Brasil envia ajuda humanitária a vítimas do Ciclone Idai

40 especialistas em resgate chegam a Moçambique nessa semana

Imagem de capa - Brasil envia ajuda humanitária a vítimas do Ciclone Idai

A ajuda humanitária brasileira chegou a Moçambique nesta segunda-feira (1). A intenção é auxiliar o país após a tragédia causada pelo Ciclone Idai.

Para prestar esse auxílio, o Brasil enviou 40 especialistas de salvamento e resgate de vítimas de inundações. Desses, 20 são militares do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais e 20 homens da Força Nacional Brasileira (FNB).

Além disso, o país também destinou 100 mil euros (o equivalente a R$ 433 mil) ao país.

Problemas podem ser ainda maiores

O Ciclone Idai tocou o solo moçambicano em 14 de março. Ele causou inundações em mais dois países: Zimbábue e Malaui. Ao todo, mais de 900 pessoas morreram. Somente em Moçambique foram 598 mortes.

Quase um milhão de pessoas foram afetadas com ferimentos, perdas de moradia e impossibilidade de estudar, trabalhar ou acessar o sistema de saúde pública. Ademais, o fornecimento elétrico e as estações de comunicação também foram prejudicadas. Isso impediu, por exemplo, a realização de telefonemas.

Da mesma maneira, milhares de pessoas ficaram isoladas pelas enchentes. Muitas regiões ainda estão com acesso limitado e essas pessoas não estão recebendo alimentação ou água potável, o que favorece a proliferação de doenças. Essa é, inclusive, a maior preocupação do Brasil:

“Uma das coisas mais importantes agora é evitar que essas doenças que estão se iniciando, como cólera, diarreia e malária se alastrem. É preciso então fornecer água. Fornecer meios para que essas populações que, às vezes, estão em locais de acesso remoto, tenham acesso às fontes de água limpa e a medicamentos para se cuidarem. Isso para se evitar a propagação dessas doenças”, afirmou o embaixador do Brasil em Moçambique, Carlos Puente.

A diretora do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades Augusta Maita reforça a importância do apoio brasileiro no alcance das vítimas:

“A fase mais crítica desse processo, que era a fase de resgate, busca e salvamento, acabou há dias. Mas nós continuamos a fazer assistência humanitária e temos aqui ainda alguns países com suas tropas a apoiar nesse processo. Nós precisamos alcançar parte de nossa população que continua em locais onde não é possível chegar por via terrestre nem por via marítima.”

Assista ao vídeo abaixo e veja como foi a chegada da ajuda humanitária brasileira ao país africano:

 

imagem do author
Colaborador

Andre Batista / Imagens: Reprodução