grupo de camundongos. “Entre os vacinados, os suscetíveis não morreram e todos apresentaram carga viral extremamente reduzida no cérebro”, explica Silva.

Embora a pesquisa não tenha terminado ainda, vale lembrar que a vacina contra a febre amarela está disponível na rede pública de saúde, assim como todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Confira, ao lado, quais são essas vacinas e as doses necessárias para ficar imune em diversas fases da vida.